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Exercícios para o ENEM

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ENEM 2018 : Língua Portuguesa - Questões de Provas Anteriores do ENEM

Uma língua, múltiplos falares


Desde suas origens, o Brasil tem uma língua dividida em falares diversos. Mesmo antes da chegada dos portugueses, o território brasileiro já era multilíngue. Havia cerca de 1,2 mil línguas faladas pelos povos indígenas. O português trazido pelo colonizador tampouco era uma língua homogênea, havia variações dependendo da região de Portugal de onde ele vinha. Há de se considerar também que a chegada de falantes de português acontece em diferentes etapas, em momentos históricos específicos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, temos primeiramente o encontro linguístico de portugueses com índios e, além dos negros da África, vieram italianos, japoneses, alemães, árabes, todos com suas línguas. “Todo este processo vai produzindo diversidades linguísticas que caracterizam falares diferentes”, afirma um linguista da Unicamp. Daí que na mesma São Paulo pode-se encontrar modos de falar distintos como o de Adoniran Barbosa, que eternizou em suas composições o sotaque típico de um filho de imigrantes italianos, ou o chamado erre retroflexo, aquele erre dobrado que, junto com a letra i, resulta naquele jeito de falar “cairne” e “poirta” característico do interior de São Paulo.

MARIUZZO, P. Disponível em: www.labjor.unicamp.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).


A partir desse breve histórico da língua portuguesa no Brasil, um dos elementos de identidade nacional, entende-se que a diversidade linguística é resultado da

imposição da língua do colonizador sobre as línguas indígenas.

interação entre os falantes de línguas e culturas diferentes.

sobreposição das línguas europeias sobre as africanas e indígenas.

heterogeneidade da língua trazida pelo colonizador.

preservação dos sotaques característicos dos imigrantes.

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Para que serve a tecnologia

Computador


“Com os computadores e a internet, mudei muito. A Lian de hoje é totalmente diferente daquela de antes da informática. Me abriu portas e, além de tudo, fui aceita por pessoas que achava que não iriam me aceitar. Com a internet, viajei o mundo. Fui até Portugal e à África. Eu nem sabia que lá a realidade era tão forte. Perto deles, estamos até muito bem.” – Tânia “Lian” Silva, 26, índia pankararu.


TV


“Eu gosto muito de televisão. Assisto às novelas, me divirto muito. Mas, ao mesmo tempo, sei que aquilo tudo que passa lá não é verdade. É tudo uma ilusão.” – Valentina Maria Vieira dos Santos, 89, índia fulni-ô da aldeia Xixi a cla.


MP3 Player


“Cuido do meu tocador de MP3 como se fosse um tesouro. É um pen drive simples, mas é muito especial para mim. Nele ouço músicas indígenas e bandas da própria aldeia. Ele vive emprestado porque acaba sendo a diversão da aldeia inteira. Uso até para exibir uns vídeos que baixo da internet. Basta colocar no aparelho de DVD com entrada USB que tenho.” – Jailton Pankararu, 23, índio pankararu.

Disponível em: www2.uol.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012.


Os depoimentos apresentados no texto retratam o modo como diferentes gerações indígenas relatam suas experiências com os artefatos tecnológicos. Os comentários revelam

uma preferência pela possibilidade de uso do computador.

um elogio à utilidade da tecnologia no cotidiano indígena.

uma crítica à própria identidade antes da inclusão digital.

o gosto pela ilusão em telenovelas transmitidas na TV.

o desejo de possuir um aparelho importado.

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bom... o... eu tenho impressão que o rádio provocou uma revolução... no país na medida que:... ahn principalmente o rádio de pilha né? quer dizer o rádio de pilha representou a quebra de um isolamento do homem do campo principalmente quer dizer então o homem do campo que nunca teria condição de ouvir... falar... de outras coisas... de outros lugares... de outras pessoas, entende? através do rádio de pilha... ele pôde se ligar ao resto do mundo saber que existem outros lugares outras pessoas, que existe um governo, que existem atos do governo... de modo que... o rádio, eu acho que tem um papel até... numa certa medida... ele provocou pelo alcance que tem uma revolução até maior do que a televisão... o que significou a quebra do isolamento... entende? de certas pessoas... a gente vê hoje o operário de obra com o rádio de pilha debaixo do braço durante todo o tempo que ele está trabalhando... quer dizer... se esse canal que é o rádio fosse usado da mesma forma como eu mencionei a televisão... num sentido cultural educativo de boas músicas e de... numa linha realmente de crescimento do homem [...] Esses veículos... de telecomunicações se colocassem a serviço da cultura e da educação seria uma beleza, né?

