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TEXTO I
Cidadão
Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
“Tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?”
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer.
BARBOSA, L. In: ZÉ RAMALHO. 20 Super Sucessos. Rio de Janeiro: Sony Music, 1999 (fragmento).
TEXTO II
O trabalhador fica mais pobre à medida que produz mais riqueza e sua produção cresce em força e extensão. O trabalhador torna-se uma mercadoria ainda mais barata à medida que cria mais bens. Esse fato simplesmente subentende que o objeto produzido pelo trabalho, o seu produto, agora se lhe opõe como um ser estranho, como uma força independente do produtor.
MARX, K. Manuscritos econômicos-filosóficos (Primeiro manuscrito). São Paulo: Boitempo Editorial, 2004 (adaptado).
Com base nos textos, a relação entre trabalho e modo de produção capitalista é
baseada na desvalorização do trabalho especializado e no aumento da demanda social por novos postos de emprego.
fundada no crescimento proporcional entre o número de trabalhadores e o aumento da produção de bens e serviços.
estruturada na distribuição equânime de renda e no declínio do capitalismo industrial e tecnocrata.
instaurada a partir do fortalecimento da luta de classes e da criação da economia solidária.
derivada do aumento da riqueza e da ampliação da exploração do trabalhador.
Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão regional do país em regiões geoeconômicas ou complexos regionais. Essa divisão baseia-se no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrialização. Dessa forma, busca-se refletir a realidade do país e compreender seus mais profundos contrastes.
Disponível em: http://educacao.uol.com.br. Acesso em: 23 ago. 2012 (adaptado).
A divisão em regiões geoeconômicas ou complexos regionais encontra-se na seguinte representação:
A charge faz alusão à intensa rivalidade entre as duas
maiores potências do século XX. O momento mais tenso
dessa disputa foi provocado pela
ampliação da Guerra do Vietnã.
construção do muro de Berlim.
instalação de mísseis em Cuba.
eclosão da Guerra dos Sete Dias.
invasão do território do Afeganistão.
Os andróginos tentaram escalar o céu para combater os deuses. No entanto, os deuses em um primeiro momento pensam em matá-los de forma sumária. Depois decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em dois. Por exemplo, é como se pegássemos um ovo cozido e, com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as metades separadas buscam reunir-se. Cada um com saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando formar um único ser.
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o
bem supremo como fim do homem.
prazer perene como fundamento da felicidade.
ideal inteligível como transcendência desejada.
amor como falta constituinte do ser humano.
autoconhecimento como caminho da verdade.
A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C., fixou por escrito um velho direito costumeiro. No relativo às dívidas não pagas, o código permitia, em última análise, matar o devedor; ou vendê-lo como escravo “do outro lado do Tibre” — isto é, fora do território de Roma.
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma Antiga, pois possibilitou que os plebeus
modificassem a estrutura agrária assentada no latifúndio.
exercessem a prática da escravidão sobre seus devedores.
conquistassem a possibilidade de casamento com os patrícios.
ampliassem a participação política nos cargos políticos públicos.
reinvindicassem as mudanças sociais com base no conhecimento das leis.
TEXTO I
Dezenas de milhares de pessoas compareceram à maior manifestação anti-troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI) em Atenas contra a austeridade e os cortes de gastos públicos aprovados neste domingo no parlamento grego.
Disponível em: www.cartamaior.com.br. Acesso em: 8 nov. 2013.
TEXTO II
As políticas de austeridade transferem o ônus econômico para as classes trabalhadoras. Para diminuir os prejuízos do capital financeiro, socializam as perdas entre as classes trabalhadoras. O capitalismo não foi capaz de integrar os trabalhadores e ao mesmo tempo protegê-los.
Entrevista com Ruy Braga. Revista IHU online. Disponível em: www.ihu.unisinos.br. Acesso em: 8 nov. 2013 (adaptado).
