Exercícios para o ENEM (113)
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É viajando pelo mundo que os dois profissionais do Living Tongues...
É viajando pelo mundo que os dois profissionais do Living Tongues Institute for Endangered Languages reúnem subsídios para formar os chamados “dicionários falantes” de idiomas em fase de extinção, com poucos falantes no planeta. “A maioria das línguas do mundo é oral, o que significa que não estão escritas ou seus falantes não costumam escrevê-las. E, apesar de os projetos tradicionais dos linguistas serem os de escrever gramáticas e dicionários, gostamos de pensar em línguas vivas, e saber que as pessoas as estão falando. Então, se você vai a um dicionário, deve ser capaz de ouvi-lo. Foi com isso em mente que criamos os dicionários para oito de algumas das línguas mais ameaçadas do mundo”, disse o linguista K. David Harrison. Para os ativistas de cada comunidade com idioma ameaçado, esse dicionário é uma ferramenta que pode ser usada para disseminar o conhecimento da língua entre os mais jovens. Para todas as outras pessoas interessadas, é a oportunidade de encontrar sons e formas de discursos humanos desconhecidos para grande parte da população do globo. É a diversidade linguística escondida e que agora pode ser revelada.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br. Acesso em: 28jul. 2012 (adaptado).
Considerando o projeto dos “dicionários falantes”, compreende-se que o trabalho dos linguistas apresentado no texto objetiva
preservar a memória cultural de um povo por meio de registros escritos.
estimular projetos voltados para a escrita de gramáticas e dicionários.
Essa história em quadrinhos aborda a padronização da imagem...

Essa história em quadrinhos aborda a padronização da
imagem corporal na contemporaneidade. O fator que pode
ser identificado como influenciador do comportamento
obsessivo retratado nos quadrinhos é o
entendimento da aparência corporal relacionada à saúde.
controle feminino sobre o ideal social de estética corporal.
desejo pelo modelo de corpo ideal construído socialmente.
questionamento crítico dos valores ligados ao sucesso social.
posicionamento reflexivo da mulher frente às imposições estéticas.
TEXTO I 280 novos veículos por dia no estado Frota, que chega a quase...
TEXTO I
280 novos veículos por dia no estado
Frota, que chega a quase 1,4 milhão, deve
dobrarem 13 anos
A cada dia, uma média de 280 novos veículos chega às ruas do Espírito Santo, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES). No final do mês passado, a frota já era de 1 395 342 unidades, 105 mil a mais do que no mesmo mês de 2011. Os números incluem automóveis, motocicletas, caminhões e ônibus, entre outros tipos. De dezembro para cá, o crescimento foi de mais de 33 mil veículos. E, se esse ritmo continuar, a frota do Espírito Santo vai dobrar até 2025. O diretor-geral do Detran-ES relaciona o crescimento desses números à facilidade encontrada para se comprar um veículo. “Há toda uma questão econômica, da facilidade de crédito. Como oferecemos um transporte coletivo que ainda precisa ser melhorado, inevitavelmente o cidadão que pode adquire seu próprio veículo”.
Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado).
TEXTO II

Os textos I e II tratam do mesmo tema, embora sejam
de gêneros diferentes. Estabelecendo-se as relações
entre os dois textos, entende-se que o Texto II tem a
função de
responsabilizar a má qualidade do serviço de transporte pelo crescimento do número de veículos.
Se o dançarino já preparou toda a sensação antes, ele não está...
Se o dançarino já preparou toda a sensação antes, ele não está no vazio... já está acabado. Nesse momento (vazio) é o seu corpo que está dizendo algo, não é você. Quando o ator está nesse momento de desistir, é nesse momento que ele deve continuar; é nesse momento que chega algo para quem está assistindo. Não importa tanto a coreografia e todo esse trabalho. O mais importante é isso, o vazio, e como você continua com isso...
COLLA, A. C. Caminhante, não há caminhos, só rastros. São Paulo: Perspectiva, 2013.
O texto considera que um corpo vazio (de som, sentimento e pensamento) pode fazer qualquer coisa. Nessa concepção, a atuação do dançarino alcança o ápice de
inércia em cena.
transcendência de si.
significação do preparo.
ausência de comunicação.
consciência do movimento.
Maria Diamba Para não apanhar mais falou que sabia fazer bolos: virou...
Maria Diamba
Para não apanhar mais
falou que sabia fazer bolos:
virou cozinha.
Foi outras coisas para que tinha jeito.
Não falou mais:
Viram que sabia fazer tudo,
até molecas para a Casa-Grande.
Depois falou só,
só diante da ventania
que ainda vem do Sudão;
falou que queria fugir
dos senhores e das judiarias deste mundo
para o sumidouro.
LIMA, J. Poemas negros. Rio de Janeiro: Record, 2007.
O poema de Jorge de Lima sintetiza o percurso de vida de Maria Diamba e sua reação ao sistema opressivo da escravidão. A resistência dessa figura feminina é assinalada no texto pela relação que se faz entre
o uso da fala e o desejo de decidir o próprio destino.
a exploração sexual e a geração de novas escravas.
a prática na cozinha e a intenção de ascender socialmente.
o prazer de sentir os ventos e a esperança de voltar à África.
o medo da morte e a vontade de fugir da violência dos brancos.
O adolescente A vida é tão bela que chega a dar medo. Não o medo...
O adolescente
A vida é tão bela que chega a dar medo.
