Modelos Atômicos

Carolina Batista
Carolina Batista
Professora de Química

Os modelos atômicos são os aspectos estruturais dos átomos que foram apresentados por cientistas na tentativa de compreender melhor o átomo e a sua composição.

Em 1808, o cientista inglês John Dalton propôs uma explicação para a propriedade da matéria. Trata-se da primeira teoria atômica que dá as bases para o modelo atômico conhecido atualmente.

A constituição da matéria é motivo de estudos desde a antiguidade. Os pensadores Leucipo (500 a.C.) e Demócrito (460 a.C.) formularam a ideia de haver um limite para a pequenez das partículas.

Eles afirmavam que elas se tornariam tão pequenas que não poderiam ser divididas. Chamou-se a essa partícula última de átomo. A palavra é derivada dos radicais gregos que, juntos, significam o que não se pode dividir.

Modelo Atômico de Dalton

Modelo de Dalton
Modelo atômico de Dalton

O Modelo Atômico de Dalton, conhecido como o modelo bola de bilhar, possui os seguintes princípios:

  1. Todas as substâncias são formadas de pequenas partículas chamadas átomos;
  2. Os átomos de diferentes elementos têm diferentes propriedades, mas todos os átomos do mesmo elemento são exatamente iguais;
  3. Os átomos não se alteram quando formam componentes químicos;
  4. Os átomos são permanentes e indivisíveis, não podendo ser criados nem destruídos;
  5. As reações químicas correspondem a uma reorganização de átomos.

Modelo Atômico de Thomson

Modelos Atômicos
Modelo Atômico de Thomson

O Modelo Atômico de Thomson foi o primeiro a realizar a divisibilidade do átomo. Ao pesquisar sobre raios catódicos, o físico inglês propôs esse modelo que ficou conhecido como o modelo pudim de ameixa.

Ele demonstrou que esses raios podiam ser interpretados como sendo um feixe de partículas carregadas de energia elétrica negativa.

Em 1887, Thomson sugeriu que os elétrons eram um constituinte universal da matéria. Ele apresentou as primeiras ideias relativas à estrutura interna dos átomos.

Thomson indicava que os átomos deviam ser constituídos de cargas elétricas positivas e negativas distribuídas uniformemente.

Ele descobriu essa mínima partícula e assim estabeleceu a teoria da natureza elétrica da matéria. Concluiu que os elétrons eram constituintes de todos os tipos de matéria, pois observou que a relação carga/massa do elétron era a mesma para qualquer gás empregado em suas experiências.

Em 1897, Thomson tornou-se reconhecido como o “pai do elétron”.

Modelo Atômico de Rutherford

Modelo de Rutherford
Modelo atômico de Rutherford

Em 1911, o físico neozelandês Rutherford colocou uma folha de ouro bastante fina numa câmara metálica. Seu objetivo era analisar a trajetória de partículas alfa a partir do obstáculo criado pela folha de ouro.

Nesse ensaio de Rutherford, observou que algumas partículas ficavam totalmente bloqueadas e outras partículas, que não eram afetadas, ultrapassavam a folha, sofrendo desvios. Segundo ele, esse comportamento podia ser explicados graças às forças de repulsão elétrica entre essas partículas.

Pelas observações, afirmou que o átomo era nucleado e sua parte positiva se concentrava num volume extremamente pequeno, que seria o próprio núcleo.

O Modelo Atômico de Rutherford, conhecido como modelo planetário, corresponde a um sistema planetário em miniatura, no qual os elétrons se movem em órbitas circulares, ao redor do núcleo.

Modelo de Rutherford – Bohr

Modelos Atômicos
Modelo Atômico de Rutherford-Bohr

O modelo apresentado por Rutherford foi aperfeiçoado por Bohr. Por esse motivo, o aspecto da estrutura atômica de Bohr também é chamada de Modelo Atômico de Bohr ou Modelo Atômico de Rutherford-Bohr.

A teoria do físico dinamarquês Niels Bohr estabeleceu as seguintes concepções atômicas:

  1. Os elétrons que giram ao redor do núcleo não giram ao acaso, mas descrevem órbitas determinadas.
  2. O átomo é incrivelmente pequeno, mesmo assim a maior parte do átomo é espaço vazio. O diâmetro do núcleo atômico é cerca de cem mil vezes menor que o átomo todo. Os elétrons giram tão depressa que parecem tomar todo o espaço.
  3. Quando a eletricidade passa através do átomo, o elétron pula para a órbita maior e seguinte, voltando depois à sua órbita usual.
  4. Quando os elétrons saltam de uma órbita para a outra resulta luz. Bohr conseguiu prever os comprimentos de onda a partir da constituição do átomo e do salto dos elétrons de uma órbita para a outra.

Modelo Atômico de Schrodinger

Schrodinger
Modelo Atômico de Schrodinger.

Trata-se do modelo atual e o mais aceito pela comunidade científica. Ele nasceu da teoria da mecânica ondulatória proposta por Erwin Schrodinger. Para Schrodinger, os átomos possuíam regiões prováveis de existência dos elétrons, o que ele chamou de orbitais eletrônicos.

O orbital é uma zona de máxima probabilidade de se encontrar um elétron. Isso porque, segundo modelos matemáticos, seria impossível definir o local exato e velocidade de movimento dessa partícula subatômica.

Através de funções matemáticas, conhecidas por funções ondulatórias, o cientista obteve resultados consideráveis, o que rendeu a ele o prêmio Nobel em 1933.

O princípio da incerteza de Heisenberg contribuiu para a formulação desse modelo atômico. O princípio diz: é impossível definir a posição e velocidade exatas de um elétron num mesmo instante.

Esse fato se dá, pois os elétrons possuem comportamento de onda-partícula, ou seja, ora se comportam como onda, ora como partícula.

Baseado nisso, o cientista definiu o estado de maior concentração de elétrons no orbital como sendo a nuvem eletrônica do átomo. Essa descoberta foi importantíssima para a melhor compreensão das propriedades químicas e físicas dos átomos.

MODELOS ATÔMICOS: Dalton, Thomson, Rutherford e Rutherford-Bohr Ver no YouTube

Saiba mais, leia também:

Referências Bibliográficas

KOTZ, J.C. & TREICHEL Jr., P.M. Química Geral e Reações Químicas. Vol. 1. Editora Thomson Learning, 2005.

Carolina Batista
Carolina Batista
Bacharela em Química Tecnológica e Industrial pela Universidade Federal de Alagoas (2018) e Técnica em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (2011).