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ENEMExercícios para o ENEM

Exercícios para o ENEM (229)

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ENEM 2019 : Língua Portuguesa - Questões de Provas Anteriores do ENEM

Inverno! inverno! inverno!

Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva boreal, descampados de gelo cujo limite escapa-nos sempre, desesperadamente, para lá do horizonte, perpétua solidão inóspita, onde apenas se ouve a voz do vento que passa uivando como uma legião de lobos, através da cidade de catedrais e túmulos de cristal na planície, fantasmas que a miragem povoam e animam, tudo isto: decepções, obscuridade, solidão, desespero e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o frio inverno da vida.

Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma dos lugares onde a natureza dorme por meses, à espera do sol avaro que não vem.

POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas: Unicamp, 2013.


Reconhecido pela linguagem impressionista, Raul Pompeia desenvolveu-a na prosa poética, em que se observa a

imprecisão no sentido dos vocábulos.

dramaticidade como elemento expressivo.

subjetividade em oposição à verossimilhança.

valorização da imagem com efeito persuasivo.

plasticidade verbal vinculada à cadência melódica.

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Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano de acordo com seus deuses. Os romanos adaptaram essa estrutura. No princípio dessa civilização o ano tinha dez meses e começava por Martius (atual março). Os outros dois teriam sido acrescentados por Numa Pompílio, o segundo rei de Roma.

Até Júlio César reformar o calendário local, os meses eram lunares, mas as festas em homenagem aos deuses permaneciam designadas pelas estações. O descompasso de dez dias por ano fazia com que, em todos os triênios, um décimo terceiro mês, o Intercalaris, tivesse que ser enxertado. Com a ajuda de matemáticos do Egito emprestados por Cleópatra, Júlio César acabou com a bagunça ao estabelecer o seguinte calendário solar: Januarius, Februarius, Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September, October, November e December. Quase igual ao nosso, com as diferenças de que Quinctilis e Sextilis deram origem aos meses de julho e agosto.

Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br. Acesso em: 8 dez. 2018.


Considerando as informações no texto e aspectos históricos da formação da língua, a atual escrita dos meses do ano em português

reflete a origem latina de nossa língua.

decorre de uma língua falada no Egito antigo.

tem como base um calendário criado por Cleópatra.

segue a reformulação da norma da língua proposta por Júlio César.

resulta da padronização do calendário antes da fundação de Roma.

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No Brasil, a disseminação de uma expectativa de corpo com base na estética da magreza é bastante grande e apresenta uma enorme repercussão, especialmente, se considerada do ponto de vista da realização pessoal. Em pesquisa feita na cidade de São Paulo, aparecem os percentuais de 90% entre as mulheres pesquisadas que se dizem preocupadas com seu peso corporal, sendo que 95% se sentem insatisfeitas com “seu próprio corpo”.

SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados; Florianópolis: UFSC, 2001.


A preocupação excessiva com o “peso” corporal pode provocar o desenvolvimento de distúrbios associados diretamente à imagem do corpo, tais como

anorexia e bulimia.

ortorexia e vigorexia.

ansiedade e depressão.

sobrepeso e fobia social.

sedentarismo e obesidade.

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Utilizando chocolate derretido como matéria-prima, essa obra de Vick Muniz reproduz a célebre fotografia do processo de criação de Jackson Pollock. A originalidade dessa releitura reside na

apropriação parodística das técnicas e materiais utilizados.

reflexão acerca dos sistemas de circulação da arte.

simplificação dos traços da composição pictórica.

contraposição de linguagens artísticas distintas.

crítica ao advento do abstracionismo.

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Emagrecer sem exercício?

Hormônio aumenta a esperança de

perder gordura sem sair do sofá.