Diante dos fatos e da análise apresentados, a política
econômica e a demanda popular correlacionada
encontram-se, respectivamente, em
controle da dívida interna e implementação das regras patronais.
afrouxamento da economia de mercado e superação da lógica individualista.
aplicação de plano desenvolvimentista e afirmação das conquistas neoliberais.
defesa dos interesses corporativos do capital e manutenção de direitos sociais.
mudança na estrutura do sistema produtivo e democratização do acesso ao trabalho.
A imagem da relação patrão-empregado geralmente veiculada pelas classes dominantes brasileiras na República Velha era de que esta relação se assemelhava em muitos aspectos à relação entre pais e filhos. O patrão era uma espécie de “juiz doméstico” que procurava guiar e aconselhar o trabalhador, que, em troca, devia realizar suas tarefas com dedicação e respeitar o seu patrão.
CHALHOUB, S. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores do Rio de Janeiro da Belle Époque. Campinas: Unicamp, 2001.
No contexto da transição do trabalho escravo para o trabalho livre, a construção da imagem descrita no texto tinha por objetivo
esvaziar o conflito de uma relação baseada na desigualdade entre os indivíduos que dela participavam.
driblar a lentidão da nascente Justiça do Trabalho, que não conseguia conter os conflitos cotidianos.
separar os âmbitos público e privado na organização do trabalho para aumentar a eficiência dos funcionários.
burlar a aplicação das leis trabalhistas conquistadas pelos operários nos primeiros governos civis do período republicano.
compensar os prejuízos econômicos sofridos pelas elites em função da ausência de indenização pela libertação dos escravos.
A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9.394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e parao Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Brasilia:Ministério da Educação, 2005.
A alteração legal no Brasil contemporâneo descrita no texto é resultado do processo de
aumento da renda nacional.
mobilização do movimento negro.
melhoria da infraestrutura escolar.
ampliação das disciplinas obrigatórias.
politização das universidades públicas.
A geografia mundial da inovação sofreu uma reviravolta que mobiliza fatores humanos, financeiros e tecnológicos.
Esforço humano: com 1,15 milhão de pesquisadores, a China dispõe de um potencial equivalente a 82% da capacidade norte-americana e 79% da europeia; segundo a National Science Foundation norte-americana, o país deverá concentrar 30% de todos os pesquisadores do mundo até 2025.
Esforço financeiro: em 2009, pela primeira vez, a China apresentou um orçamento para pesquisa que a colocou em segundo lugar no mundo — ainda bastante longe dos Estados Unidos, mas à frente do Japão.
Esforço tecnológico: em 2011, o país se tornou o primeiro depositante mundial de patentes, graças a uma estratégia nacional que visa passar do Made in China (produzido na China) para o Designed in China (projetado na China).
CARROUÉ, L. Desindustrialização. Disponível em: www.diplomatique.org.br.
Acesso em: 30 jul. 2013 (adaptado).
O texto apresenta um novo fator a ser considerado para refletir sobre o papel produtivo entre os países, representado pela
aplicação da ciência e tecnologia no desenvolvimento produtivo, que aumenta o potencial inventivo.
ampliação da capacidade da indústria de base, que coopera para diversificar os níveis produtivos.
exploração da mão de obra barata, que atrai fluxo de investimentos industriais para os países.
inserção de pesquisas aplicadas ao setor financeiro, que incentiva a livre concorrência.
transnacionalização do capital industrial, que eleva os lucros em escala planetária.
Aquarela do Brasil
Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim!
Ah! Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do Cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil! Pra mim!
Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda canção do meu amor
Quero ver a sá dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim!
ARY BARROSO. Aquarela do Brasil, 1939 (fragmento).
Muito usual no Estado Novo de Vargas, a composição de Ary Barroso é um exemplo típico de
música de sátira.
samba exaltação.
hino revolucionário.
propaganda eleitoral.
marchinha de protesto.