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ENEMExercícios para o ENEM

Exercícios para o ENEM (139)

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ENEM 2011 : Língua Portuguesa - Questões de Provas Anteriores do ENEM

Na sociedade moderna, a maioria das relações humanas é medida e mediada pelo dinheiro. O dinheiro que você tem define onde você mora, o que come, como se veste e se desloca, sua educação e sua saúde. Por isso, ricos e pobres, materialistas e desprendidos, avarentos e perdulários, portadores ou não de cartões de crédito, todos têm de saber lidar com o dinheiro, pois ele permeia todos os aspectos da vida.

Vida simples. Ed. 74, dez. 2008 (adaptado).


O texto trata de um tema relevante para o cotidiano de todas as pessoas: a relação pessoal com o dinheiro. A enumeração apresentada no último período demonstra a

preocupação com as classes menos favorecidas.

importância do desprendimento em relação ao dinheiro.

igualdade diante da relação pessoal com o dinheiro.

relevância dos cartões de crédito para as pessoas atualmente.

inquietação em relação ao materialismo.

ENEM 2011 : Língua Portuguesa - Questões de Provas Anteriores do ENEM

Um asteroide de cerca de um mil metros de diâmetro, viajando a 288 mil quilômetros por hora, passou a uma distância insignificante — em termos cósmicos — da Terra, pouco mais do dobro da distância que nos separa da Lua. Segundo os cálculos matemáticos, o asteroide cruzou a órbita da Terra e somente não colidiu porque ela não estava naquele ponto de interseção. Se ele tivesse sido capturado pelo campo gravitacional do nosso planeta e colidido, o impacto equivaleria a 40 bilhões de toneladas de TNT ou o equivalente à explosão de 40 mil bombas de hidrogênio, conforme calcularam os computadores operados pelos astrônomos do programa de Exploração do Sistema Solar da Nasa; se caísse no continente, abriria uma cratera de cinco quilômetros, no mínimo, e destruiria tudo o que houvesse num raio de milhares de outros; se desabasse no oceano, provocaria maremotos que devastariam imensas regiões costeiras. Enfim, uma visão do Apocalipse.

Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento).


Com base na leitura do fragmento, percebe-se que o texto foi construído com o objetivo de

destacar o seu processo de construção, dando enfoque, principalmente, a recursos expressivos.
manter um canal de comunicação entre leitor e autor por meio de mensagens subjetivas.
transmitir informações, fazendo referência a acontecimentos observados no mundo exterior.

persuadir o leitor, levando-o a tomar medidas para evitar os problemas ambientais.

transmitir os receios e reflexões do autor no que se refere ao fim do mundo.

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História do contato entre línguas no Brasil


No Brasil, o contato dos colonizadores portugueses com milhões de falantes de mais de mil línguas autóctones e de cerca de duzentas línguas que vieram na boca de cerca de quatro milhões de africanos trazidos para o país como escravos é, sem sombra de dúvida, o principal parâmetro histórico para a contextualização das mudanças linguísticas que afetaram o português brasileiro. E processos como esses não devem ser levados em conta apenas para a compreensão das diferenças entre as variedades linguísticas nacionais. O próprio mapeamento das variedades linguísticas contemporâneas do português europeu e, sobretudo, do português brasileiro, tanto no plano diatópico quanto no plano diastrático, depende crucialmente de uma apurada compreensão do processo histórico de sua formação.

LUCCCHESI, D.; BAXTER, A.; RIBEIRO, I. (orgs.). O português afro-brasileiro. Salvador: EdUFBA, 2009 (adaptado)


Glossário:

Autóctone: nativo de uma região.

Diatópico: referente à variação de uma mesma língua no plano regional (país, estado, cidade etc.).

Diastrático: referente à variação de uma mesma língua em função das diversas classes sociais.


Do ponto de vista histórico, as mudanças linguísticas que afetaram o português do Brasil têm sua origem no contato dos colonizadores com inúmeras línguas indígenas e africanas. Considerando as reflexões apresentadas no texto, verifica-se que esse processo, iniciado no começo da colonização, teve como resultado

a aceitação da escravidão, em que seres humanos foram reduzidos à condição de objeto por seus senhores.
a constituição do patrimônio linguístico, uma vez que representa a identidade nacional do povo brasileiro.

o isolamento de um número enorme de índios durante todo o período da colonização.

a separação entre pessoas que desfrutavam bens e outras que não tinham acesso aos bens de consumo.
a supremacia dos colonizadores portugueses, que muito se empenharam para conquistar os indígenas.
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Uma luz na evolução


