Taylorismo

Vinícius Marques
Revisão por Vinícius Marques
Professor de Geografia

O Taylorismo é um sistema de gestão do trabalho baseado em diversas técnicas para aumentar o rendimento do trabalhador.

Foi desenvolvido no início do século XIX, a partir de estudos sobre os movimentos do homem e da máquina nos processos produtivos fabris.

Características

O Taylorismo busca aumentar a eficiência operacional do trabalho, extraindo o melhor rendimento de cada funcionário.

Para isso, é elaborado um sistema de racionalização do trabalho, no qual cada trabalhador se especializa em uma etapa específica do processo produtivo. Desta maneira, cada aspecto do trabalho deve ser estudado e desenvolvido cientificamente.

Assim, com a análise dos processos produtivos, foi possível aperfeiçoar a capacidade de trabalho do operariado. O foco era economizar o máximo em termos de esforço produtivo.

Taylorismo
Maximizar o potencial de cada trabalhador era um dos objetivos do taylorismo

Devemos salientar que o taylorismo não está preocupado com as inovações tecnológicas, mas sim com as possibilidades de controlar a linha de produção.

Através de uma padronização contínua, pelo estabelecimento de um sistema de supervisão e controle, o homem acabou se transformar por uma peça da máquina. Entretanto, foi isto que fez surgir condições de trabalho capazes de aumentar a produtividade e o lucro.

Inovações do Taylorismo

O taylorismo emprega basicamente cinco princípios, a saber:

  • Substituição de métodos baseados na experiência por metodologias cientificamente testadas;
  • Seleção e treinamento rigoroso dos trabalhadores, de modo a descobrir suas melhores competências, as quais devem ser continuamente aperfeiçoadas;
  • Supervisão contínua do trabalho;
  • Execução disciplinada das tarefas, de modo a evitar desperdícios;
  • Fracionamento do trabalho na linha de montagem, a fim de dividir as funções produtivas de cada trabalhador, diminuindo assim sua autonomia.
Taylorismo
Avaliação periódica do trabalhador consistia numa das bases do taylorismo

Além disso, atribui-se a Taylor:

  • O estudo de metodologias para evitar a fadiga do trabalhador,
  • O estímulo salarial proporcional a produtividade, com premiações por desempenho,
  • A hierarquização da cadeia produtiva, a qual afasta o trabalho manual do trabalho intelectual e garante à gerência, detentora do conhecimento geral da produção, o controle sobre os trabalhadores.

As ideias de Taylor inspiraram empresários como Henry Ford para criar um método de linha de montagem que seria denominado Fordismo.

Frederick Taylor e o Taylorismo

O termo Taylorismo faz referência ao engenheiro norte-americano Frederick Taylor (1856-1915), considerado um dos fundadores da Administração Científica.

Com efeito, Taylor foi pioneiro ao desenvolver um modelo de administração no qual a empresa é considerada sob olhar científico.

Taylor se interessou por este tipo de gestão quando ainda era operador de máquina na "Midvale Steel", na Filadélfia, onde iniciou suas pesquisas.

Baseando-se na observação dos métodos de trabalho dos operários, descobriu que, sob um ritmo de trabalho controlado, os operários eram muito mais produtivos.

Mais tarde, Taylor se forma engenheiro mecânico em 1885 e, em 1906, torna-se Presidente da "American Society of Mechanical Engineering". Suas ideias influenciariam de forma definitiva a Segunda Revolução Industrial.

Suas obras mais importantes são: "Um sistema de preço por peça" (1895); "Administração de Oficinas" (1903); e "Princípios da Administração Científica" (1911), sua obra prima.

Taylorismo e Fordismo

As ideias de Taylor inspiraram diretamente a Henry Ford a melhorar a produção dos seus automóveis.

O Taylorismo não é um modelo produtivo e sim uma análise teórica de organização do trabalho e de administração. Assim, o empresário poderia reduzir os custos e maximizar os lucros.

Por outra parte, Ford e outros empresários vão levar essas ideias às suas fábricas e tornar a produção mais eficiente com a especialização do trabalho.

Críticas ao Taylorismo

O Taylorismo sofre algumas críticas, tendo em vista que, ao buscar o máximo aproveitamento da força produtiva, acaba ignorando certas necessidades básicas dos trabalhadores, os quais passam a se sentir explorados e insatisfeitos.

Consequentemente, estes trabalhadores passam a serem vistos como peças descartáveis do sistema, e isto gerou a oposição dos trabalhadores à aplicação do Taylorismo.

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Vinícius Marques
Revisão por Vinícius Marques
Formado pela UNESP - Rio Claro (2016), é professor de Geografia e Ciências Humanas. Atua na educação básica (Ensino Fundamental II e Médio) e cursos pré-vestibular desde 2012, tendo experiência em projetos sociais, escolas públicas e privadas.
Juliana Bezerra
Edição por Juliana Bezerra
Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.