Campo de Auschwitz

O campo de concentração e extermínio de Auschwitz foi o maior acampamento de prisioneiros da Alemanha nazista e o maior centro construído para matar pessoas em toda a história da humanidade.

Durante a Segunda Guerra Mundial, 2,5 milhões de pessoas foram executadas por envenenamento de gás e outras 500 mil morreram de doenças e fome.

Auschwitz foi fundado em maio de 1940 e funcionou até 27 de janeiro de 1945, quando as tropas aliadas ocuparam o local e libertaram os prisioneiros.

Sob o comando de Rudolf Höss (1894 - 1947), o campo foi o palco das mais conhecidas e intoleráveis atrocidades nazistas, como os assassinatos em escala industrial nas câmaras de gás, torturas, experimentos médicos e trabalho escravo.

O campo de concentração foi instalado próximo à cidade de Oswiecim, na Polônia, a cerca de 60 quilômetros da capital Cracóvia. Muito rápido, tornou-se o maior centro de concentração e extermínio de pessoas na Segunda Guerra Mundial.

Campo de AuschwitzCaminho de ferro que levava os prisioneiros diretamente para o campo de concentração

Além de três grandes acampamentos, Auschwitz era composto por mais 45 sub-campos. Auschwitz I era o acampamento principal, onde estavam localizadas as clínicas para experimentos médicos, câmaras de tortura e execução.

A entrada exibe a irônica frase, "Arbeit Macht Frei", que significa "O Trabalho Liberta". Até o momento da sua libertação, Auschwitz tinha crescido para incluir três grandes acampamentos e 45 sub-campos.

Birkenau

O obra do acampamento Auschwitz II, também chamado de Birkenau foi entregue no início de 1942 e estava localizada a cerca de 3 quilômetros Auschwitz I.

Birkenau era o palco das seleções promovidas por médicos nazistas à chegada no campo, no local conhecido como rampa. Também neste local ficavam a maioria dos prisioneiros e havia uma área destinada a mulheres e ciganos.

O acampamento Auschwitz III, chamado ainda de Monowitz, era o destino daqueles que seriam submetidos ao trabalho escravo, bem como os 45 sub-campos do complexo.

Chegada e Seleção

O transporte dos prisioneiros até Auschwitz ocorria em trens de carga de gado. A massa de presos era formada por judeus, ciganos, homossexuais e outros desafetos do regime nazista. À chegada, eram saqueados. Seus bens permaneciam nos vagões e integravam uma fila onde seriam separados entre aptos ou não ao trabalho por médicos nazistas.

Em geral, mulheres grávidas, crianças, deficientes e idosos eram enviados diretamente à câmara de gás. Os demais seriam conduzidos ao trabalho forçado ou às temíveis experiências médicas. Cada uma das quatro câmaras de extermínio de Auschwitz tinha a capacidade para executar 2 mil pessoas.

As vítimas eram informadas que passariam por um processo de desinfecção, onde se livrariam de piolhos. Por isso, entravam voluntariamente nas câmaras.

Após o processo de asfixia por gás, os corpos das vítimas passavam por mais um saque. Dessa vez, equipes de prisioneiros eram obrigadas a retirar alianças, joias e os dentes de ouro dos cadáveres. Os pertences eram enviados para a Alemanha e os corpos levados para o conjunto de crematórios. As câmaras de gás de Auschwitz operara entre 1941 e 1944.

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A libertação

Quando os soviéticos chegaram ao campo, a fim de libertar as cerca de 7 ou 8 mil pessoas prisioneiras, encontraram muita resistência do exército nazista, a SS – guarda de Adolf Hitler e vários soviéticos morreram.

Antes, e com a aproximação dos soviéticos, o exército nazista havia começado a destruir as câmaras de gás a fim de eliminar os vestígios de terror daquele local e a evacuar cerca de 60 mil prisioneiros. Obrigados a caminhar durante quilômetros, na conhecida “marcha da morte”, cerca de 15 mil prisioneiros morreram.

No Brasil

Josef Mengele, o cruel médico do campo de concentração conhecido como “Anjo da Morte”, fazia pesquisas utilizando as pessoas como cobaias, especialmente gêmeos, anões e mulheres grávidas. Após as pesquisas, as pessoas que sobreviviam eram enviadas para a câmara de gás ou enforcadas. Fugiu para o Brasil onde viveu escondido até morrer em 1979.

Dia Internacional da Lembrança do Holocausto

Em 2015, ano em que a libertação do campo completou 70 anos, o fato foi relembrado pelo mundo. As 300 pessoas ainda vivas que viveram o terror, regressaram à Polônia numa cerimônia que deu testemunho do seu sofrimento.

Museu

Atualmente, no mesmo local, há um museu e um memorial, considerado pela Unesco como patrimônio da humanidade, onde podem ser visitadas as instalações do campo de morte, que mantém a sua arquitetura. Os visitantes têm acesso aos quartos, aos sanitários (buracos feitos no chão), ao local onde era gravado o número de prisioneiro no braço de cada pessoa e podem, ainda, ver os objetos pessoais que os prisioneiros entregavam quando chegavam no campo de concentração: óculos, malas, escovas, fotos, entre outros.

Livros

Há vários livros que relatam a história de Auschwitz, como “Auschwitz - O Testemunho de um Médico”, de Miklos Nyisli, um dos mais conhecidos e chocantes da história do holocausto. Trata-se de um relato do médico, Dr. Miklos Nyisli que trabalhou no campo de concentração, sob a supervisão do médico Josef Mengele.