Exercícios para o ENEM (323)
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E.C.T. Tava com um cara que carimba postais E por descuido abriu uma...
E.C.T.
Tava com um cara que carimba postais
E por descuido abriu uma carta que voltou
Tomou um susto que lhe abriu a boca
Esse recado veio pra mim, não pro senhor
Recebo craque colante, dinheiro parco embrulhado
Em papel carbono e barbante e até cabelo cortado
Retrato de 3X4
Pra batizado distante
Mas, isso aqui, meu senhor, é uma carta de amor
[...]
Mas esse cara tem a língua solta
A minha carta ele musicou
[...]
Ouvi no rádio a minha carta de amor
CARLINHOS BROWN; MARISA MONTE; NANDO REIS. Cássia Eller.
Rio de Janeiro: Polygram, 1994 (fragmento).
Considerando-se as características do gênero carta
de amor, o conflito gerador do fato relatado na letra da canção deve-se à
adequação dos interlocutores à situação de comunicação na carta e na letra da canção.
apropriação das formas de expressão da carta pela letra da canção.
manutenção do propósito comunicativo da carta na letra da canção.
alteração da esfera de circulação específica do gênero carta.
transposição da temática do amor para a linguagem musical.
No infográfico, a interferência antrópica nos elementos da natureza...

No infográfico, a interferência antrópica nos elementos da natureza é marcada pela
elevação da temperatura na área industrial.
alteração na modelagem do terreno florestal.
concentração de ar poluído em aterro sanitário.
impermeabilização do solo em local pouco povoado.
preservação da vegetação intocada no espaço arborizado.
A invenção de Hugo Cabret O livro conta a jornada de Hugo Cabret, um...
A invenção de Hugo Cabret
O livro conta a jornada de Hugo Cabret, um menino órfão que mora em uma estação de trem parisiense, nos anos 1930. Seu trabalho é a manutenção do relógio da estação, porém a tarefa que lhe tem uma importância maior é completar a construção de um autômato — espécie de robô — deixado a ele pelo pai. Junto de sua mais nova amiga, Isabelle, sobrinha do amargo mercador de brinquedos, Hugo embarca em uma enorme aventura em busca de respostas para suas inúmeras perguntas.
O que chama atenção antes mesmo do início da leitura é o visual do livro. Muito bonito, colorido e simbólico. Brian, além de escrever, ilustrou toda a sua obra. E são essas mesmas ilustrações que constroem o grande clímax ao redor da leitura. O autor simula a experiência do cinema em suas páginas, colocando, por exemplo, páginas pretas no início, representando a escuridão das salas de cinema. Os desenhos, que estão presentes na maioria das páginas, não são apenas ilustrações. São parte complementar da história, pois substituem as palavras em vários trechos.
Leitura rápida, experimental e muito interessante — ainda mais se você é amante da história do cinema.
Disponível em: www.cantodosclassicos.com. Acesso em: 1 dez. 2017 (adaptado).
Nesse texto, os elementos constitutivos do gênero são
utilizados para atender à função social de
explicar para o leitor os acontecimentos da narrativa.
informar o leitor sobre o conteúdo do livro de modo impessoal.
convencer o leitor sobre a tese defendida ao longo da descrição da obra.
oferecer ao leitor uma avaliação do livro por meio de uma síntese crítica.
divulgar para o leitor a obra cuja temática interessa a um grande público.
O Bom-Crioulo Com efeito, Bom-Crioulo não era somente um homem...
O Bom-Crioulo
Com efeito, Bom-Crioulo não era somente um homem robusto, uma dessas organizações privilegiadas que trazem no corpo a sobranceira resistência do bronze e que esmagam com o peso dos músculos. […] A chibata não lhe fazia mossa; tinha costas de ferro para resistir como um hércules ao pulso do guardião Agostinho. Já nem se lembrava do número das vezes que apanhara de chibata…
[…]
Entretanto, já iam cinquenta chibatadas! Ninguém lhe ouvira um gemido, nem percebera uma contorção, um gesto qualquer de dor. Viam-se unicamente naquele costão negro as marcas do junco, umas sobre as outras, entrecruzando-se como uma grande teia de aranha, roxas e latejantes, cortando a pele em todos os sentidos.
[…]
Marinheiros e oficiais, num silêncio concentrado, alongavam o olhar, cheios de interesse, a cada golpe.
— Cento e cinquenta!
Só então houve quem visse um ponto vermelho, uma gota rubra deslizar no espinhaço negro do marinheiro e logo este ponto vermelho se transformar numa fita de sangue.
CAMINHA, A. O Bom-Crioulo. São Paulo: Martin Claret, 2006.
A prosa naturalista incorpora concepções geradas pelo
cientificismo e pelo determinismo. No fragmento, a cena
de tortura a Bom-Crioulo reproduz essas concepções,
expressas pela
exaltação da resistência inata para legitimar a exploração de uma etnia.
defesa do estoicismo individual como forma de superação das adversidades.
concepção do ser humano como uma espécie predadora e afeita à morbidez.
observação detalhada do corpo para a identificação de características de raça.
apologia à superioridade dos organismos saudáveis para a sobrevivência da espécie.
TEXTO I O uso do Cerrado pelas populações indígenas estava ligado a...
TEXTO I
O uso do Cerrado pelas populações indígenas estava ligado a um caráter conservacionista e sagrado. A caça e a pesca eram realizadas apenas para a subsistência. A coleta recolhia apenas o que o Cerrado oferecia. A agricultura com a produção de milho e tubérculos abria apenas alguns clarões nas áreas de florestas decíduas. O Cerrado era o fundamento central da existência dessas tribos. Isso significa a sacralização dos elementos deste bioma pelos grupos indígenas.
