Placas Tectônicas

Vinícius Marques
Vinícius Marques
Professor de Geografia

As placas tectônicas são pedaços da crosta terrestre (litosfera) que flutuam sobre o magma. É acima destas placas que estão localizados os continentes e oceanos.

A camada da superfície terrestre é constituída por sete principais placas rochosas rígidas que se movimentam e se encaixam como peças de um quebra-cabeça.

O movimento dessas placas pode ser convergente, quando se movem uma contra a outra; divergente, quando se afastam ou transformante, quando se movem vertical ou paralelamente.

Os movimentos das placas são responsáveis pelos vulcões, terremotos e tsunamis. Assim como a formação dos continentes e mares, formação de cadeias de montanhas e de toda a paisagem que se situa sobre essas placas tectônicas.

Principais placas tectônicas

A denominação placa tectônica é um conceito que trata da história geológica da Terra. As principais placas tectônicas são:

Placas Tectônicas
Mapa - As principais placas tectônicas e seus movimentos
  • Placa Africana
  • Placa Antártica
  • Placa Australiana
  • Placa Eurasiática
  • Placa do Pacífico
  • Placa Norte-americana
  • Placa Sul-americana
  • Placa de Nazca
  • Placa de Scotia
  • Placa Caribenha
  • Placa Indiana
  • Placa das Filipinas

Há, ainda, as placas menores, denominadas: Placa Adriática, Placa da Anatólia, Placa Arábica, Placa da Carolina, Placa Leste-Americana, Placa de Gorda, Placa Helénica, Placa Indo-Australiana, Placa Iraniana, Placa de Cocos, Placa Juan de Fuca, Placa da Somália, Placa de Sunda e Placa de Tonga.

O Movimento das Placas Tectônicas

Os movimentos das placas tectônicas são responsáveis por uma série de acidentes geográficos, tais como: vulcões, terremotos e tsunamis.

O movimento das placas também foi o responsável pela formação dos continentes e a definição do mapa da Terra, tal como se conhece.

Alguns indícios como a semelhança entre as costas atlânticas do continente africano e sul-americano e fósseis de diversas espécies comuns de ambos os lados levam a crer que o planeta já foi formado por um único continente, chamado de Pangeia, há cerca de 225 milhões de anos.

Os movimentos das placas tectônicas podem ser observados através de seus limites e são classificados como:

  • Divergentes (que definem a zona de construção da crosta),
  • Convergentes (definidas na zona de destruição da crosta) e
  • Conservativos (onde estão as falhas transformantes).

Movimentos divergentes das placas tectônicas

Ocorre quando as placas se afastam uma das outras, provocando o “nascimento” de uma nova crosta oceânica.

O movimento é traçado no sentido horizontal. Esse limite é definido em três estágios, sendo o primeiro a abertura de uma fenda que ocorre com a fratura da crosta, a invasão da água e formação de lagos salinos. Nesta fase, há intensa atividade vulcânica.

No segundo estágio, a fragmentação é total e há formação de dois continentes efetivamente separados por um oceano. A atividade vulcânica persiste pela ascensão do magma.

A permanência da atividade do magma define a chegada ao terceiro estágio, denominado formação de oceano. O principal exemplo do limite divergente em seus três estágios está no Oceano Atlântico, que separa Europa, África e América.

A divisão dos continentes originou-se há 180 milhões de anos a uma velocidade média de 1 centímetro por ano.

Movimentos convergentes das placas tectônicas

Esta é a definição para o movimento de colisão de uma placa sobre a outra. Existem três tipos de convergência entre as placas tectônicas: continental-continental, oceânica-oceânica e oceânica-continental.

O movimento convergente entre placas continentais cria uma área chamada de zona de metamorfismo, sendo responsável por dobramentos modernos (montanhas), terremotos e atividade vulcânica.

A convergência entre placas oceânicas cria uma zona de subdução, na qual uma placa tende a deslizar sob a outra gerando uma fossa.

Nesses locais encontram-se as maiores profundidades dos oceanos, como a Fossa das Marianas, com quase 11 quilômetros de profundidade.

Já convergência oceânica-continental ocorre quando esses dois tipos de placas se chocam. A placa oceânica, mais densa, mergulha sob a placa continental criando uma zona de subdução, enquanto a placa continental se eleva, formando grandes cadeias de montanhas.

Por exemplo, a Cordilheira dos Andes foi formada a partir do movimento convergente entre a Placa de Nazca (oceânica) e a Placa Sul-americana (continental). Esse tipo de formação geológica é conhecida como dobramentos modernos.

Saiba sobre a Falha de San Andreas.

Movimentos conservativos das placas tectônicas

O movimento conservativo ocorre em áreas de falhas, onde as placas deslizam uma em relação à outra, vertical ou horizontalmente e de forma paralela, sem divergência ou convergência.

A fricção causada por esses limites gera a chamada zona de terremotos. Nesses locais, ocorrem os chamados terremotos de focos rasos, que possuem uma grande intensidade.

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Vinícius Marques
Vinícius Marques
Formado pela UNESP - Rio Claro (2016), é professor de Geografia e Ciências Humanas. Atua na educação básica (Ensino Fundamental II e Médio) e cursos pré-vestibular desde 2012, tendo experiência em projetos sociais, escolas públicas e privadas.