CASTILHO, A. T.; PRETTI, D. (Org.). A linguagem falada na cidade de São Paulo: materiais para seu estudo. São Paulo: T. A. Queiroz; Fapesp, 1987.


A palavra comunicação origina-se do latim communicare e significa “tornar comum”, “repartir”. Nessa transcrição de entrevista, reafirma-se esse papel dos meios de comunicação de massa porque o rádio poderia

oferecer diversão para as massas, possibilitando um melhor ambiente de trabalho.

atender as demandas de mercado, servindo de instrumento à indústria do consumo.
difundir uma cultura homogênea, abolindo as marcas identitárias de toda uma coletividade.
trazer oportunidades de aprimoramento intelectual, permitindo ao homem o acesso a informações e a bens culturais.
inserir o indivíduo em sua classe social, fornecendo entretenimento de pouco aprofundamento crítico.
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Quantos há que os telhados têm vidrosos

E deixam de atirar sua pedrada,

De sua mesma telha receiosos.


Adeus, praia, adeus, ribeira,

De regatões tabaquista,

Que vende gato por lebre

Querendo enganar a vista.


Nenhum modo de desculpa

Tendes, que valer-vos possa:

Que se o cão entra na igreja,

É porque acha aberta a porta.

GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore. São Paulo: Martins Fontes, 2003 (fragmento).


Ao organizar as informações, no processo de construção do texto, o autor estabelece sua intenção comunicativa. Nesse poema, Gregório de Matos explora os ditados populares com o objetivo de

enumerar atitudes.

descrever costumes.

demonstrar sabedoria.

recomendar precaução.

criticar comportamentos.

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Em sua conversa com o pai, Calvin busca persuadi-lo, recorrendo à estratégia argumentativa de

mostrar que um bom trabalho como pai implica a valorização por parte do filho.

apelar para a necessidade que o pai demonstra de ser bem-visto pela família.

explorar a preocupação do pai com a própria imagem e popularidade.

atribuir seu ponto de vista a terceiros para respaldar suas intenções.

gerar um conflito entre a solicitação da mãe e os interesses do pai.

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                                             Deserto de sal

          O silêncio ajuda a compor a trilha que se ouve na caminhada pelo Salar de Atacama.   

      Com 100 quilômetros de extensão, o Salar de Atacama é o terceiro maior deserto de sal do mundo. De acordo com estudo publicado pela Universidade do Chile, o Salar de Atacama é uma depressão de 3 500 quilômetros quadrados entre a Cordilheira dos Andes e a Cordilheira de Domeiko. Sua origem está no movimento das placas tectônicas. Mais tarde, a água evaporou-se e, desta forma, surgiram os desertos de sal do Atacama. Além da crosta de sal que recobre a superfície, há lagoas formadas pelo degelo de neve acumulada nas montanhas.

                                                    FORNER, V. Terra da Gente, n. 96, abr. 2012.


Os gêneros textuais são textos materializados que circulam socialmente. O texto Deserto de sal foi veiculado em uma revista de circulação mensal. Pelas estratégias linguísticas exploradas, conclui-se que o fragmento apresentado pertence ao gênero

relato, pela apresentação de acontecimentos ocorridos durante uma viagem ao Salar de Atacama.
verbete, pela apresentação de uma definição e de exemplos sobre o termo Salar de Atacama.
artigo de opinião, pela apresentação de uma tese e de argumentos sobre o Salar de Atacama.
reportagem, pela apresentação de informações e de dados sobre o Salar de Atacama.

resenha, pela apresentação, descrição e avaliação do Salar de Atacama.

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TEXTO I


      Por “complexo de vira-latas” entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos julgamos “os maiores” é uma cínica inverdade. Em Wembley, por que perdemos? Porque, diante do quadro inglês, louro e sardento, a equipe brasileira ganiu de humildade. Jamais foi tão evidente e, eu diria mesmo, espetacular o nosso vira-latismo [...]. É um problema de fé em si mesmo. O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-latas.

