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ENEMExercícios para o ENEM

Exercícios para o ENEM (151)

Foram encontradas 6013 questões

ENEM 2012 : Língua Portuguesa - Questões de Provas Anteriores do ENEM

A escolha de uma forma teatral implica a escolha de um tipo de teatralidade, de um estatuto de ficção com relação à realidade. A teatralidade dispõe de meios específicos para transmitir uma cultura-fonte a um público-alvo; é sob esta única condição que temos o direito de falar em interculturalidade teatral.

PAVIS, P. O teatro no cruzam ento de culturas. São Paulo: Perspectiva, 2008.


A partir do texto, o meio especificamente cênico utilizado para transmitir uma cultura estrangeira implica

buscar nos gestos, compreender e explicitar conceitos ou comportamentos.

procurar na filosofia a tradução verdadeira daquela cultura.

apresentar o videodocumentário sobre a culturafonte durante o espetáculo.

eliminar a distância temporal ou espacial entre o espetáculo e a cultura-fonte.

empregar um elenco constituído de atores provenientes da cultura-fonte.

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Rompendo com as paredes retas e com a geometrização clássica acadêmica, os arquitetos modernistas desenvolveram seus projetos graças também a um momento de industrialização e modernização do Brasil. Observando a imagem apresentada, analisa-se que

Niemeyer projetou os edifícios de Brasília com a intenção de impor a arquitetura sobre a natureza, seguindo os princípios da arquitetura moderna.
o Palácio da Alvorada, em Brasília, na posição horizontal permite fazer uma integração do edifício com a paisagem do cerrado e o horizonte, um conceito de vanguarda para a arquitetura da época.
Niemeyer projetou o Palácio da Alvorada com colunas de linhas quebradas e rígidas, com o propósito de unir as tendências recentes da arquitetura moderna, criando um novo estilo.
os prédios de Brasília são elevados e sustentados por colunas, deixando um espaço livre sob o edifício, com o objetivo de separar o ambiente externo do interno, trazendo mais harmonia à obra.
Niemeyer projetou os edifícios de Brasília com espaços amplos, colunas curvas, janelas largas e grades de proteção, separando os jardins e praças da área útil do prédio.
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Conflitos de interação ajudam a promover o efeito de humor. No cartum, o recurso empregado para promover esse efeito é a

intertextualidade, sugerida pelos traços identificadores do homem urbano e do homem rural.
ambiguidade, produzida pela interpretação da fala do locutor a partir da variedade do interlocutor.
conotação, atribuidora de sentidos figurados a palavras relativas às ações e aos seres.
negação enfática, elaborada para reforçar o lamento do interlocutor pela perda da estrada.
pergunta retórica, usada pelo motorista para estabelecer interação com o homem do campo.
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Sambinha


Vêm duas costureirinhas pela rua das Palmeiras.

Afobadas braços dados depressinha

Bonitas, Senhor! que até dão vontade pros homens da rua.

As costureirinhas vão explorando perigos...

Vestido é de seda.

Roupa-branca é de morim.

Falando conversas fiadas

As duas costureirinhas passam por mim.

— Você vai?

— Não vou não!

Parece que a rua parou pra escutá-las.

Nem trilhos sapecas

Jogam mais bondes um pro outro.

E o Sol da tardinha de abril

Espia entre as pálpebras sapiroquentas de duas nuvens.

As nuvens são vermelhas.

A tardinha cor-de-rosa.

Fiquei querendo bem aquelas duas costureirinhas...

Fizeram-me peito batendo

Tão bonitas, tão modernas, tão brasileiras!

Isto é...

Uma era ítalo-brasileira.

Outra era áfrico-brasileira.

Uma era branca.

Outra era preta.

ANDRADE, M. Os melhores poemas. Sao Paulo: Global, 1988.


Os poetas do Modernismo, sobretudo em sua primeira fase, procuraram incorporar a oralidade ao fazer poético, como parte de seu projeto de configuração de uma identidade linguística e nacional. No poema de Mário de Andrade esse projeto revela-se, pois

o poema capta uma cena do cotidiano — o caminhar de duas costureirinhas pela rua das Palmeiras — mas o andamento dos versos é truncado, o que faz com que o evento perca a naturalidade.
a sensibilidade do eu poético parece captar o movimento dançante das costureirinhas — depressinha — que, em última instância, representam um Brasil de "todas as cores".
o excesso de liberdade usado pelo poeta ao desrespeitar regras gramaticais, como as de pontuação, prejudica a compreensão do poema.
a sensibilidade do artista não escapa do viés machista que marcava a sociedade do início do século XX, machismo expresso em "que até dão vontade pros homens da rua".
o eu poético usa de ironia ao dizer da emoção de ver moças "tão modernas, tão brasileiras", pois faz questão de afirmar as origens africana e italiana das mesmas.
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Notícias do além


