Pirâmide Alimentar

Juliana Diana
Juliana Diana
Professora de Biologia e Doutora em Gestão do Conhecimento

A Pirâmide Alimentar é um tipo de gráfico que organiza os alimentos de acordo com suas funções e seus nutrientes.

Importante ressaltar que a principal finalidade dessa organização, consiste em fornecer informações acerca de uma alimentação saudável e equilibrada.

Estrutura da Pirâmide Alimentar

Pirâmide Alimentar

A estrutura da pirâmide alimentar indica os alimentos considerados essenciais para a nossa saúde, apresentando aqueles que fornecem os nutrientes necessários para uma vida saudável e para prevenção de doenças.

Cada andar da pirâmide representa um nível. Existem quatro níveis como segue:

  1. Alimentos Energéticos: Grupo 1
  2. Alimentos Reguladores: Grupos 2 e 3
  3. Alimentos Construtores: Grupos 4, 5 e 6
  4. Alimentos Energéticos Extras: Grupos 7 e 8

Classificação dos Grupos alimentares

Grupo 1: Carboidratos (alimentos energéticos)

Representa a base da pirâmide, indicando os alimentos que fornecem energia, pois ao serem consumidos os carboidratos são convertidos em açúcar no sangue.

O consumo na forma integral é recomendado pelo número de fibras, vitaminas e minerais que deixam essa absorção mais lenta. As principais fontes de carboidrato são: arroz, pão, batata, massa, mandioca, cereais, etc.

Grupo 2: Verduras e Legumes (alimentos reguladores)

Está acima da base da pirâmide, representando as fontes de fibras, vitaminas e minerais que ajudam no controle e funcionamento do corpo.

O consumo de verduras e legumes melhora o hábito intestinal. Alguns alimentos deste grupo são: brócolis, couve, repolho, abobrinha, etc.

Grupo 3: Frutas (alimentos reguladores)

As frutas estão ao lado das verduras e legumes, representando outro tipo de fonte de fibras, vitaminas e minerais.

A frutose (açúcar da fruta) aumenta o nível de açúcar no sangue de forma rápida. Alguns exemplos de frutas são: abacaxi, maçã, banana, kiwi, caju, acerola, etc.

Além das opções tradicionais, as frutas exóticas são também opções de frutas a serem consumidas.

Grupo 4: Leite e derivados (alimentos construtores)

Localizado na parte intermediária da pirâmide, o leite e seus derivados são uma excelente fonte de cálcio, essencial para a constituição óssea e dos dentes.

Além disso, também fornecem proteínas ao organismo. Os principais alimentos deste grupo são: queijo, leite, iogurtes, etc.

Grupo 5: Carnes e Ovos (alimentos construtores)

Assim como os leites e derivados, este grupo está na parte intermediária da pirâmide e representa a fonte de proteína de origem animal.

Os alimentos deste grupo têm como característica serem ricos em ferro e vitaminas B6 e B12, prevenindo anemias. Os principais alimentos deste grupo são: peixe, frango, carne, ovos, etc.

Grupo 6: Leguminosas e oleaginosas (alimentos construtores)

As leguminosas completam a parte intermediária da pirâmide, representando as fontes de proteína vegetal. Também são excelentes fontes de fibras. Compõem esse grupo: feijão, soja, lentilha, grão-de-bico, castanhas, etc.

Grupo 7: Óleos e Gorduras (alimentos energéticos extras)

Os óleos e gorduras fazem parte do topo da pirâmide. Os alimentos deste grupo são fontes de energia, além de serem responsáveis pelo transporte de vitaminas do complexo. B.

São ricos em calorias e seu consumo deve ser controlado. São alimentos desse grupo: azeite, manteiga, óleo de soja, etc.

Grupo 8: Açúcares e Doces (alimentos energéticos extras)

Dividindo o topo da pirâmide alimentar, estão os açúcares e doces. São alimentos ricos em carboidratos simples, não possuem fibras e apresentam poucos nutrientes.

Seu consumo deve ser moderado. Os alimentos que compõem esse grupo são: açúcar, mel, chocolate, sorvete, bolo, etc.

A despeito da água não fazer parte da pirâmide alimentar tradicional, os nutricionistas recomendam a ingestão diária de no mínimo 2 litros.

Contudo, o volume de água adequado é medido segundo a massa corporal de cada indivíduo.

Para os nutrólogos a água é o alimento mais essencial para o ser humano, por este motivo encontra-se na base da piramide.

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Nova Pirâmide Alimentar Brasileira

Pirâmide Alimentar

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (UEDA), esquematizou, em 1992, a primeira pirâmide alimentar, embora os primeiros guias alimentares tenham sido criados nos anos 1970.

Vale lembrar que no Brasil, o primeiro gráfico foi criado em 1999 com base nos padrões alimentares norte-americanos. A nova pirâmide incluiu alimentos tipicamente brasileiros, como o caju, a graviola, a castanha-do-Pará.

Em 2013, o Brasil passou a ter uma nova Pirâmide Alimentar com diversas reformulações. Essa mudança esteve relacionada com a quantidade, o tipo e a distribuição dos alimentos, visto que a obesidade se tornou um problema recorrente e preocupante para os estudiosos.

A nova Pirâmide Alimentar propõe a diminuição de calorias (de 2500 para 2000 calorias diárias) e diminuição do tempo entre as refeições (a cada 3 horas). Ademais, inclui a realização de 30 minutos diários de atividade física.

Orientações para uma alimentação saudável

O Ministério da Saúde (MS) lançou em novembro de 2014 o Guia Alimentar para a População Brasileira, em que utiliza novos parâmetros para uma boa alimentação.

O objetivo do guia é tornar a alimentação saudável e promover a boa saúde. Seu principal objetivo é a prevenção de doenças como obesidade, diabetes, infarto, doenças vasculares e câncer.

Conheça abaixo as principais orientações apresentadas:

  • Evite fast-food e opte por comidas caseiras. O preparo do alimento é uma forma de produção sustentável;
  • Aumente o consumo de alimentos naturais como frutas, verduras e carnes;
  • Reduza os alimentos processados e em conserva, como enlatados e defumados;
  • Evite consumir alimentos ultra processados como biscoitos, refrigerantes, hambúrgueres congelados, nuggets e outros industrializados.

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Referências Bibliográficas

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Atenção Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
156 p. : il.

Juliana Diana
Juliana Diana
Licenciada em Ciências Biológicas pelas Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO) em 2007. Pós-graduada em Informática na Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2010. Doutora em Gestão do Conhecimento pela UFSC em 2019.