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Embora haja dados comuns que dão unidade ao fenômeno da urbanização na África, na Ásia e na América Latina, os impactos são distintos em cada continente e mesmo dentro de cada país, ainda que as modernizações se deem com o mesmo conjunto de inovações.
ELIAS, D. Fim do século e urbanização no Brasil. Revista Ciência Geográfica, ano IV, n. 11, set./dez, 1988
O texto aponta para a complexidade da urbanização nos diferentes contextos socioespaciais. Comparando a organização socioeconômica das regiões citadas, a unidade desse fenômeno é perceptível no aspecto
espacial, em função do sistema integrado que envolve as cidades locais e globais.
cultural, em função da semelhança histórica e da condição de modernização econômica e política.
demográfico, em função da localização das maiores aglomerações urbanas e continuidade do fluxo campo-cidade.
territorial, em função da estrutura de organização e planejamento das cidades que atravessam as fronteiras nacionais.
econômico, em função da revolução agrícola que transformou o campo e a cidade e contribuiu para fixação do homem ao lugar.
Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário para o assentamento residencial dessa população, bem como de suas necessidades de trabalho, abastecimento, transportes, saúde, energia, água etc. Ainda que o rumo tomado pelo crescimento urbano não tenha respondido satisfatoriamente a todas essas necessidades, o território foi ocupado e foram construídas as condições para viver nesse espaço.
MARICATO, E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis: Vozes, 2001
A dinâmica de transformação das cidades tende a apresentar como conseqüência a expansão das áreas periféricas pelo(a)
crescimento da população urbana e aumento da especulação imobiliária.
direcionamento maior do fluxo de pessoas, devido à existência de um grande número de serviços.
delimitação de áreas para uma ocupação organizada do espaço físico, melhorando a qualidade de vida.
implantação de políticas públicas que promovem a moradia e o direito à cidade aos seus moradores.
reurbanizaçao de moradias nas áreas centrais, mantendo o trabalhador próximo ao seu emprego, diminuindo os deslocamentos para a periferia.
O texto é um registro asteca, cujo sentido está relacionado ao(à)
tragédia causada pela destruição da cultura desse povo.
tentativa frustrada de resistência a um poder considerado superior.
extermínio das populações indígenas pelo Exército espanhol.
dissolução da memória sobre os feitos de seus antepassados.
profetização das conseqüências da colonização da América.
De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha.
In: MARQUES, A.; BERUTTI. F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:
Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.
Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.
Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente.
Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia.
Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho.
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se
retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade.
questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.
investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.
buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e uitrapassados,
encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.
No dia 1º de julho de 2012, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a primeira do mundo a receber o título da Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultura). A candidatura, apresentada pelo instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi aprovada durante a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial. O presidente do Iphan explicou que “a paisagem carioca é a imagem mais explícita do que podemos chamar de civilização brasileira, com sua originalidade, desafios, contradições e possibilidades” . A partir de agora, os locais da cidade valorizados com o título da Unesco serão alvo de ações integradas visando a preservação da sua paisagem cultural.
Disponível em: www.cultura.gov.br. Acesso em: 7 mar 2013 (adaptado)
O reconhecimento da paisagem em questão como patrimônio mundial deriva da
presença do corpo artístico local.
imagem internacional da metrópole.
herança de prédios da ex-capital do país.
diversidade de culturas presente na cidade.
relação sociedade-natureza de caráter singular.
Ninguém desconhece a necessidade que todos os fazendeiros têm de aumentar o número de seus trabalhadores. E como até há pouco supriam-se os fazendeiros dos braços necessários? As fazendas eram alimentadas pela aquisição de escravos, sem o menor auxilio pecuniário do governo. Ora, se os fazendeiros se supriam de braços à sua custa, e se é possível obtê-los ainda, posto que de outra qualidade, por que motivo não hão de procurar alcançá-los pela mesma maneira, isto é, à sua custa?
Resposta de Manuel Felizardo de Sousa e Mello, diretor geral das Terras Públicas, ao Senador Vergueiro.
In: ALENCASTRO, L. F. (Org,). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).
O fragmento do discurso dirigido ao parlamentar do império refere-se às mudanças então em curso no campo brasileiro, que confrontaram o Estado e a elite agrária em torno do objetivo de
fomentar ações públicas para ocupação das terras do interior.
adotar o regime assalariado para proteção da mão de obra estrangeira.
definir uma política de subsídio governamental para o fomento da imigração.
regulamentar o tráfico interprovincial de cativos para sobrevivência das fazendas.
financiar a fixação de famílias camponesas para estimulo da agricultura de subsistência.
Tendo encarado a besta do passado olho no olho, tendo pedido e recebido perdão e tendo feito correções, viremos agora a página — não para esquecê-lo, mas para não deixá-lo aprisionar-nos para sempre. Avancemos em direção a um futuro glorioso de uma nova sociedade sul-africana, em que as pessoas valham não em razão de irrelevâncias biológicas ou de outros estranhos atributos, mas porque são pessoas de valor infinito criadas à imagem de Deus.
Desmond Tutu, no encerramento da Comissão da Verdade na África do Sul. Disponível em: http://td.camara.leg,br. Acesso em: 17 dez. 2012 (adaptado).
No texto, relaciona-se a consolidação da democracia na África do Sul à superação de um legado
populista, que favorecia a cooptação de dissidentes políticos.
totalitarista, que bloqueava o diálogo com os movimentos sociais.
segregacionista, que impedia a universalização da cidadania.
estagnacionista, que disseminava a pauperização social.
fundamentalista, que engendrava conflitos religiosos.
A África também já serviu como ponto de partida para comédias bem vulgares, mas de muito sucesso, como Um príncipe em Nova York e Ace Ventura: um maluco na África', em ambas, a África parece um lugar cheio de tribos doidas e rituais de desenho animado. A animação O rei Leão, da Disney, o mais bem-sucedido filme americano ambientado na África, não chegava a contar com elenco de seres humanos.
LEIBOWITZ, E. Filmes de
Hollywood
sobre África ficam no clichê. Disponível em: http://noticias.uol.com.br.A história e a natureza.
O exotismo e as culturas.
A sociedade e a economia.
O comércio e o ambiente.
A diversidade e a política.
Um trabalhador em tempo flexível controla o local do trabalho, mas não adquire maior controle sobre o processo em si. A essa altura, vários estudos sugerem que a supervisão do trabalho é muitas vezes maior para os ausentes do escritório do que para os presentes. O trabalho é fisicamente descentralizado e o poder sobre o trabalhador, mais direto.
SENNETT, R. A corro sã o do caráter: conseqüências pessoais do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).
Comparada a organização do trabalho característica do taylorismo e do fordismo, a concepção de tempo analisada no texto pressupõe que
as tecnologias de informação sejam usadas para democratizar as relações laborais.
as estruturas burocráticas sejam transferidas da empresa para o espaço doméstico.
os procedimentos de terceirização sejam aprimoradas pela qualificação profissional.
as organizações sindicais sejam fortalecidas com a valorização da especialização funcional.
os mecanismos de controle sejam deslocados dos processos para os resultados do trabalho.