Acelere seus estudos para o ENEM: conheça o Toda Matéria+

Gêneros digitais: quais são e suas características

Márcia Fernandes
Márcia Fernandes
Professora de Língua Portuguesa e Literatura

Os gêneros digitais são tipos de texto que surgiram com o crescimento da internet e o avanço da tecnologia. Eles são criados e compartilhados principalmente em ambientes virtuais, como redes sociais, blogs, sites, plataformas de vídeo e aplicativos de mensagens.

Alguns exemplos de gêneros digitais são: e-mails, postagens em redes sociais, podcasts, videocasts, blogs, chats, memes e vlogs.

Por terem nascido no ambiente digital, esses gêneros apresentam características próprias, como a linguagem mais dinâmica, o uso de emojis e abreviações, a leitura não linear e a combinação de palavras, imagens, sons e vídeos. Eles fazem parte do nosso dia a dia e são essenciais para a comunicação nos tempos atuais.

O que são gêneros digitais

Gêneros digitais são os tipos de texto que surgem e circulam no ambiente virtual, como sites, redes sociais, aplicativos de mensagens e plataformas de vídeo. Esses textos podem combinar linguagem verbal, visual e sonora, tais como os e-mails e os podcasts.

Quais são os gêneros digitais

Conheça alguns dos gêneros digitais mais comuns e suas principais características

E-mail: semelhante à carta, é um meio de comunicação formal ou informal. Possui estrutura definida: remetente, destinatário, assunto, corpo do texto e assinatura. Pode incluir anexos e links.

Postagens em redes sociais: como Instagram, X (antigo Twitter) e Facebook. Misturam texto, imagem, vídeo e áudio. São geralmente curtas, diretas, com linguagem informal, e permitem a interação do público por meio de curtidas, comentários e compartilhamentos.

Podcast: conteúdo em formato de áudio. Pode ter estilo informativo, opinativo ou narrativo. É como um “programa de rádio”, disponível em plataformas de streaming.

Videocasts: versão em vídeo de um podcast. Combina linguagem verbal e visual, e pode incluir entrevistas, debates, bate-papos ou comentários sobre temas variados.

Blog: espaço digital de escrita pessoal ou temática. Pode ser usado para compartilhar experiências, opiniões, tutoriais ou informações. Possui uma linguagem mais próxima da conversa, como nas crônicas.

Vlog: abreviação de “video blog”. Funciona como um diário em vídeo. Muito usado em plataformas como YouTube, geralmente tem tom pessoal e descontraído.

Chat: conversa em tempo real, com mensagens curtas e rápidas. Usado em aplicativos como WhatsApp, Telegram ou chats de sites. Costuma ter linguagem informal, com emojis, gírias e abreviações.

Memes: imagens, vídeos ou textos curtos que transmitem uma ideia com humor, ironia ou crítica. São compartilháveis e representam um gênero espontâneo da cultura digital.

Currículo web: versão digital do currículo tradicional. Pode ser exibido em sites como LinkedIn ou em blogs pessoais. Possui campos de formação, experiência profissional, habilidades e links para portfólios ou redes sociais.

GIF: animações curtas, sem som, usadas para expressar reações ou emoções. Muito utilizadas em chats e redes sociais.

Fanfic: histórias criadas por fãs a partir de personagens ou universos já existentes (como filmes, séries ou livros). São publicadas em sites específicos e possuem linguagem variada, conforme o público.

Charge digital: charge feita e compartilhada em formato digital. Combina imagens e textos para criticar ou refletir sobre temas sociais, políticos ou culturais.

Vídeos-minuto: vídeos curtos (de até 1 minuto), com linguagem rápida e impactante. Muito usados em redes sociais como o Instagram.

E-zine: revista digital independente. Pode trazer reportagens, artigos, entrevistas e ilustrações, e é divulgada em sites ou PDF.

Vidding: vídeos feitos por fãs, editando cenas de filmes, séries ou clipes, geralmente com trilhas sonoras diferentes, para reinterpretar o conteúdo original.

Detonado: tutorial que mostra como passar de fases ou resolver desafios em jogos eletrônicos.

Machinima: vídeos criados com imagens geradas dentro de jogos, com roteiro, personagens e narrativa própria.

Trailer honesto: vídeos criativos que parodiam trailers oficiais, com humor e crítica sobre filmes ou séries.

Walkthrough: vídeos que mostram o passo a passo de um jogo, geralmente com narração explicativa.

Ciberpoema: poesia criada e apresentada em formato digital, podendo incluir sons, imagens, animações e interações com o leitor.

Como surgiram e quais as características dos gêneros digitais

Com o crescimento da internet, novos espaços de comunicação foram criados: sites, redes sociais, blogs, fóruns, plataformas de vídeo, aplicativos de mensagens, entre outros. Esses espaços exigiram novas formas de produzir e ler textos, misturando palavras, imagens, vídeos, emojis, áudios e links.

Assim, surgiram os gêneros digitais, textos que aparecem e circulam no ambiente virtual e que possuem características próprias, tais como:

  • integram diferentes linguagens: texto, som, imagem, vídeo e animação;
  • permitem interatividade, como curtidas, comentários, compartilhamentos e respostas;
  • usam hiperlinks, que levam a outras páginas e informações, permitindo uma leitura não linear, ou seja, o leitor escolhe o caminho da leitura;
  • usam abreviações, emojis e, por vezes, linguagem própria, o chamado de internetês.

Importância dos gêneros digitais

Os gêneros digitais fazem parte da vida moderna e estão presentes em diversas situações do cotidiano, por isso, sua presença não pode ser ignorada.

Nesse sentido, saber produzir e interpretar gêneros digitais desenvolve habilidades importantes de leitura, escrita e pensamento crítico, além de permitir a participação ativa na sociedade digital. Ao conhecer os gêneros digitais, as pessoas ampliam sua capacidade de se expressar nos diferentes meios e de se comunicar com clareza, criatividade e responsabilidade no mundo virtual.

Veja também: Gêneros textuais: o que são, tipos e exemplos

Referências Bibliográficas

ARAUJO, Elaine Vasquez Ferreira de. Internet, Hipertexto e Gêneros Digitais: Novas Possibilidades de Interação. Anais do XV CNLF, 2011.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018

Márcia Fernandes
Márcia Fernandes
Professora, produz conteúdos educativos desde 2015. Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Santos (habilitação para Ensino Fundamental II e Ensino Médio) e formada no Curso de Magistério (habilitação para Educação Infantil e Ensino Fundamental I).