Aquele que morrer primeiro e for para o céu deverá voltar à Terra para contar ao outro como é a vida lá no paraíso. Assim ficou combinado entre Francisco e Sebastião, amigos inseparáveis e apaixonados pelo futebol. Francisco teve morte súbita e, passado algum tempo, no meio da noite, sua alma apareceu ao colega:

— Nossa Senhora, Chico! Você veio mesmo!

— Estou aqui, Tião, para cumprir a minha promessa, trazendo-lhe duas notícias.

— Então me fala.

— O céu é uma maravilha, um colosso, uma beleza. Tem futebol todo dia.

— E a outra?

— A outra é que você está escalado para jogar no meu time amanhã cedo.

DIAS, M. V. R. Humor na Marolândia. In: ILARI, R. Introdução à semântica: brincando com a gramática. São Paulo: Contexto, 2001.


Esse texto pode ser analisado sob dois pontos de vista que incluem situações diferentes de interlocução: a primeira, considerando seu produtor e seus potenciais leitores; e a segunda, considerando os interlocutores Francisco e Sebastião. Para cada uma dessas situações o produtor do texto tem um objetivo específico que se determina, não só pela situação, mas também pelo gênero textual.

Os verbos que sintetizam os objetivos do produtor nas duas situações propostas são, respectivamente,

entreter e seduzir.

divertir e informar.

distrair e comover.

recrear e assustar.

alegrar e intimidar.

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O que a internet esconde de você


Para cada site que você pode visitar, existem pelo menos 400 outros que não consegue acessar. Eles existem, estão lá, mas são invisíveis. Estão presos num buraco negro digital maior do que a própria internet. A cada vez que você interage com um amigo nas redes sociais, vários outros são ignorados e têm as mensagens enterradas num enorme cemitério on-line. E, quando você faz uma pesquisa no Google, não recebe os resultados de fato — e sim uma versão maquiada, previamente modificada de acordo com critérios secretos. Sim, tudo isso é verdade — e não é nenhuma grande conspiração. Acontece todos os dias sem que você perceba. Pegue seu chapéu de Indiana Jones e vamos explorar a web perdida.

GRAVATÁ, A. Superinteressante, nov. 2011 (fragmento).


Os gêneros do discurso jornalístico, geralmente a manchete, a notícia e a reportagem, exigem um repórter que não diz “eu”, nem mesmo que se refira ao leitor do texto explicitamente. No trecho lido, ao contrário, é recorrente o emprego de "você", o qual

remete a um sujeito "eu" que se prende ao próprio dizer, fortalecendo a subjetividade.

explicita uma construção metalinguística que se volta para o próprio dizer.

deixa claro o leitor esperado para o texto, aquele que visita redes sociais e sites de busca no dia a dia.
estabelece conexão entre o fatual e o opinativo, o que descaracteriza o texto como reportagem.
revela a intenção de tornar a leitura mais fácil, a partir de um texto em que se emprega vocabulário simples.
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Pode chegar de mansinho, como é costume por ali, e observar sem pressa cada detalhe da estação ferroviária de Mariana. Repare na arquitetura recém-revitalizada do casarão, e como os detalhes em madeira branca, as delicadas arandelas de luzes amarelas e os elementos barrocos da torre já começam a dar o gostinho da viagem aguardada. Vindo lá de longe, o apito estridente anuncia que logo, logo o cenário estará completo para a partida. E não tarda para o trem de fato surgir. Pequenino a princípio, mas de repente, em toda aquela imensidão que desliza pelos trilhos. Arrancando sorrisos e deixando boquiaberto até o mais desconfiado dos mineiros.

TIUSSU, B. Raízes m ineiras. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 15 nov. 2011 (fragmento).


A leitura do trecho mostra que textos jornalísticos produzidos em determinados gêneros mobilizam recursos linguísticos com o objetivo de conduzir seu público-alvo a aceitar suas ideias. Para envolver o leitor no retrato que faz da cidade, a autora

inicia o texto com a informação mais importante a ser conhecida, a estação de trem de Mariana.
descreve de forma parcial e objetiva a estação de trem da cidade, seus detalhes e características.
apresenta com cuidado e precisão os recursos da cidade, sua infraestrutura e singularidade.
faz uma crítica indireta à desconfiança dos mineiros, mostrando conhecimento do tema.
dirige-se a ele por meio de verbos e expressões verbais, convidando-o a partilhar das belezas do local.
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Era uma vez


Um rei leão que não era rei.

