Feiras Medievais: história e origem
As feiras medievais surgiram durante o Renascimento, período em que as cidades medievais, anteriormente pertencentes aos senhores feudais, foram se desenvolvendo e dando origem à nova classe social da burguesia.
Esse processo ocorreu após o declínio do sistema feudal na Idade Média. Com o passar do tempo, as feiras medievais cresceram e se tornaram cada vez mais importantes.
Origem das feiras medievais
Entre os séculos XI e XIV, no final da Idade Média, os burgos (cidades medievais amuralhadas) foram o local de origem das feiras medievais.
Elas se desenvolveram a partir da intensificação do comércio a partir do século XI e, mais tarde, com o surgimento da burguesia e o crescimento demográfico.
Anteriormente, os burgos eram centros religiosos e militares e propriedades dos senhores feudais.
Como o declínio do feudalismo favoreceu as feiras medievais
O sistema feudal, que se baseava em trocas, foi substituído pela comercialização dos produtos. Isso ocorreu porque os feudos, que estavam perdendo trabalhadores, começaram a vender o excedente de produção.
Esses locais destinados à comercialização dos produtos dentro dos burgos, eram denominadas de “feiras livres”, donde os mais variados produtos eram expostos à venda.
A partir da decadência do sistema feudal, a Europa passou por muitas mudanças sociais, culturais, econômicas e políticas.
Entre as principais feiras medievais estão a de Champagne, na França e a de Flandres, na Bélgica.
Com o aumento da população e a migração dos camponeses para as cidades medievais, conhecidas como burgos, o comércio se expandiu e se estabilizou através das guildas e corporações de ofício, estabelecendo assim um sistema capitalista primitivo.
Esse processo também gerou uma nova classe social - a burguesia - que se preocupava tanto com o lucro quanto com a participação política.
O Renascimento comercial-urbano se intensificou com as Cruzadas, a abertura do Mar Mediterrâneo, o uso de moedas como base de troca e o surgimento de novas rotas marítimas para especiarias do Oriente.
A visão humanista também emergiu na Europa a partir do século XIV. Todas essas mudanças marcaram o início da Era Moderna.
No final da Idade Média, que os humanistas chamavam de "Idade das Trevas" devido ao obscurantismo da época, a visão Teocêntrica (Deus no centro do Universo) foi substituída pela visão Antropocêntrica (homem no centro do mundo). Isso gerou uma nova mentalidade na população europeia.
As feiras livres se tornaram um canal importante de distribuição comercial e uma forma popular de comunicação. Elas eram caracterizadas pelo encontro periódico de pessoas em algum lugar pré-determinado da cidade (burgos), onde vendiam produtos para a população ou realizavam trocas.
Saiba mais: Crise no Feudalismo
O que é uma feira?
As feiras representam um fenômeno sociocultural e econômico proveniente dos aglomerados de pessoas e barracas, donde são comercializados diversos tipos de produtos nas ruas (alimentos, roupas, sapatos, acessórios de casa, artesanato, etc.), com o intuito de oferecer mercadorias a preços mais baixos.
Para saber mais:
SOUZA, Thiago. Feiras Medievais: história e origem. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/historia-e-origem-das-feiras/. Acesso em: