Capitalismo Financeiro

Juliana Bezerra
Juliana Bezerra
Professora de História

O Capitalismo Financeiro ou Monopolista corresponde a terceira fase do sistema econômico capitalista que surge em meados do século XX, com a Terceira Revolução Industrial e está presente até os dias atuais.

Recebe esse nome visto que os bancos e outras instituições ligadas ao sistema financeiro, são os principais agentes desse período.

Alguns estudiosos acreditam que o capitalismo financeiro terminou com a quebra da bolsa de valores de Nova York, em 1929, levando ao surgimento de uma nova fase do capitalismo: o Capitalismo Informacional ou Cognitivo.

Fases do Capitalismo

O sistema econômico capitalista surge no século XV. A partir daí, o capitalismo passou por diversas transformações, sendo dividido em três fases:

Características do Capitalismo Financeiro

As principais características do capitalismo financeiro são:

  • Controle da economia pelos bancos e grandes corporações;
  • Surgimento de empresas globais: transnacionais ou multinacionais;
  • Aumento da concorrência internacional;
  • Monopólio, oligopólio e crescimento econômico;
  • Especulação e expansão do mercado financeiro;
  • Produtos financeiros (ações, moedas, empréstimos, financiamentos, etc.);
  • Bolsa de Valores (negociação de capitais, ações e títulos financeiros);
  • Ampliação do mercado internacional e mundialização da economia;
  • Expansão da Globalização e do Imperialismo;
  • Avanços tecnológicos (era das tecnologias da informação) e científicos;
  • Revolução da comunicação e dos transportes;
  • Cartel (acordo entre empresas), Truste (fusão de empresas dos mesmo ramo) e o Holding (empresa que controla as ações).

Resumo

Com o avanço do crescimento industrial desde a Revolução Industrial no século XVIII, novas formas de obtenção de lucro foram sendo desenvolvidas.

Se no período capitalista anterior (Capitalismo Industrial) a essência para obtenção do lucro era a produção industrial em larga escala, no capitalismo monopolista, surgem as grandes empresas interessadas no monopólio. Lembre-se que esse termo corresponde à dominação da oferta de determinado serviço ou produto.

Assim, de produtos industriais, os interesses agora são voltados para os produtos financeiros. Nesse momento, a especulação do mercado em busca de lucro está pautada nas ações de empresas, juros, financiamentos, empréstimos, investimentos, dentre outras formas de crédito, as quais são transformadas em mercadorias.

De tal modo, as indústrias e os bancos fundem o capital que passa a ser gerido por instituições financeiras, sejam os bancos, as corretoras de valores ou as empresas multinacionais.

Esse novo panorama foi intensificado pelo processo de monopolização dessas instituições, as quais concentram cada vez mais o capital, aumentando assim a concorrência.

O que tem acontecido muito nessa fase do capitalismo monopolista é a compra de marcas por determinado grupo econômico. Isso leva ao controle da oferta de determinados produtos ou serviços por somente uma instituição (holding), por exemplo, a Ambev.

Além do holding, ocorre a fusão de grupos econômicos chamados de oligopólios, por exemplo, a união das empresas sadia e perdigão, denominado de truste, os quais controlam todas as etapas da produção, desde a exploração da matéria-prima até a distribuição das mercadorias, tendo total hegemonia no mercado.

Aliado aos holdings e trustes, os cartéis surgem para coordenar a atuação das empresas no mercado consumidor com o intuito de diminuir a concorrência, por exemplo, estabelecendo uma faixa de preço para tal mercadoria.

Para obterem lucro, essas empresas monopolistas buscam principalmente nos países subdesenvolvidos matérias-primas, mão-de-obra barata e assim, a ampliação dos mercados consumidores pelo mundo.

Embora o comércio e a indústria fazem parte do sistema capitalista, atualmente, o sistema financeiro é o que mais controla a economia, aumenta os lucros, acumulando cada vez mais o capital.

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Juliana Bezerra
Juliana Bezerra
Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.