A solução viria em cápsulas. O sonho dos sedentários ganhou novo aliado. Um estudo publicado na revista científica Nature, em janeiro, sugere que é possível modificar a gordura corporal sem fazer exercício. Pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute e da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, isolaram em laboratório a irisina, hormônio naturalmente produzido pelas células musculares durante os exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou pedalada. A substância foi aplicada em ratos e agiu como se eles tivessem se exercitado, inclusive com efeito protetor contra o diabetes.

O segredo foi a conversão de gordura branca — aquela que estoca energia inerte e estraga nossa silhueta — em marrom. Mais comum em bebês, e praticamente inexistente em adultos, esse tipo de gordura serve para nos aquecer. E, nesse processo, gasta uma energia tremenda. Como efeito colateral, afinaria nossa silhueta.

A expectativa é que, se o hormônio funcionar da mesma forma em humanos, surja em breve um novo medicamento para emagrecer. Mas ele estaria longe de substituir por completo os benefícios da atividade física. “Possivelmente existem muitos outros hormônios musculares liberados durante o exercício e ainda não descobertos”, diz o fisiologista Paul Coen, professor assistente da Universidade de Pittsburgh, nos EUA. A irisina não fortalece os músculos, por exemplo. E para ficar com aquele tríceps de fazer inveja só o levantamento de controle remoto não daria conta.

LIMA, F. Galileu. São Paulo, n. 248, mar. 2012.


Para convencer o leitor de que o exercício físico é importante, o autor usa a estratégia de divulgar que

a falta de exercício físico não emagrece e desenvolve doenças.

se trata de uma forma de transformar a gordura branca em marrom e de emagrecer.

a irisina é um hormônio que apenas é produzido com o exercício físico.

o exercício é uma forma de afinar a silhueta por eliminar a gordura branca.

se produzem outros hormônios e há outros benefícios com o exercício.

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TEXTO I

Estratos

Na passagem de uma língua para outra, algo sempre permanece, mesmo que não haja ninguém para se lembrar desse algo. Pois um idioma retém em si mais memórias que os seus falantes e, como uma chapa mineral marcada por camadas de uma história mais antiga do que aquela dos seres viventes, inevitavelmente carrega em si a impressão das eras pelas quais passou. Se as “línguas são arquivos da história”, elas carecem de livros de registro e catálogos. Aquilo que contêm pode apenas ser consultado em parte, fornecendo ao pesquisador menos os elementos de uma biografia do que um estudo geológico de uma sedimentação realizada em um período sem começo ou sem fim definido.

HELLER-ROAZEN, D. Ecolalias: sobre o esquecimento das línguas. Campinas: Unicamp, 2010.


TEXTO II

Na reflexão gramatical dos séculos XVI e XVII, a influência árabe aparece pontualmente, e se reveste sobretudo de item bélico fundamental na atribuição de rudeza aos idiomas português e castelhano por seus respectivos detratores. Parecer com o árabe, assim, é uma acusação de dessemelhança com o latim.

SOUZA, M. P. Linguística histórica. Campinas: Unicamp, 2006.


Relacionando-se as ideias dos textos a respeito da história e memória das línguas, quanto à formação da língua portuguesa, constata-se que

a presença de elementos de outras línguas no português foi historicamente avaliada como um índice de riqueza.
o estudioso da língua pode identificar com precisão os elementos deixados por outras línguas na transformação da língua portuguesa.
o português é o resultado da influência de outras línguas no passado e carrega marcas delas em suas múltiplas camadas.

o árabe e o latim estão na formação escolar e na memória dos falantes brasileiros.

a influência de outras línguas no português ocorreu de maneira uniforme ao longo da história.
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JANSON, H. W. Iniciação à história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1988.


Na obra Cabeça de touro, o material descartado torna-se objeto de arte por meio da

reciclagem da matéria-prima original.

complexidade da combinação de formas abstratas.

perenidade dos elementos que constituem a escultura.

mudança da funcionalidade pela integração dos objetos.

fragmentação da imagem no uso de elementos diversificados.

