Movimento Verde-Amarelo e a Escola da Anta

Márcia Fernandes
Márcia Fernandes
Professora licenciada em Letras

O Movimento Verde-Amarelo ou Movimento Verde-Amarelismo é um grupo que surgiu na primeira fase do Modernismo e foi constituído por Menotti del Picchia (1892-1988), Plínio Salgado (1895-1988), Guilherme de Almeida (1890-1969) e Cassiano Ricardo (1895-1974).

Resumo

Após a Semana da Arte Moderna, em 1922 - marco do Modernismo no Brasil - os artistas começaram a apresentar novas propostas de arte disseminadas através de publicações, especialmente os manifestos que marcaram a Primeira Fase do Modernismo: Pau-Brasil, Verde-Amarelo, Regionalista e Antropofagia.

Para saber mais leia também: Semana da Arte Moderna.

Crítico e sarcástico, Oswald de Andrade (1890-1954) frequentemente satirizava as suas raízes tanto sociais - burguesas - como acadêmicas. Ao mesmo tempo, pregava o nacionalismo numa linha primitivista, de valorização do nosso passado histórico, mas sempre temperado pela crítica.

Decorrente dessas suas características, em 1924 Oswald de Andrade escreve o Manifesto da Poesia Pau-Brasil - afrancesado - conforme foi apontado pelo Movimento Verde-Amarelo que despontava em São Paulo.

Assim, o surgimento do Movimento Verde-Amarelo decorre como forma de reação ao modelo nacionalista preconizado pelo escritor Oswald de Andrade. O Movimento Verde-Amarelo defendia o patriotismo em excesso e teve clara tendência nazifascista.

Em 1927 o Movimento Verde-Amarelo transformou-se na Escola da Anta, ou Grupo Anta e, em 1928 é a vez de Oswald de Andrade, em parceria com Tarsila do Amaral (1886-1973) e Raul Bopp (1898-1984), lançarem o movimento Antropofagia.

Veja também o artigo: Movimento Antropofágico.

Principais Características

Ufanismo é a característica que melhor define o movimento da Escola da Anta. Trata-se de uma exaltação do Brasil e, ao mesmo tempo, hostilidade às proveniências estrangeiras. A ideologia fascista - baseada no racismo - também estava presente nesse manifesto.

A Escola da Anta recebeu esse nome como representação da nacionalidade brasileira, dado o contexto mítico desse animal na cultura tupi - principal tribo indígena brasileira.

Márcia Fernandes
Márcia Fernandes
Professora, produz conteúdos educativos (de língua portuguesa e também relacionados a datas comemorativas) desde 2015. Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Santos (habilitação para Ensino Fundamental II e Ensino Médio) e formada no Curso de Magistério (habilitação para Educação Infantil e Ensino Fundamental I).