Exercícios para o ENEM (117)
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O filósofo Auguste Comte(1798 - 1857) preenche sua doutrina com uma...
O filósofo Auguste Comte(1798 - 1857) preenche sua doutrina com uma imagem do progresso social na qual se conjugam ciência e política: a ação política deve assumir o aspecto de uma ação científica e a política deve ser estudada de maneira científica (a física social). Desde que a Revolução Francesa favoreceu a integração do povo na vida social, o positivismo obstina-se no programa de uma comunidade pacífica. E o Estado, instituição do reino absoluto da lei”, é a garantia da ordem que impede o retorno potencial das revoluções e engendra o progresso.
RUBY, C. Introdução à filosofia política. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).
A característica do Estado positivo que lhe permite garantir não só a ordem, como também o desejado progresso das nações, é ser
Não acho que seja possível identificar a globalização apenas com a...
Não acho que seja possível identificar a globalização apenas com a criação de uma economia global, embora este seja seu ponto focal e sua característica mais óbvia. Precisamos olhar além da economia. Antes de tudo, a globalização depende da eliminação de obstáculos técnicos, não de obstáculos econômicos. Isso tornou possível organizar a produção, e não apenas o comércio, em escala internacional.
HOBSBAWM, E. O novo século: entrevista a Antonio Polito. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).
Um fator essencial para a organização da produção, na conjuntura destacada no texto, é a
criação de uniões aduaneiras.
difusão de padrões culturais.
melhoria na infraestrutura de transportes.
supressão das barreiras para comercialização.
organização de regras nas relações internacionais.
As diferentes representações cartográficas trazem consigo as...

As diferentes representações cartográficas trazem consigo as ideologias de uma época. A representação
destacada se insere no contexto das Cruzadas por
revelar aspectos da estrutura demográfica de um povo.
sinalizar a disseminação global de mitos e preceitos políticos.
utilizar técnicas para demonstrar a centralidade de algumas regiões.
mostrar o território para melhor administração dos recursos naturais.
refletir a dinâmica sociocultural associada à visão de mundo eurocêntrica.
A conquista pelos ingleses de grandes áreas da Índia deu o impulso...
A conquista pelos ingleses de grandes áreas da Índia deu o impulso inicial à produção e venda organizada de ópio. A Companhia das Índias Orientais obteve o monopólio da compra do ópio indiano e depois vendeu licenças para mercadores selecionados, conhecidos como “mercadores nativos”. Depois de vender ópio na China, esses mercadores depositavam a prata que recebiam por ele com agentes da companhia em Cantão, em troca de cartas de crédito; a companhia, por sua vez, usava a prata para comprar chá, porcelana e outros artigos que seriam vendidos na Inglaterra.
SPENCE, J. Em busca da China moderna. São Paulo: Cia. das Letras, 1996 (adaptado).
A análise das trocas comerciais citadas permite interpretar as relações de poder que foram estabelecidas. A partir desse pressuposto, o processo sócio-histórico identificado no texto é
o colonialismo europeu, que marcou a expansão europeia no século XV.
o imperialismo, cujo ápice ocorreu na segunda metade do século XIX.
as libertações nacionais, ocorridas na segunda metade do século XX.
A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido...
A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori.
KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.
A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela
eficácia da razão empírica.
transvaloração dos valores judaico-cristãos.
recusa em fundamentar a moral pela experiência.
comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.
importância dos valores democráticos nas relações de amizade.
TEXTO I A melhor banda de todos os tempos da última semana O melhor...
TEXTO I
A melhor banda de todos os tempos da última semana
O melhor disco brasileiro de música americana
O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos
Não importa contradição
O que importa é televisão
Dizem que não há nada que você não se acostume
Cala a boca e aumenta o volume então.
MELLO, B.; BRITTO, S. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).
TEXTO II
O fetichismo na música e a regressão da audição
Aldous Huxley levantou em um de seus ensaios a seguinte pergunta: quem ainda se diverte realmente hoje num lugar de diversão? Com o mesmo direito poder-se-ia perguntar: para quem a música de entretenimento serve ainda como entretenimento? Ao invés de entreter, parece que tal música contribui ainda mais para o emudecimento dos homens, para a morte da linguagem como expressão, para a incapacidade de comunicação.
ADORNO, T. Textos escolhidos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
A aproximação entre a letra da canção e a crítica de
Adorno indica o(a)
lado efêmero e restritivo da indústria cultural.
baixa renovação da indústria de entretenimento.
influência da música americana na cultura brasileira.
fusão entre elementos da indústria cultural e da cultura popular.
declínio da forma musical em prol de outros meios de entretenimento.
Mediante o Código de Posturas de 1932, o poder público enumera e...
Mediante o Código de Posturas de 1932, o poder público enumera e prevê, para os habitantes de Fortaleza, uma série de proibições condicionadas pela hora: após as 22 horas era vetada a emissão de sons em volume acentuado. O uso de buzinas, sirenes, vitrolas, motores ou qualquer objeto que produzisse barulho seria punido com multa. No início dos anos 1940 o último bonde partia da Praça do Ferreira às 23 horas.
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult, 2001 (adaptado).
Como Fortaleza, muitas capitais brasileiras experimentaram, na primeira metade do século XX, um novo tipo de vida urbana, marcado por condutas que evidenciam uma
experiência temporal regida pelo tempo orgânico e pessoal.
experiência que flexibilizava a obdiência ao tempo do relógio.
relação de códigos que estimulavam o trânsito de pessoas na cidade.
normatização do tempo com vistas à disciplina dos corpos na cidade.
cultura urbana capaz de conviver com diferentes experiências temporais.
Em 1960, os 20% mais ricos da população mundial dispunham de um...
Em 1960, os 20% mais ricos da população mundial dispunham de um capital trinta vezes mais elevado do que o dos 20% mais pobres, o que já era escandaloso. Mas, ao invés de melhorar, a situação ainda se agravou. Hoje, o capital dos ricos em relação ao dos pobres é, não mais trinta, mas oitenta e duas vezes mais elevado.
RAMONET, I. Guerras do século XXI: novos temores e novas ameaças. Petrópolis: Vozes, 2003 (adaptado).
Que característica socioeconômica está expressa no texto?
Expansão demográfica.
Homogeneidade social.
Concentração de renda.
Desemprego conjuntural.
Desenvolvimento econômico.
Se os nossos adversários, que admitem a existência de uma natureza...
Se os nossos adversários, que admitem a existência de uma natureza não criada por Deus, o Sumo Bem, quisessem admitir que essas considerações estão certas, deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de atribuir a Deus tanto a autoria dos bens quanto dos males. Pois sendo Ele fonte suprema da Bondade, nunca poderia ter criado aquilo que é contrário à sua natureza.
AGOSTINHO. A natureza do Bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005 (adaptado).
Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do mal porque
o surgimento do mal é anterior à existência de Deus.
o mal, enquanto princípio ontológico, independe de Deus.
Deus apenas transforma a matéria, que é, por natureza, má.
por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal.
Deus se limita a administrar a dialética existente entre o bem e o mal.
Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja...
Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios.
PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.
Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central, do ponto de vista filosófico, evidencia o(a)
caráter antropológico, descrevendo as origens do homem primitivo.