Exercícios para o ENEM (92)
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Pra onde vai essa estrada? — Sô Augusto, pra onde vai essa estrada?...
Pra onde vai essa estrada?
— Sô Augusto, pra onde vai essa estrada?
O senhor Augusto:
— Eu moro aqui há 30 anos, ela nunca foi pra parte nenhuma, não.
— Sô Augusto, eu estou dizendo se a gente for andando aonde a gente vai?
O senhor Augusto:
— Vai sair até nas Oropas, se o mar der vau.
Vocabulário
Vau: Lugar do rio ou outra porção de água onde esta é pouco funda e, por isso, pode ser transposta a pé ou a cavalo.
MAGALHÃES, L. L. A.; MACHADO, R. H. A. (Org.). Perdizes, suas histórias, sua gente, seu folclore. Perdizes: Prefeitura Municipal, 2005.
As anedotas são narrativas, reais ou inventadas,
estruturadas com a finalidade de provocar o riso.
O recurso expressivo que configura esse texto como uma
anedota é o(a)
uso repetitivo da negação.
grafia do termo “Oropas”.
ambiguidade do verbo “ir”.
ironia das duas perguntas.
emprego de palavras coloquiais.
A tecnologia está, definitivamente, presente na vida cotidiana. Seja...
A tecnologia está, definitivamente, presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo.
MATSUURA, S. O Globo, 10 jun. 2013 (adaptado).
O desenvolvimento da sociedade está relacionado ao avanço das tecnologias, que estabelecem novos padrões de comportamento. De acordo com o texto, o alerta dos especialistas deve-se à
Chamou-me o bragantino e levou-me pelos corredores e pátios até ao...
Chamou-me o bragantino e levou-me pelos corredores e pátios até ao hospício propriamente. Aí é que percebi que ficava e onde, na seção, na de indigentes, aquela em que a imagem do que a Desgraça pode sobre a vida dos homens é mais formidável. O mobiliário, o vestuário das camas, as camas, tudo é de uma pobreza sem par. Sem fazer monopólio, os loucos são da proveniência mais diversa, originando-se em geral das camadas mais pobres da nossa gente pobre. São de imigrantes italianos, portugueses e outros mais exóticos, são os negros roceiros, que teimam em dormir pelos desvãos das janelas sobre uma esteira esmolambada e uma manta sórdida; são copeiros, cocheiros, moços de cavalariça, trabalhadores braçais. No meio disto, muitos com educação, mas que a falta de recursos e proteção atira naquela geena social.
BARRETO, L. Diário do hospício e O cemitério dos vivos. São Paulo: Cosac& Naify, 2010.
No relato de sua experiência no sanatório onde foi interno, Lima Barreto expõe uma realidade social e humana marcada pela exclusão. Em seu testemunho, essa reclusão demarca uma
medida necessária de intervenção terapêutica.
forma de punição indireta aos hábitos desregrados.
compensação para as desgraças dos indivíduos.
oportunidade de ressocialização em um novo ambiente.
conveniência da invisibilidade a grupos vulneráveis e periféricos.
Acho que educar é como catar piolho na cabeça de criança. É...
Acho que educar é como catar piolho na cabeça de criança.
É preciso ter confiança, perseverança e um certo despojamento.
É preciso, também, conquistar a confiança de quem se quer educar, para fazê-lo deitar no colo e ouvir histórias.
MUNDURUKU, D. Disponível em: http://caravanamekukradja.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012.
Concorrem para a estruturação e para a progressão das ideias no texto os seguintes recursos:
Comparação e enumeração.
Hiperonímia e antonímia.
Argumentação e citação.
Narração e retomada.
Pontuação e hipérbole.
Na tirinha, o leitor é conduzido a refletir sobre relacionamentos...

Na tirinha, o leitor é conduzido a refletir sobre
relacionamentos afetivos. A articulação dos recursos
verbais e não verbais tem o objetivo de
O comportamento do público, em geral, parece indicar o seguinte: o...
O comportamento do público, em geral, parece indicar o seguinte: o texto da peça de teatro não basta em si mesmo, não é uma obra de arte completa, pois ele só se realiza plenamente quando levado ao palco. Para quem pensa assim, ler um texto dramático equivale a comer a massa do bolo antes de ele ir para o forno. Mas ele só fica pronto mesmo depois que os atores deram vida àquelas emoções; que cenógrafos compuseram os espaços, refletindo externamente os conflitos internos dos envolvidos; que os figurinistas vestiram os corpos sofredores em movimento.
LACERDA, R. Leitores. Metáfora, n. 7, abr. 2012.
Em um texto argumentativo, podem-se encontrar diferentes estratégias para guiar o leitor por um raciocínio e chegar a determinada conclusão. Para defender sua ideia a favor da incompletude do texto dramático fora do palco, o autor usa como estratégia argumentativa a
comoção.
analogia.
identificação.
contextualização.
enumeração.
É dia de festa na roça. Fogueira posicionada, caipiras arrumados,...
