Eclipse solar: o que são, como ocorrem e seus tipos

Rafael C. Asth
Rafael C. Asth
Professor de Matemática e Física

O eclipse solar é um fenômeno que acontece quando a Lua está localizada entre o planeta Terra e o Sol. Nessa posição, uma porção da Terra fica coberta por uma sombra projetada pela Lua, ao receber luz solar.

Para que o eclipse ocorra é necessário que uma série de condições geométricas ocorram, que incluem a posição relativa aos três astros, bem como o ângulo de inclinação das órbitas e as distâncias entre eles.

Devido á óptica geométrica dos raios de luz do Sol, uma região na superfície da Terra poderá ser atingida com uma sombra total, região chamada de Umbra. Se afastando da Umbra, uma área observará a Penumbra, onde o eclipse será observado parcialmente.

Se afastando da sombra da penumbra, o restante da metade da superfície da Terra continua iluminado pelo Sol. Nestas áreas, não é possível observar o eclipse.

Eclipse Solar
Esquema de eclipse solar. A Lua se posiciona entre o Sol e a Terra.

Tipos de Eclipse do Sol

Segundo a forma como é visível, o eclipse é classificado da seguinte forma:

Eclipse Total: ocorre quando o Sol fica totalmente encoberto pela Lua, bloqueando toda a luz solar. Um eclipse total do Sol demora cerca de 400 anos para se repetir num mesmo lugar do planeta Terra.

Eclipse Parcial: ocorre quando apenas uma parte do Sol fica encoberta pela Lua, bloqueando parcialmente a luminosidade do Sol.

Eclipse Anular ou Anelar: ocorre porque o diâmetro angular da Lua é menor que o diâmetro do Sol, de forma que o satélite (Lua) consegue cobrir apenas o centro do disco solar, formando um anel brilhante.

Eclipse Híbrido: nesse caso, dependendo do local em que é observado, o eclipse pode ser anelar ou total.

Tipos de eclipses do Sol.

Como ocorre e qual a duração?

O eclipse do Sol ocorre apenas nos momentos em que a Lua está na fase nova.

Ele não ocorre sempre, uma vez que as órbitas da Terra e da Lua diferem em relação às posições e formatos.

Isso porque a órbita do planeta Terra em torno do Sol não se encontra no mesmo plano que a órbita da Lua em torno da Terra.

É curioso notar que se não existisse uma inclinação entre os planos das órbitas, os eclipses seriam um fenômeno corriqueiro. Assim, ocorreria um eclipse lunar a cada lua cheia e um eclipse solar a cada lua nova.

O eclipse solar ocorrido em 15 de janeiro de 2010 (Eclipse Anular do Sol) foi considerado o eclipse mais longo do milênio. Ele teve a duração de 11 minutos e 7,8 segundos.

Como ver o eclipse?

Não é recomendado visualizar o fenômeno do eclipse a olho nu, pois as radiações que emanam do Sol podem queimar o tecido ocular.

Também não se deve usar óculos escuros, filmes velados, radiografias. Binóculos ou telescópios só poderão ser usados com o uso de filtros especiais para esse fim. O ideal é não exagerar na observação.

Os especialistas recomendam que a observação seja feita apenas por alguns segundos e com a utilização de óculos específicos. Os óculos usados para soldar podem ser uma opção segura, desde que sua tonalidade seja superior a 14.

Dos tipos de eclipses que existem, o mais nocivo para visualizar a olho nu é o eclipse solar parcial. Isso porque o brilho do Sol permanece praticamente igual.

Eclipse Solar e Eclipse Lunar

O eclipse solar ocorre quando a Lua está entre a Terra e o Sol. O eclipse lunar, ocorre quando a Terra está entre a Lua e o Sol, ou seja, no momento em que a Lua penetra na sombra da Terra.

Os eclipses solares ocorrem na fase da lua nova, já os lunares ocorrem na fase da lua cheia. Nesses momentos, o Sol encontra-se numa linha de encontro entre o plano da órbita lunar e a órbita solar denominada de “Linha dos Nodos”.

De modo geral, os eclipses ocorrem quatro vezes por ano (dois solares e dois lunares).

Leia sobre as fases da Lua.

Rafael C. Asth
Rafael C. Asth
Professor de Matemática licenciado, pós-graduado em Ensino da Matemática e da Física e Estatística. Atua como professor desde 2006 e cria conteúdos educacionais online desde 2021.