Não o medo que paralisa e gela,
estátua súbita,
mas
esse medo fascinante e fremente de curiosidade
[que faz
o jovem felino seguir para frente farejando o vento
ao sair, a primeira vez, da gruta.
Medo que ofusca: luz!
Cumplicentemente,
as folhas contam-te um segredo
velho como o mundo:
Adolescente, olha! A vida é nova...
A vida é nova e anda nua
— vestida apenas com o teu desejo!
QUINTANA, M. Nariz de vidro. São Paulo: Moderna, 1998.
Ao abordar uma etapa do desenvolvimento humano, o poema mobiliza diferentes estratégias de composição. O principal recurso expressivo empregado para a construção de uma imagem da adolescência é a
hipérbole do medo.
metáfora da estátua.
personificação da vida.
antítese entre juventude e velhice.
comparação entre desejo e nudez.
Quinze de Novembro Deodoro todo nos trinques Bate na porta de Dão...
Quinze de Novembro
Deodoro todo nos trinques
Bate na porta de Dão Pedro Segundo.
— Seu imperado, dê o fora que nós queremos tomar conta desta bugiganga.
Mande vir os músicos.
O imperador bocejando responde:
— Pois não meus filhos não se vexem
me deixem calçar as chinelas
podem entrar à vontade:
só peço que não me bulam nas obras completas de
[Victor Hugo.
MENDES, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
A poesia de Murilo Mendes dialoga com o ideário poético
dos primeiros modernistas. No poema, essa atitude
manifesta-se na
releitura irônica de um fato histórico.
visão ufanista de um episódio nacional.
denúncia implícita de atitudes autoritárias.
isenção ideológica do discurso do eu lírico.
representação saudosista do regime monárquico.
As lutas podem ser classificadas de diferentes formas, de acordo com a...
As lutas podem ser classificadas de diferentes formas, de acordo com a relação espacial entre os oponentes. As lutas de contato direto são caracterizadas pela manutenção do contato direto entre os adversários, os quais procuram empurrar, desequilibrar, projetar ou imobilizar o oponente. Já as lutas que mantêm o adversário a distância são caracterizadas pela manutenção de uma distância segura em relação ao adversário, para não ser atingido pelo oponente, procurando o contato apenas no momento da aplicação de uma técnica (golpe).
Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de educação física para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Curitiba: SEED, 2008 (adaptado).
Com base na classificação presente no texto, são exemplos de luta de contato direto e de luta que mantém o adversário a distância, respectivamente,
judô e karatê.
jiu-jítsu e sumô.
boxe e kung fu.
esgrima e luta olímpica.
Árvore é cortada para dar lugar à propaganda sobre preservação...
Árvore é cortada para dar lugar à propaganda
sobre preservação ambiental
“Uma criança abraça uma árvore com o sorriso no rosto. No fundo verde, uma mensagem exalta a importância da preservação da natureza e lembra o Dia da Árvore”. O que seria um roteiro padrão para uma peça publicitária virou motivo de revolta e indignação em uma cidade do interior de São Paulo. Isso porque uma empresa de outdoor derrubou uma árvore centenária em um terreno para a instalação de suas placas.
A empresa teria informado que tinha autorização da prefeitura e da polícia ambiental para cortar a árvore. Sobre a propaganda, a empresa disse que foi “uma infeliz coincidência”, já que não sabia o que iria ser anunciado.
Em nota, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, informou que não há nenhuma autorização em nome da empresa para o corte da árvore.
A multa, segundo a polícia ambiental, varia entre R$100 e R$ 1 000 por árvore ou planta cortada.
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 21 set. 2015 (adaptado).
O texto apresenta uma crítica ao uso social de um outdoor. Essa crítica está associada ao fato de
a empresa informar que foi uma “infeliz coincidência” o corte da árvore.
uma campanha ambiental ter substituído uma árvore centenária.
a empresa utilizar a imagem de uma criança na campanha.
O mistério do brega Famoso no seu tempo, o marechal Schõnberg...
O mistério do brega
Famoso no seu tempo, o marechal Schõnberg (1615-90) ditava a moda em Lisboa, onde seu nome foi aportuguesado para Chumbergas. Consta que ele foi responsável pela popularização dos vastos bigodes tufados na Metrópole. Entre os adeptos estaria o governador da província de Pernambuco, o português Jerônimo de Mendonça Furtado, que, por isso, aqui ganhou o apelido de Chumbregas - variante do aportuguesado Chumbergas. Talvez por ser um homem não muito benquisto na Colônia, o apelido deu origem ao adjetivo xumbrega: “coisa ruim”, “ordinária”. E talvez por ser um homem também da folia, surgiu o verbo xumbregar, que inicialmente teve o sentido de “embriagar-se” e depois veio a adquirir o de “bolinar”, “garanhar”. Dedução lógica: de coisa ruim a bebedeira e atos libidinosos, as palavras xumbrega ou xumbregar chegaram aos anos 60 do século XX na forma reduzida brega, designando locais onde se bebe, se bolina e se ouvem cantores cafonas. E o que inicialmente era substantivo, “música de brega”, acabou virando adjetivo, “música brega” - numa já distante referência a um certo marechal alemão chamado Schõnberg.
ARAÚJO, P. C. Revista USP, n. 87, nov. 2010 (adaptado).
O texto trata das mudanças linguísticas que resultaram na palavra “brega”. Ao apresentar as situações cotidianas que favoreceram as reinterpretações do seu sentido original, o autor mostra a importância da
interferência da documentação histórica na constituição do léxico.