É dia de festa na roça. Fogueira posicionada, caipiras arrumados, barraquinhas com quitutes suculentos e bandeirinhas de todas as cores enfeitando o salão. Mas o ponto mais esperado de toda a festa é sempre a quadrilha, embalada por música típica e linguajar próprio. Anarriê, alavantú, balancê de damas e tantos outros termos agitados pelo puxador da quadrilha deixam a festa de São João, comemorada em todo o Brasil, ainda mais completa.
Embora os festejos juninos sejam uma herança da colonização portuguesa no Brasil, grande parte das tradições da quadrilha tem origem francesa. E muita gente dança sem saber.
As influências estrangeiras são muitas nas festas dos três santos do mês de junho (Santo Antônio, no dia 13, e São Pedro, no dia 29, completam o grupo). O “changê de damas” nada mais é do que a troca de damas na dança, do francês “changer”. O “alavantú”, quando os casais se aproximam e se cumprimentam, também é francês, e vem de “en avant tous”. Assim também acontece com o “balancê”, que também vem de bailar em francês.
SOARES, L. Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 30 jun. 2015 (adaptado).
Ao discorrer sobre a festa de São João e a quadrilha como manifestações da cultura corporal, o texto privilegia a descrição de
movimentos realizados durante a coreografia da dança.
personagens presentes nos festejos de São João.
vestimentas utilizadas pelos participantes.
ritmos existentes na dança da quadrilha.
folguedos constituintes do evento.
O último refúgio da língua geral no Brasil No coração da Floresta...
O último refúgio da língua geral no Brasil
No coração da Floresta Amazônica é falada uma língua que participou intensamente da história da maior região do Brasil. Trata-se da língua geral, também conhecida como nheengatu ou tupi moderno. A língua geral foi ali mais falada que o próprio português, inclusive por não índios, até o ano de 1877. Alguns fatores contribuíram para o desaparecimento dessa língua de grande parte da Amazônia, como perseguições oficiais no século XVIII e a chegada maciça de falantes de português durante o ciclo da borracha, no século XIX. Língua-testemunho de um passado em que a Amazônia brasileira alargava seus territórios, a língua geral hoje é falada por mais de 6 mil pessoas, num território que se estende pelo Brasil, Venezuela e Colômbia. Em 2002, o município de São Gabriel da Cachoeira ficou conhecido por ter oficializado as três línguas indígenas mais usadas ali: o nheengatu, o baníua e o tucano. Foi a primeira vez que outras línguas, além do português, ascendiam à condição de línguas oficiais no Brasil. Embora a oficialização dessas línguas não tenha obtido todos os resultados esperados, redundou no ensino de nheengatu nas escolas municipais daquele município e em muitas escolas estaduais nele situadas. É fundamental que essa língua de tradição eminentemente oral tenha agora sua gramática estudada e que textos de diversas naturezas sejam escritos, justamente para enfrentar os novos tempos que chegaram.
NAVARRO, E. Estudos Avançados, n. 26, 2012 (adaptado).
O esforço de preservação do nheengatu, uma língua que sofre com o risco de extinção, significa o reconhecimento de que
Inovando os padrões estéticos de sua época, a obra de Pablo Picasso...

Inovando os padrões estéticos de sua época, a obra de
Pablo Picasso foi produzida utilizando características
de um movimento artístico que
dispensa a representação da realidade.
agrega elementos da publicidade em suas composições.
valoriza a composição dinâmica para representar movimento.
busca uma composição reduzida e seus elementos primários de forma.
explora a sobreposição de planos geométricos e fragmentos de objetos.
O jornal vai morrer. É a ameaça mais constante dos especialistas. E...
O jornal vai morrer. É a ameaça mais constante dos especialistas. E essa nem é uma profecia nova. Há anos a frase é repetida. Experiências são feitas para atrair leitores na era da comunicação nervosa, rápida, multicolorida, performática. Mas o que é o jornal? Onde mora seu encanto?
O que é sedutor no jornal é ser ele mesmo e nenhum outro formato de comunicação de ideias, histórias, imagens e notícias. No tempo das muitas mídias, o que precisa ser entendido é que cada um tem um espaço, um jeito, uma personalidade.
Quando surge uma nova mídia, há sempre os que a apresentam como tendência irreversível, modeladora do futuro inevitável e fatal. Depois se descobre que nada é substituído e o novo se agrega ao mesmo conjunto de seres através dos quais nos comunicamos.
Os jornais vão acabar, garantem os especialistas. E, por isso, dizem que é preciso fazer jornal parecer com as outras formas da comunicação mais rápida, eletrônica, digital. Assim, eles morrerão mais rapidamente. Jornal tem seu jeito. É imagem, palavra, informação, ideia, opinião, humor, debate, de uma forma só dele.
Nesse tempo tão mutante em que se tuíta para milhares, que retuítam para outros milhares o que foi postado nos blogs, o que está nos sites dos veículos on-line, que chance tem um jornal de papel que traz uma notícia estática, uma foto parada, um infográfico fixo?
Terá mais chance se continuar sendo jornal.
LEITÃO, M. Jornal de papel. O Tempo, n. 5 684, 8 jul. 2012 (adaptado).
Muito se fala sobre o impacto causado pelas tecnologias
da comunicação e da informação nas diferentes mídias.
A partir da análise do texto, conclui-se que essas
tecnologias
mantêm inalterados os modos de produção e veiculação do conhecimento.