Dois fósseis descobertos na África do Sul, dotados de inusitada combinação de características arcaicas e modernas, podem ser ancestrais diretos do homem


Os últimos quinze dias foram excepcionais para o estudo das origens do homem. No fim de março, uma falange fossilizada encontrada na Sibéria revelou uma espécie inteiramente nova de hominídeo que existia há 50 000 anos. Na semana passada, cientistas da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, anunciaram uma descoberta similar. São duas as ossadas bastante completas — a de um menino de 12 anos e a de uma mulher de 30 — encontradas na caverna Malapa, a 40 quilômetros de Johannesburgo. Devido à abundância de fósseis, a região é conhecida como Berço da Humanidade.

Veja. Abr. 2010 (adaptado).


Sabe-se que as funções da linguagem são reconhecidas por meio de recursos utilizados segundo a produção do autor, que, nesse texto, centra seu objetivo

na linguagem utilizada, ao enfatizar a maneira como o texto foi escrito, sua estrutura e organização.
em si mesmo, ao enfocar suas emoções e sentimentos diante das descobertas feitas.

no leitor do texto, ao tentar convencê-lo a praticar uma ação, após sua leitura.

no canal de comunicação utilizado, ao querer certificar-se do entendimento do leitor.

no conteúdo da mensagem, ao transmitir uma informação ao leitor.

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O nascimento da crônica


Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazemse algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

ASSIS, M. In: SANTOS, J .F. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007 (fragmento).


Um dos traços fundamentais da vasta obra literária de Machado de Assis reside na preocupação com a expressão e com a técnica de composição. Em O nascimento da crônica, Machado permite ao leitor entrever um escritor ciente das características da crônica, como

texto breve, diálogo com o leitor e registro pessoal de fatos do cotidiano.

síntese de um assunto, linguagem denotativa, exposição sucinta.

linguagem literária, narrativa curta e conflitos internos.

texto ficcional curto, linguagem subjetiva e criação de tensões.

priorização da informação, linguagem impessoal e resumo de um fato.

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Nascido em 1935, José Francisco Borges ou J. Borges, como prefere ser chamado, é um dos mais expressivos artistas populares do Brasil. Considerado por Ariano Suassuna o maior gravador popular do país, o artista foi um dos ilustradores do calendário da ONU do ano de 2002. Autodidata, J. Borges publicou seu primeiro cordel em 1964, intitulado O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, seguido de O Verdadeiro Aviso de Frei Damião Sobre os Castigos que Vêm, cuja publicação deu início à sua carreira de gravador. Na década de 1970, artistas plásticos, intelectuais e marchands passaram a encomendar suas xilogravuras, o que levou as imagens a ganharem cada vez mais autonomia em relação ao cordel. Desde então, o itinerário do artista vem se fortalecendo pela transmissão dos conhecimentos da xilogravura às novas gerações de sua família, com quem mantém a Casa de Cultura Serra Negra, no sertão pernambucano.

Disponível em: http://msn.onne.com.br. Acesso em: 21 maio 2010.



A xilogravura é um meio de expressão de grande força artística e literária no Brasil, especialmente no Nordeste brasileiro, onde os artistas populares talham a madeira, transformando-a em verdadeiras obras de arte. Com total liberdade artística, hoje já conquistaram espaço entre os diversos setores culturais do país, retratando cenas

do seu próprio universo, revelando personagens com aparência humilde em vestes requintadas.
com temas de personagens do folclore popular, crenças e futilidades dos mais necessitados.
de conteúdo histórico e político do Nordeste brasileiro, com a intenção de valorizar as diferenças sociais.
das grandes cidades, com a preocupação de uma representação realista da figura humana nordestina.
com personagens fantasiosos, beatos e cangaceiros presentes nas crenças da população nordestina.
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Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova, seja velha, é um ser muito compreensivo, que dança conforme a música: se está no Maracanã, numa decisão de título, ela rola e quiçá com um ar dramático, mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson ou nas mãos de um gandula. Em compensação, num racha de menino, ninguém é mais sapeca: ela corre para cá, corre para lá, quiçá no meio-fio, para de estalo no canteiro, lambe a canela de um, deixa-se espremer entre mil canelas, depois escapa, rolando, doida, pela calçada. Parece um bichinho.

NOGUEIRA, A. Peladas. Os melhores da crônica brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977 (fragmento).