RODRIGUES, N. À sombra das chuteiras imortais. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.


TEXTO II


      A melhor banda de todos os tempos da última semana

As músicas mais pedidas

Os discos que vendem mais

As novidades antigas

Nas páginas dos jornais


Um idiota em inglês

Se é idiota, é bem menos que nós

Um idiota em inglês

É bem melhor do que eu e vocês


A melhor banda de todos os tempos da última semana

O melhor disco brasileiro de música americana

O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado

O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos

           

TITÃS. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).


O verso do Texto II que estabelece a adequada relação temática com “o nosso vira-latismo”, presente no Texto I, é:

“As novidades antigas”.

“Os discos que vendem mais”.

“O melhor disco brasileiro de música americana”.

“A melhor banda de todos os tempos da última semana”.

“O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos”.

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ENEM 2018 : Inglês - Questões de Provas Anteriores do ENEM

Most people today have a mobile phone. In fact, many people can't imagine how they ever got along without a portable phone. However, many people also complain about cell phone users. People complain about other people loudly discussing personal matters in public places. They complain when cell phones ring in movie theaters and concert halls. They complain about people driving too slow, and not paying attention to where they are going because they are talking on a cell phone. And they complain about people walking around talking to people who aren't there.

Whenever a new communications technology becomes popular, it changes the way society is organized. Society has to invent rules for the polite way to use the new devices. Our social etiquette, our rules of politeness for cell phones, is still evolving.

Disponível em: www.indianchild.com. Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado).


O uso de celulares em lugares públicos tem sido prática corrente. O texto aponta que essa prática tem gerado

anseios por recursos para ampliar os benefícios dos dispositivos.

reclamações sobre a falta de normas no comportamento dos usuários.

questionamentos a respeito da dependência constante dessa tecnologia.

discussões acerca da legislação para a comercialização de telefones.

dúvidas dos usuários em relação ao manuseio de novos aparelhos.

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ENEM 2018 : Inglês - Questões de Provas Anteriores do ENEM

               


Pelas expressões do it yourself e How-Tos, entende-se que a pesquisa realizada na página da internet revela uma busca por 

agendamento de serviços autorizados.

instrução para a realização de atividades.

esclarecimento de dúvidas com outros usuários.

inscrição em cursos para elaboração de projetos.

aquisição de produtos para a execução de tarefas.

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Which skin colour are you? The human swatch chart

that confronts racism

In 1933, in a book called The Masters and the Slaves, the Brazilian anthropologist Gilberto Freyre wrote: “Every Brazilian, even the light-skinned, fair-haired one, carries about him on his soul, when not on soul and body alike, the shadow, or at least the birthmark, of the aborigine or the negro.” This was forefront in the mind of the French artist Pierre David when he moved to Brazil in 2009. “When I was in the streets, I could see so many skin colours”, he says. He decided to make a human colour chart, like one you would find in the paint section of B&Q shop, but showing the gradations and shades of our skin colour. The project, called Nuancier or “swatches”, was first shown at the Museu de Arte Moderna in Salvador – Bahia, and is now on show in his native France. “Brazil has a better attitude to skin colour than other developed nations”, he says. “There's no doubt, because the concept of skin colour difference was recognised very early in their history. Now, it even appears on identity documents.”

Yet Nuancier, David says, is still a critique of racism, in Brazil and around the world. “This work may seem provocative – to classify men by colour, to industrially produce the colour of an individual so it can be store-bought. But this is a demonstration of the commodification of bodies. It denounces racism anywhere it is found in the world.”

SEYMOUR, T. Disponível em: www.theguardian.com. Acesso em: 21 out. 2015 (adaptado).


O artista francês Pierre David, ao evidenciar seu encantamento com a diversidade de cores de peles no Brasil, no projeto Nuancier, também

desencadeia um estudo sobre a atitude dos brasileiros com base na análise de características raciais.
denuncia a discriminação social gerada com a distinção de cores na população de Salvador.
destaca a mistura racial como elemento-chave no impedimento para a ascensão social.
provoca uma reflexão crítica em relação à classificação e à mercantilização das raças.
elabora um produto com base na variedade de cores de pele para uso comercial.
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