SILVA, E. B. D.; BORGES, J. A. Dos usos e reocupações do Cerrado goiano:
agroecologia como alternativa. XI EREGEO, Jataí-GO, 2009 (adaptado).
TEXTO II
O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades.
COMISSÃO das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro comum [Relatório Brundtland]. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1988.
Qual característica presente no Texto II amplia a
concepção de conservação ambiental apresentada no
Texto I?
Mercantilização da natureza.
Valorização cultural da paisagem.
Organização da produção familiar.
Manutenção da cobertura vegetal.
Preocupação com os descendentes.
O processo formativo do Estado desenrolou-se segundo a dinâmica de...
O processo formativo do Estado desenrolou-se segundo a dinâmica de dois movimentos contraditórios e simultâneos: fragmentação e centralização. De um lado, fragmentação na medida em que os príncipes europeus tiveram de lutar contra o poder universalista do papa; e centralizador na medida em que os príncipes tiveram que lutar contra o poder político e militar de outros chefes políticos rivais. Desse processo resultaram as características fundamentais do Estado moderno: exército e burocracia civil permanentes, padronização tributária, direito codificado e mercado unificado.
GONÇALVES, W. Relações internacionais. Rio de Janeiro: Zahar, 2008 (adaptado).
A institucionalização política mencionada teve como uma de suas causas o êxito de alguns príncipes em
monopolizar o uso legítimo da força.
reforçar a hegemonia social do clero.
restringir a influência cultural da nobreza.
respeitar a diversidade das vivências locais.
conter a autoridade das lideranças carismáticas.
Amor na escola Duas da madrugada. O casal que discute no andar de...
Amor na escola
Duas da madrugada. O casal que discute no andar de baixo está tentando aprender. Eles pensavam que era só vestir branco, caprichar na decoração e fazer os convites chegarem a tempo. Mas não. Na escola, até logaritmo nos foi ensinado. Decoramos a tabela periódica. Nos empurraram química orgânica. Mas nada nos foi dito sobre o amor.
GUERRA, C. Disponível em: http://vejabh.abril.com.br. Acesso em: 19 nov. 2014.
Qual é o recurso que identifica esse texto como uma crônica?
A referência a um fato do cotidiano na vida de um casal.
A marcação do tempo em “Duas da madrugada”.
A descrição do espaço em “andar de baixo”.
A enumeração de conteúdos escolares.
A utilização dupla da conjunção “mas”.
Piquititim Se eu fosse um passarim Destes bem avoadô Destes bem...
Piquititim
Se eu fosse um passarim
Destes bem avoadô
Destes bem piquititim
Assim que nem beija-flor
Avoava do gaim e assentava sem assombro
Nas grimpinha do seu ombro
Mode beijá seus beicim
E se ocê deixasse as veiz
Com um fio do seu cabelim
No prazo de quaiz um mês
Eu fazia nosso nin
Aí sei que dessa veiz
Em poquim tempo dispoiz
Nóis largava de ser dois
Pra ser quatro, cinco ou seis
CARNEIRO, H.; MORAIS, J. E. Disponível em: www.palcomp3.com.br.
Acesso em: 3 jul. 2019.
A estratégia linguística predominante na configuração
regionalda linguagem representada na letra de canção é o(a)
ausência da marca de concordância nominal.
redução da sílaba final de determinadas palavras.
empregode vocabuláriocaracterísticodafaunabrasileira.
uso da regra variável de concordância verbal.
supressão do R na sílaba final dos vocábulos.
A agropecuária é uma das atividades humanas que causam maior impacto...
A agropecuária é uma das atividades humanas que causam maior impacto sobre o ambiente natural, alterando o equilíbrio ecológico e diminuindo a biodiversidade nos biomas. Dos seis biomas encontrados em território nacional, o que mais sofre pressão dessa atividade é o Pampa, que tem 71% da sua área ocupada com estabelecimentos agropecuários.
Disponível em: http://saladeimprensa.ibge.gov.br. Acesso em: 7 nov. 2014.
Um impacto ambiental que vem se processando no Sul do Brasil em função dos excessos praticados pela atividade econômica descrita é a
uniformização da cobertura vegetal.
arenização dos solos regionais.
alteração da incidência solar.
eutrofização dos cursos de água.
ampliação das queimadas controladas.
Tão bem há muito pau-brasil nestas Capitanias de que os mesmos...
Tão bem há muito pau-brasil nestas Capitanias de que os mesmos moradores alcançam grande proveito: o qual pau se mostra claro ser produzido da quentura do Sol, e criado com a influência de seus raios, porque não se acha se não debaixo da tórrida Zona, e assim quando mais perto está da linha Equinocial, tanto é mais fino e de melhor tinta; e esta é a causa porque o não há na Capitania de São Vicente nem daí para o Sul.
GÂNDAVO, P. M. Tratado da Terra do Brasil: História da Província
Santa Cruz. Belo Horizonte: Itatiaia, 1980 (adaptado).
O registro efetuado pelo cronista nesse texto harmoniza-se com a seguinte iniciativa do período inicial da
colonização portuguesa:
Introdução da lavoura monocultora para efetivar a ocupação do território americano.
Implantação de feitorias litorâneas para garantir a extração de recursos naturais.
Regulamentação do direito de posse para enfrentar os interesses espanhóis.
Substituição da escravidão indígena para apoiar a rede do comércio europeu.
Restrição da atividade missionária para sufocar a penetração protestante.