O texto expressa a visão do cronista sobre a bola de futebol. Entre as estratégias escolhidas para dar colorido a sua expressão, identifica-se, predominantemente, uma função da linguagem caracterizada pela intenção do autor em

manifestar o seu sentimento em relação ao objeto bola.

buscar influenciar o comportamento dos adeptos do futebol.

descrever objetivamente uma determinada realidade.

explicar o significado da bola e as regras para seu uso.

ativar e manter o contato dialógico com o leitor.

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Mudança


Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.

Arrastaram-se para lá, devagar, sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio. As manchas dos juazeiros tornaram a aparecer, Fabiano aligeirou o passo, esqueceu a fome, a canseira e os ferimentos. Deixaram a margem do rio, acompanharam a cerca, subiram uma ladeira, chegaram aos juazeiros. Fazia tempo que não viam sombra.

RAMOS, G. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2008 (fragmento).


Valendo-se de uma narrativa que mantém o distanciamento na abordagem da realidade social em questão, o texto expõe a condição de extrema carência dos personagens acuados pela miséria.


O recurso utilizado na construção dessa passagem, o qual comprova a postura distanciada do narrador, é a

caracterização pitoresca da paisagem natural.

descrição equilibrada entre os referentes físicos e psicológicos dos personagens.

narração marcada pela sobriedade lexical e sequência temporal linear.

caricatura dos personagens, compatível com o aspecto degradado que apresentam.

metaforização do espaço sertanejo, alinhada com o projeto de crítica social.

ENEM 2011 : Língua Portuguesa - Questões de Provas Anteriores do ENEM

Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela e encontrava um. Quando não encontrava, dava no mesmo, ele abria a janela, olhava o mundo e comunicava que não havia assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte que também dava no mesmo: a crônica estava feita. Não tenho nem o engenho nem a arte de Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a Lagoa — posso não ver melhor, mas vejo mais. [...] Nelson Rodrigues não tinha problemas. Quando não havia assunto, ele inventava. Uma tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do jornal. Ele estava com o papel na máquina e provisoriamente sem assunto. Inventou que eu descia de um reluzente Rolls Royce com uma loura suspeita, mas equivalente à suntuosidade do carro. Um guarda nos deteve, eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda não aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson não ficou sem assunto.

CONY, C. H. Folha de S. Paulo. 2 jan. 1998 (adaptado).


O autor lançou mão de recursos linguísticos que o auxiliaram na retomada de informações dadas sem repetir textualmente uma referência. Esses recursos pertencem ao uso da língua e ganham sentido nas práticas de linguagem. É o que acontece com os usos do pronome "ele" destacados no texto. Com essa estratégia, o autor conseguiu

confundir o leitor, que fica sem saber quando o texto se refere a um ou a outro cronista.

comparar Rubem Braga com Nelson Rodrigues, dando preferência ao primeiro.

referir-se a Rubem Braga e a Nelson Rodrigues usando igual recurso de articulação textual.

sugerir que os dois autores escrevem crônicas sobre assuntos semelhantes.

produzir um texto obscuro, cujas ambiguidades impedem a compreensão do leitor.

ENEM 2011 : Língua Portuguesa - Questões de Provas Anteriores do ENEM

O RETIRANTE ENCONTRA DOIS HOMENS CARREGANDO UM DEFUNTO NUMA REDE, AOS GRITOS DE: "Ó IRMÃOS DAS ALMAS! IRMÃOS DAS ALMAS! NÃO FUI EU QUE MATEI NÃO”


— A quem estais carregando,

Irmãos das almas,

Embrulhado nessa rede?

Dizei que eu saiba.

— A um defunto de nada, I

irmão das almas,

Que há muitas horas viaja

À sua morada.

— E sabeis quem era ele,

Irmãos das almas,

Sabeis como ele se chama

Ou se chamava?

— Severino Lavrador,

Irmão das almas,

Severino Lavrador,

Mas já não lavra.

MELO NETO, J. C. Morte e vida Severina e outros poemas para vozes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994 (fragmento)


O personagem teatral pode ser construído tanto por meio de uma tradição oral quanto escrita. A interlocução entre oralidade regional e tradição religiosa, que serve de inspiração para autores brasileiros, parte do teatro português. Dessa forma, a partir do texto lido, identificam-se personagens que

se comportam como caricaturas religiosas do teatro regional.

apresentam diferentes características físicas e psicológicas.

incorporam elementos da tradição local em um contexto teatral.

estão construídos por meio de ações limitadas a um momento histórico.

fazem parte de uma cultura local que restringe a dimensão estética.