Lenda do boto-cor-de-rosa (com história para contar)

Márcia Fernandes
Márcia Fernandes
Professora licenciada em Letras

A Lenda do Boto cor-de-rosa, ou simplesmente a Lenda do Boto, é uma lenda de origem indígena que faz parte do folclore brasileiro. Ela surge na região amazônica, no Norte do País.

Segundo a lenda, o boto é um rapaz elegante que costuma aparecer nas comemorações dos santos populares (Santo Antônio, São João e São Pedro), as chamadas Festas Juninas.

Ele vai à festa vestido de branco e usando um chapéu, a fim de esconder o buraquinho que o boto tem no alto da cabeça para respirar.

Lá, ele conquista uma moça, que leva para o fundo do mar, a engravida e nunca mais volta a vê-la.

A lenda do Boto é utilizada muitas vezes para justificar uma gravidez fora do casamento, sendo costume dizer que “a criança é filho do boto” quando é filha de pai desconhecido.

o boto

Lenda do boto para contar

Um dia, um homem simpático se aproximou de um grupo de turistas que visitava o Amazonas. Um dos turistas usava roupa branca e um chapéu e, aproximando-se, o homem disse a ele que não devia vestir-se daquela forma para não ser confundido com o boto-cor-de-rosa.

Os turistas ficaram curiosos quando o homem falou sobre o boto e, percebendo a sua curiosidade, o homem contou que o boto tinha fama de conquistador e que nas noites de festa junina, o boto se transformava em um homem elegante, que usava chapéu para esconder o buraquinho que tinha na cabeça. Ele sempre conquistava uma moça e depois de engravidá-la, sumia e não voltava mais a vê-la.

Depois de contar a história, o homem despediu-se do grupo e o turista de chapéu decidiu mudar de roupa para não ser confundido com o boto.

Quando reparou que os turistas já estavam longe dele, tirando o seu chapéu, que escondia um buraquinho na cabeça, o homem disse "Agora, já posso tirar o chapéu.". Afinal, o homem simpático era o boto.

(Baseado em Boto Rosa, de Maurício de Sousa)

Curiosidades sobre a lenda do boto-cor-de-rosa

Uma maneira de confirmar se os homens presentes na festa não são o boto é retirando os seus chapéus a fim de atestarem as identidades.

Na cultura popular amazônica acredita-se que a pessoa que comer a carne de boto ficará louca e enfeitiçada.

Com direção de Walter Lima Jr., a Lenda do Boto inspirou o filme “Ele, o Boto” (1987).

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Márcia Fernandes
Márcia Fernandes
Professora, produz conteúdos educativos (de língua portuguesa e também relacionados a datas comemorativas) desde 2015. Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Santos (habilitação para Ensino Fundamental II e Ensino Médio) e formada no Curso de Magistério (habilitação para Educação Infantil e Ensino Fundamental I).