Civilização Egípcia

Thiago Souza
Revisão por Thiago Souza
Professor de Sociologia, Filosofia e História

A Civilização Egípcia foi uma das mais importantes civilizações que se desenvolveram na região do Crescente Fértil.

Instalada no extremo nordeste da África, numa região caracterizada pela existência de desertos e pela vasta planície do rio Nilo.

A Civilização Egípcia formou-se a partir da mistura de diversos povos, entre eles, os hamíticos, os semitas e os núbios, que surgiram no Período Paleolítico.

Os primeiros núcleos populacionais só começaram a se formar durante o Período Neolítico, onde as comunidades passaram a se dedicar mais à agricultura do que a caça ou a pesca.

Por volta de 4000 a.C., os antigos núcleos deram lugar a pequenas unidades políticas, os nomos, governados por nomarcas, que se reuniram em dois reinos, um do Baixo Egito, ao norte e outro do Alto Egito, ao sul.

Por volta de 3200 a.C., Menés, o governante do Alto Nilo, unificou os dois reinos e tornou-se o primeiro faraó, dando origem ao período dinástico, que pode ser dividido em três momentos distintos: Antigo Império, Médio Império e Novo Império.

Antigo Império (3200 - 2300 a.C.)

Época em que foi concluída a unificação do Egito. A capital egípcia passou a ser Tínis e depois transferida para Mênfis, na Região do Cairo (capital atual do Egito).

O faraó, considerado uma divindade, governava com poder absoluto. Entre 2700 e 2600 a.C., foram construídas as pirâmides de Guizé, atribuídas aos faraós Quéopes, Quéfren e Miquerinos.

Civilização Egípcia

Médio Império (2000 – 1580 a.C.)

Nessa fase os faraós reconquistaram o poder que estava enfraquecido por ação dos nomarcas. Na Palestina conquistada, foi encontrada mina de cobre, e na Núbia, mina de ouro.

Entre 1800 e 1700 a.C.), os hebreus retirando-se da Palestina, chegaram ao Egito. Os hicsos, povo nômade, de origem asiática, invadem o pais, permanecendo na região até 1580 a.C.)

Novo Império (1580 – 525 a.C.)

Foi marcado pela expulsão dos hicsos, pelo grande desenvolvimento militar e pela conquista de um vasto território. Os hebreus foram escravizados e por volta de 1250 a.C., sob a liderança de Moisés, os hebreus conseguiram fugir do Egito, no episódio que ficou conhecido como Êxodo e está registrado no Antigo Testamento da Bíblia.

Auge da civilização egípcia

O auge da civilização egípcia foi atingido durante o longo governo do faraó Ramsés II (1292 – 1225 a.C.), que derrotou vários povos asiáticos.

Após seu reinado, as lutas entre os sacerdotes e os faraós enfraquecem o Estado, o que estimulou novas invasões. Em 525 a.C., os persas, comandados por Cambires, derrotaram os egípcios na Batalha de Pelusa e conquistaram definitivamente a região.

A partir de então, o Egito deixaria de ser independente por pelo menos 2500 anos, período em que se tornaria, sucessivamente, província dos persas, território ocupado por macedônios, romanos, árabes, turcos e finalmente ingleses.

As invasões constantes exerceram grande influência na cultura egípcia, sobretudo o domínio macedônico que permitiu a penetração das ideias gregas.

Esse domínio instaurou uma dinastia de origem macedônica, chamada ptolomaica ou lágida, à qual Cleópatra pertenceu.

Seu filho com o imperador romano Júlio César foi o último rei ptolomaico. Em seguida, a região caiu sob o domínio romano e mais tarde árabe Nesse período foram introduzidos elementos culturais cristãos e muçulmanos sucessivamente.

Religião na Civilização Egípcia

A sociedade egípcia era marcada por uma profunda religiosidade. Politeístas, adoravam diversos deuses:

  • Amon-Ra, protetor dos faraós;
  • Ptah, protetor dos artesãos;
  • Thot, deus da ciência e protetor dos escribas;
  • Ambis, protetor dos embalsamentos;
  • Maat, deusa da justiça, entre outros.

Acreditavam em vida após a morte e no retorno da alma ao corpo, cultuavam os mortos e desenvolviam técnicas de mumificação, para conservar os corpos.

Ciências na Civilização Egípcia

Os egípcios desenvolveram o estudo da matemática e da geometria, voltada principalmente para a construção civil. Usaram a raiz quadrada e as frações; calculavam também a área do círculo e do trapézio.

A preocupação com as cheias e vazantes do Nilo estimulou o desenvolvimento da astronomia. Observando os astros, localizaram planetas e constelações.

O dia era dividido em 24 horas. A semana tinha dez dias e o mês, três semanas. O ano de 365 dias era dividido em estações agrárias: cheia, inverno e verão.

O desenvolvimento da prática da mumificação permitiu o maior conhecimento da anatomia humana, possibilitando a realização de cirurgias no crânio. Tratavam de doenças do estômago, coração e de fraturas.

A escrita desenvolveu-se de três formas:

Civilização Egípcia

  • Hieroglífica – a escrita sagrada dos túmulos e templos; a mais antiga, anterior a 3000 a.C., composta por mais de 600 caracteres.
  • Hierática – uma simplificação da hieroglífica. Seu uso estava ligado à religião e ao poder;
  • Demótica – era a escrita popular, formada por cerca de 350 sinais, usada nos contratos redigidos pelos escribas.

Vídeo sobre o Egito Antigo

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Thiago Souza
Revisão por Thiago Souza
Graduado em História e Especialista em Ensino de Sociologia pela Universidade Estadual de Londrina. Ministra aulas de História, Filosofia e Sociologia desde 2018 para turmas do Fundamental II e Ensino Médio.
Daniela Diana
Edição por Daniela Diana
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.