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Em discurso proferido em 17 de março de 1939, o primeiro-ministro inglês à época, Neville Chamberlain, sustentou sua posição política: “Não necessito defender minhas visitas à Alemanha no outono passado, que alternativa existia? Nada do que pudéssemos ter feito, nada do que a França pudesse ter feito, ou mesmo a Rússia, teria salvado a Tchecoslováquia da destruição. Mas eu também tinha outro propósito ao ir até Munique. Era o de prosseguir com a política por vezes chamada de ‘apaziguamento europeu’, e Hitler repetiu o que já havia dito, ou seja, que os Sudetos, região de população alemã na Tchecoslováquia, eram a sua última ambição territorial na Europa, e que não queria incluir na Alemanha outros povos que não os alemães.”
Internet: <www.johndclare.net> (com adaptações).
Sabendo-se que o compromisso assumido por Hitler em 1938, mencionado no texto acima, foi rompido pelo líder alemão em 1939, infere-se que
Hitler ambicionava o controle de mais territórios na Europa além da região dos Sudetos.
a aliança entre a Inglaterra, a França e a Rússia poderia ter salvado a Tchecoslováquia.
o rompimento desse compromisso inspirou a política de ‘apaziguamento europeu’.
a política de Chamberlain de apaziguar o líder alemão era contrária à posição assumida pelas potências aliadas.
a forma que Chamberlain escolheu para lidar com o problema dos Sudetos deu origem à destruição da Tchecoslováquia.
Na América inglesa, não houve nenhum processo sistemático de catequese e de conversão dos índios ao cristianismo, apesar de algumas iniciativas nesse sentido. Brancos e índios confrontaram-se muitas vezes e mantiveram- se separados. Na América portuguesa, a catequese dos índios começou com o próprio processo de colonização, e a mestiçagem teve dimensões significativas. Tanto na América inglesa quanto na portuguesa, as populações indígenas foram muito sacrificadas. Os índios não tinham defesas contra as doenças trazidas pelos brancos, foram derrotados pelas armas de fogo destes últimos e, muitas vezes, escravizados.
No processo de colonização das Américas, as populações indígenas da América portuguesa
Foram submetidas a um processo de doutrinação religiosa que não ocorreu com os indígenas da América inglesa.
mantiveram sua cultura tão intacta quanto a dos indígenas da América inglesa.
passaram pelo processo de mestiçagem, que ocorreu amplamente com os indígenas da América inglesa.
diferenciaram-se dos indígenas da América inglesa por terem suas terras devolvidas.
resistiram, como os indígenas da América inglesa, às doenças trazidas pelos brancos.
A velha Totonha de quando em vez batia no engenho. E era um acontecimento para a meninada... Que talento ela possuía para contar as suas histórias, com um jeito admirável de falar em nome de todos os personagens, sem nenhum dente na boca, e com uma voz que dava todos os tons às palavras! Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinhações. E muito da vida, com as suas maldades e as suas grandezas, a gente encontrava naqueles heróis e naqueles intrigantes, que eram sempre castigados com mortes horríveis! O que fazia a velha Totonha mais curiosa era a cor local que ela punha nos seus descritivos. Quando ela queria pintar um reino era como se estivesse falando dum engenho fabuloso. Os rios e florestas por onde andavam os seus personagens se pareciam muito com a Paraíba e a Mata do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco.
José Lins do Rego. Menino de Engenho. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 49-51 (com adaptações).
Na construção da personagem “velha Totonha”, é possível identificar traços que revelam marcas do processo de colonização e de civilização do país. Considerando o texto acima, infere-se que a velha Totonha
tira o seu sustento da produção da literatura, apesar de suas condições de vida e de trabalho, que denotam que ela enfrenta situação econômica muito adversa.
compõe, em suas histórias, narrativas épicas e realistas da história do país colonizado, livres da influência de temas e modelos não representativos da realidade nacional.
retrata, na constituição do espaço dos contos, a civilização urbana européia em concomitância com a representação literária de engenhos, rios e florestas do Brasil.
aproxima-se, ao incluir elementos fabulosos nos contos, do próprio romancista, o qual pretende retratar a realidade brasileira de forma tão grandiosa quanto a européia.
imprime marcas da realidade local a suas narrativas, que têm como modelo e origem as fontes da literatura e da cultura européia universalizada.
Um grupo de ecólogos esperava encontrar aumento de tamanho das acácias, árvores preferidas de grandes mamíferos herbívoros africanos, como girafas e elefantes, já que a área estudada era cercada para evitar a entrada desses herbívoros. Para espanto dos cientistas, as acácias pareciam menos viçosas, o que os levou a compará-las com outras de duas áreas de savana: uma área na qual os herbívoros circulam livremente e fazem podas regulares nas acácias, e outra de onde eles foram retirados há 15 anos. O esquema a seguir mostra os resultados observados nessas duas áreas.
