Quem foi Carlos Magno

Carlos Magno ou Carlos I, o Grande, foi um importante imperador e conquistador medieval da Dinastia Carolíngia. Grande defensor dos dogmas católicos, foi coroado Imperador do Sacro Império Romano Germânico, em 800, pelo Papa leão III, após tornar-se Rei dos Francos (768 a 814) e dos Lombardos (a partir de 774), constituindo assim, o grande Império Carolíngio, que recebeu esse nome em sua homenagem.

Suas ações foram muito importantes para reunificar diversas partes da Europa, as quais estavam fragmentadas desde a queda do Império Romano Ocidental, em 476 d.C.. Foi assim que o governante contribuiu com mudanças significativas no âmbito da cultura do medievo, do desenvolvimento da administração territorial e das estratégias focadas no expansionismo militar.

De tal modo, além de colaborar com a disseminação da religião católica, foi um grande incentivador das letras e das artes bem como um valorizador do ensino, o que o levou a realizar uma reforma educacional na Europa.

Assim, as escolas passaram a funcionar nas cortes, mosteiros e bispados as quais incluíam as disciplinas: gramática, retórica e dialética, aritmética, geometria, astronomia e música. Esse período de florescimento das artes e da cultura ficou conhecido como Renascimento Carolíngio.

Biografia: Resumo

Apesar de ser considerado uma das figuras mais importantes da Europa Medieval, pouco se sabe sobre sua vida. Neto de Carlos Martel, Duque da Austrásia, e o primogênito de Pepino III, o Breve, Carolus Magnus nasceu em 742 e faleceu em 814. Seguiu os passos de seus herdeiros e foi uma das figuras representativas mais importantes das políticas expansionistas realizadas na Europa.

Após a queda do Império Romano do Ocidente em meados do século V, a Europa estava fragmentada em diversos reinos, os quais competiam entre si o poder ao buscar a conquista e expansão dos territórios no continente.

Embora houvesse muitas contendas entre os reinos, a essencial característica foi a expansão da religião católica, que por sua vez, foi utilizada estrategicamente por Carlos Magno, para unir novamente a Europa, já que muitos reinos tinham em comum essas crenças.

O trabalho que vinha fazendo, já estava sendo realizado por seu pai Pepino III, que governou o Reino dos Francos de 751 a 768, e selou o poder do Reino com a Igreja Católica. Com sua morte, a herança foi dividida entre Carlos Magno e seu irmão Carlomano I (751-771).

Como estrategista e dominado pela vontade de conquista, com a morte de seu irmão, que governou a parte oriental do Reino dos Francos durante três anos (768-771), Carlos Magno resolveu unificar as terras desrespeitando assim a ordem de sucessão ao trono, a qual deveria ser de seu sobrinho. Esse fato lhe rendeu o título do mais importante Rei dos Francos, e para muitos, o único.

Assim, Magno governou o Reino dos Francos a partir de 768, sendo que o poder religioso que emanava de Roma, fora transferido para o norte da França, o que deixou muitos romanos descontentes, indicadas pelas diversas contendas que tiveram. Seu grande rival foi o italiano Desidério, Duque da Toscana e Rei dos Lombardos, que governou de 756 até o ano de 774, quando foi derrotado por Carlos Magno.

Foi um habilidoso guerreiro, político e estrategista, e por meio de suas campanhas militares, conquistou diversos territórios criando um vasto Império, o qual reunia parte da Europa Ocidental e Central, nos territórios dos países: França, Espanha e Itália. Participou de diversas batalhas, das quais se destacam: Guerra na Aquitânia, Guerra da Lombarda, Guerra da Saxônia e Guerra da Bavaria.

Foi assim que lutou bravamente contra o paganismo na Europa convertendo os em cristãos e estendendo cada vez mais seu domínio, o que gerou diversas batalhas de diferentes povos: mouros, bretões, eslavos, hunos, frísios, dentre outros. Com sua morte, o cargo foi ocupado por seu filho Luís, Rei da Aquitânia.

Leia ainda: Sacro Império Romano-Germânico.