Um pato que não fazia quá-quá.

Um cão que não latia.

Um peixe que não nadava.

Um pássaro que não voava.

Um tigre que não comia.

Um gato que não miava.

Um homem que não pensava...

E, enfim, era uma natureza sem nada.

Acabada. Depredada.

Pelo homem que não pensava.

Laura Araújo Cunha

CUNHA, L. A. In: KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2011.


São as relações entre os elementos e as partes do texto que promovem o desenvolvimento das ideias. No poema, a estratégia linguística que contribui para esse desenvolvimento, estabelecendo a continuidade do texto, é a

escolha de palavras de diferentes campos semânticos.

negação contundente das ações praticadas pelo homem.

intertextualidade com o gênero textual fábula infantil.

repetição de estrutura sintática com novas informações.

utilização de ponto final entre termos de uma mesma oração.

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TEXTO I


A canção do africano

Lá na úmida senzala,

Sentado na estreita sala,

Junto ao braseiro, no chão,

entoa o escravo o seu canto,

E ao cantar correm-lhe em pranto

Saudades do seu torrão...

De um lado, uma negra escrava

Os olhos no filho crava,

Que tem no colo a embalar...

E à meia-voz lá responde

Ao canto, e o filhinho esconde,

Talvez p'ra não o escutar!

"Minha terra é lá bem longe,

Das bandas de onde o sol vem;

Esta terra é mais bonita,

Mas à outra eu quero bem."

ALVES, C. Poesias com pletas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995 (fragmento).


TEXTO II


No caso da Literatura Brasileira, se é verdade que prevalecem as reformas radicais, elas têm acontecido mais no âmbito de movimentos literários do que de gerações literárias. A poesia de Castro Alves em relação à de Gonçalves Dias não é a de negação radical, mas de superação, dentro do mesmo espírito romântico.

MELO NETO, J. C. Obra com pleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003 (fragmento)


O fragmento do poema de Castro Alves exemplifica a afirmação de João Cabral de Melo Neto porque

exalta o nacionalismo, embora lhe imprima um fundo ideológico retórico.

canta a paisagem local, no entanto, defende ideais do liberalismo.

mantém o canto saudosista da terra pátria, mas renova o tema amoroso.

explora a subjetividade do eu lírico, ainda que tematize a injustiça social.

inova na abordagem de aspecto social, mas mantém a visão lírica da terra pátria.

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Uma tuiteratura?


As novidades sobre o Twitter já não cabem em 140 toques. Informações vindas dos EUA dão conta de que a marca de 100 milhões de adeptos acaba de ser alcançada e que a biblioteca do Congresso, um dos principais templos da palavra impressa, vai guardar em seu arquivo todos os tweets, ou seja, as mensagens do microblog. No Brasil o fenômeno não chega a tanto, mas já somos o segundo país com o maior número de tuiteiros. Também aqui o Twitter está sendo aceito em territórios antes exclusivos do papel. A própria Academia Brasileira de Letras abriu um concurso de microcontos para textos com apenas 140 caracteres. Também se fala das possibilidades literárias desse meio que se caracteriza pela concisão. Já há até um neologismo, "tuiteratura", para indicar os “enunciados telegráficos com criações originais, citações ou resumos de obras impressas". Por ora, pergunto como se estivesse tuitando: querer fazer literatura com palavras de menos não é pretensão demais?

VENTURA, Z. O Globo, 17 abr. 2010 (adaptado).


As novas tecnologias estão presentes na sociedade moderna, transformando a comunicação por meio de inovadoras linguagens. O texto de Zuenir Ventura mostra que o Twitter tem sido acessado por um número cada vez maior de internautas e já se insere até na literatura. Neste contexto de inovações linguísticas, a linguagem do Twitter apresenta como característica relevante

a concisão relativa ao texto ao adotar como regra o uso de uma quantidade predefinida de toques.
a frequência de neologismos criados com a finalidade de tornar a mensagem mais popular.
o uso de expressões exclusivas da nova forma literária para substituir palavras usuais do português.
o emprego de palavras pouco usuais no dia a dia para reafirmar a originalidade e o espírito crítico dos usuários desse tipo de rede social.
o uso de palavras e expressões próprias da mídia eletrônica para restringir a participação de usuários.