De acordo com as informações acima,
a presença de populações de grandes mamíferos herbívoros provoca o declínio das acácias.
os hábitos de alimentação constituem um padrão de comportamento que os herbívoros aprendem pelo uso, mas que esquecem pelo desuso.
as formigas da espécie 1 e as acácias mantêm uma relação benéfica para ambas.
os besouros e as formigas da espécie 2 contribuem para a sobrevivência das acácias.
a relação entre os animais herbívoros, as formigas e as acácias é a mesma que ocorre entre qualquer predador e sua presa.
20 vezes todos os dedos da mão esquerda.
20 vezes todos os dedos da mão direita.
todos os dedos da mão direita apenas uma vez.
todos os dedos da mão esquerda apenas uma vez.
5 vezes todos os dedos da mão esquerda e 5 vezes todos os dedos da mão direita.
Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que variações anatômicas entre os animais fossem conseqüência de diferenças significativas entre seus genomas. Porém, os projetos de seqüenciamento de genoma revelaram o contrário. Hoje, sabe-se que 99% do genoma de um camundongo é igual ao do homem, apesar das notáveis diferenças entre eles. Sabe-se também que os genes ocupam apenas cerca de 1,5% do DNA e que menos de 10% dos genes codificam proteínas que atuam na construção e na definição das formas do corpo. O restante, possivelmente, constitui DNA não-codificante. Como explicar, então, as diferenças fenotípicas entre as diversas espécies animais? A resposta pode estar na região não-codificante do DNA.
S. B. Carroll et al. O jogo da evolução. In: Scientific American Brasil, jun./2008 (com adaptações).
A região não-codificante do DNA pode ser responsável pelas diferenças marcantes no fenótipo porque contém
as seqüências de DNA que codificam proteínas responsáveis pela definição das formas do corpo.
uma enzima que sintetiza proteínas a partir da seqüência de aminoácidos que formam o gene.
centenas de aminoácidos que compõem a maioria de nossas proteínas.
informações que, apesar de não serem traduzidas em seqüências de proteínas, interferem no fenótipo.
os genes associados à formação de estruturas similares às de outras espécies.
Define-se genoma como o conjunto de todo o material genético de uma espécie, que, na maioria dos casos, são as moléculas de DNA. Durante muito tempo, especulou-se sobre a possível relação entre o tamanho do genoma — medido pelo número de pares de bases (pb) —, o número de proteínas produzidas e a complexidade do organismo. As primeiras respostas começam a aparecer e já deixam claro que essa relação não existe, como mostra a tabela abaixo.
De acordo com as informações acima,
o conjunto de genes de um organismo define o seu DNA.
a produção de proteínas não está vinculada à molécula de DNA.
o tamanho do genoma não é diretamente proporcional ao número de proteínas produzidas pelo organismo.
quanto mais complexo o organismo, maior o tamanho de seu genoma.
genomas com mais de um bilhão de pares de bases são encontrados apenas nos seres vertebrados.
A Peste Negra dizimou boa parte da população européia, com efeitos sobre o crescimento das cidades O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”
Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky. Th Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações
O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que
o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos.
a Igreja buscou conter o medo da morte, disseminando o saber médico.
a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis.
houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste.
o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados.
São Paulo vai se recensear. O governo quer saber quantas pessoas governa. A indagação atingirá a fauna e a flora domesticadas. Bois, mulheres e algodoeiros serão reduzidos a números e invertidos em estatísticas. O homem do censo entrará pelos bangalôs, pelas pensões, pelas casas de barro e de cimento armado, pelo sobradinho e pelo apartamento, pelo cortiço e pelo hotel, perguntando:
— Quantos são aqui?
Pergunta triste, de resto. Um homem dirá:
— Aqui havia mulheres e criancinhas. Agora, felizmente, só há pulgas e ratos.
E outro:
— Amigo, tenho aqui esta mulher, este papagaio, esta sogra e algumas baratas. Tome nota dos seus nomes, se quiser. Querendo levar todos, é favor... (...)
E outro:
— Dois, cidadão, somos dois. Naturalmente o sr. não a vê. Mas ela está aqui, está, está! A sua saudade jamais sairá de meu quarto e de meu peito!
Rubem Braga. Para gostar de ler. v. 3. São Paulo: Ática, 1998, p. 32-3 (fragmento).
O fragmento acima, em que há referência a um fato sócio-histórico — o recenseamento —, apresenta característica marcante do gênero crônica ao
expressar o tema de forma abstrata, evocando imagens e buscando apresentar a idéia de uma coisa por meio de outra.
manter-se fiel aos acontecimentos, retratando os personagens em um só tempo e um só espaço.
contar história centrada na solução de um enigma, construindo os personagens psicologicamente e revelando-os pouco a pouco.
evocar, de maneira satírica, a vida na cidade, visando transmitir ensinamentos práticos do cotidiano, para manter as pessoas informadas.
valer-se de tema do cotidiano como ponto de partida para a construção de texto que recebe tratamento estético.