Silicose
A silicose é uma doença pulmonar causada pela inalação da poeira de sílica.
A sílica é um composto natural formado por oxigênio e silício. É ainda uma substância cancerígena para humanos e animais. O pó da sílica origina uma poeira branca que se inalada pode causar a silicose.
A silicose acomete, principalmente, os trabalhadores das seguintes áreas:
- Extração de rochas;
- Mineração;
- Perfuração de poços;
- Construção civil;
- Fabricação de vidros;
- Cortadores de cerâmica;
- Polimento de metais e rochas;
- Confecção de próteses dentárias.
Ao inalar a poeira, as partículas de sílica ficam retidas nos alvéolos pulmonares e são fagocitadas por macrófagos, acumulando-se nos lisossomos. Nos locais onde a sílica se acumula formam-se nódulos que podem ser visualizados em exames de imagens.
Por ser um cristal, a sílica perfura os lisossomos, liberando enzimas digestivas que acabam por destruir a célula. Essa situação pode levar à destruição de grandes áreas dos pulmões.
Assim, a silicose é diretamente relacionada com a organela lisossomos.
A silicose é a mais antiga e grave doença ocupacional conhecida. No Brasil, estima-se que 6 milhões de trabalhadores estejam expostos ao risco de contrair silicose.
Prevenção e Tratamento
A melhor maneira de prevenir a silicose é evitar a exposição ao pó de sílica.
Também é importante adotar medidas de segurança no trabalho, como o uso de máscaras e o controle da disseminação da poeira.
Não existe um tratamento específico para a doença. A única opção é o controle com o afastamento da exposição à sílica. O uso de medicamentos pode ajudar a diminuir a insuficiência respiratória.
Causas e Sintomas da Silicose
A causa principal da silicose é a exposição ao pó de sílica.
Um ano de exposição intensa ao pó de sílica já pode causar a silicose. Porém, na maioria dos casos, os sintomas surgem após 10 anos de exposição.
O primeiro sintoma da silicose é a dificuldade respiratória. Os demais sintomas variam conforme o tipo de silicose apresentada pelo paciente. Existem três tipos de silicose:
- Silicose Aguda: Os sintomas surgem após meses até dois anos de exposição intensa ao pó de sílica. Nesta forma, há o risco de rápida evolução para o óbito. Os sintomas são dispnéia, astenia, perda de peso e hipoxemia.
- Silicose Acelerada: É o tipo que ocorre entre as formas aguda e crônica. Ela se manifesta entre dois a dez anos de exposição ao pó de sílica.
- Silicose Crônica: É a forma mais comum que desenvolve-se com mais de dez anos de exposição ao pó de sílica. Nesta forma, os sintomas não se manifestam no início da doença. Por isso, quando é descoberta, o paciente já está em estágio avançado de silicose, com risco de morte.
Os doentes afetados pela silicose possuem mais chances de adquirir tuberculose e câncer.
A evolução da silicose é lenta e irreversível.