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TEXTO I

O Estatuto do Idoso completou 15 anos em 2018 e só no primeiro semestre o Disque 100 recebeu 16 mil denúncias de violação de direitos dos idosos em todo o País.

Para especialistas da área, o aumento no número de denúncias pode ser consequência do encorajamento dos mais velhos na busca pelos direitos. Mas também pode refletir uma onda crescente de violência na sociedade e dentro das próprias famílias.

Políticas públicas mais eficazes no atendimento ao idoso são o mínimo que um país deve estabelecer. O Brasil está ficando para trás e é preciso levar em consideração que o País envelhece (tendência mundial) sem estar preparado para arcar com os desafios, como criar uma rede de proteção, preparar os serviços de saúde pública e dar suporte às famílias que precisam cuidar de seus idosos dependentes.

Disponível em: www.folhadelondrina.com.br. Acesso em: 9 dez. 2018 (adaptado).


TEXTO II



Na comparação entre os textos, conclui-se que as regras do Estatuto do Idoso

apresentam vantagens em relação às de outros países.

são ignoradas pelas famílias responsáveis por idosos.

alteram a qualidade de vida das pessoas com mais de 60 anos.

precisam ser revistas em razão do envelhecimento da população.

contrastam com as condições de vida proporcionadas pelo País.

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Educação para a saúde mediante programas de educação física escolar


A educação para a saúde deverá ser alcançada mediante interação de ações que possam envolver o próprio homem mediante suas atitudes frente às exigências ambientais representadas pelos hábitos alimentares, estado de estresse, opções de lazer, atividade física, agressões climáticas etc. Dessa forma, parece evidente que o estado de ser saudável não é algo estático. Pelo contrário, torna-se necessário adquiri-lo e construí-lo de forma individualizada constantemente ao longo de toda a vida, apontando para o fato de que saúde é educável e, portanto, deve ser tratada não apenas com base em referenciais de natureza biológica e higienista, mas sobretudo em um contexto didático-pedagógico.

GUEDES, D. P. Motriz, n. 1, 1999.


A educação para a saúde pressupõe a adoção de comportamentos com base na interação de fatores relacionados à

adesão a programas de lazer.

opção por dietas balanceadas.

constituição de hábitos saudáveis.

evasão de ambientes estressores.

realização de atividades físicas regulares.

ENEM 2019 : Língua Portuguesa - Questões de Provas Anteriores do ENEM

Os subúrbios do Rio de Janeiro foram a primeira coisa a aparecer no mundo, antes mesmo dos vulcões e dos cachalotes, antes de Portugal invadir, antes do Getúlio Vargas mandar construir casas populares. O bairro do Queím, onde nasci e cresci, é um deles. Aconchegado entre o Engenho Novo e Andaraí, foi feito daquela argila primordial, que se aglutinou em diversos formatos: cães soltos, moscas e morros, uma estação de trem, amendoeiras e barracos e sobrados, botecos e arsenais de guerra, armarinhos e bancas de jogo do bicho e um terreno enorme reservado para o cemitério. Mas tudo ainda estava vazio: faltava gente.

Não demorou. As ruas juntaram tanta poeira que o homem não teve escolha a não ser passar a existir, para varrê-las. À tardinha, sentar na varanda das casas e reclamar da pobreza, falar mal dos outros e olhar para as calçadas encardidas de sol, os ônibus da volta do trabalho sujando tudo de novo.

HERINGER, V. O amor dos homens avulsos. São Paulo: Cia. das Letras, 2016.


Traçando a gênese simbólica de sua cidade, o narrador imprime ao texto um sentido estético fundamentado na

excentricidade dos bairros cariocas de sua infância.

perspectiva caricata da paisagem de traços deteriorados.

importância dos fatos relacionados à história dos subúrbios.

diversidade dos tipos humanos identificados por seus hábitos.

experiência do cotidiano marcado pelas necessidades e urgências.