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Questões de português do Enem com gabarito

Márcia Fernandes
Márcia Fernandes
Professora licenciada em Letras

Este texto foi pensado especialmente para você que está se preparando para o Enem. Faça os exercícios e verifique as respostas: todas têm explicação de um professor da área.

Praticar é uma ótima forma de estudar. Bom estudo!

Questão 1

(Enem/2022)

A escrava

— Admira-me —, disse uma senhora de sentimentos sinceramente abolicionistas —; faz-me até pasmar como se possa sentir, e expressar sentimentos escravocratas, no presente século, no século dezenove! A moral religiosa e a moral cívica aí se erguem, e falam bem alto esmagando a hidra que envenena a família no mais sagrado santuário seu, e desmoraliza, e avilta a nação inteira! Levantai os olhos ao Gólgota, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:

— Para que se deu em sacrifício o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro alento? Ah! Então não é verdade que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado a liberdade!? E depois, olhai a sociedade... Não vedes o abutre que a corrói constantemente!… Não sentis a desmoralização que a enerva, o cancro que a destrói?

Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e será sempre um grande mal. Dela a decadência do comércio; porque o comércio e a lavoura caminham de mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a lavoura; porque o seu trabalho é forçado.

REIS, M. F. Úrsula e outras obras. Brasília: Câmara dos Deputados, 2018.

Inscrito na estética romântica da literatura brasileira, o conto descortina aspectos da realidade nacional no século XIX ao

a) revelar a imposição de crenças religiosas a pessoas escravizadas.
b) apontar a hipocrisia do discurso conservador na defesa da escravidão.
c) sugerir práticas de violência física e moral em nome do progresso material.
d) relacionar o declínio da produção agrícola e comercial a questões raciais.
e) ironizar o comportamento dos proprietários de terra na exploração do trabalho.

Alternativa correta: b) apontar a hipocrisia do discurso conservador na defesa da escravidão.

O discurso da senhora, "de sentimentos sinceramente abolicionistas", mostra o quanto ela está admirada e pasmada, conforme ela própria diz, com os sentimentos escravocratas no século dezenove.

No trecho do conto acima há argumentos da senhora, que conclui que "Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e será sempre um grande mal.", portanto, não há como defender a escravidão e se os conservadores defendem, eles são hipócritas.

Questão 2

(Enem/2022)

Ser cronista

Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto.

Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito romances e contos.

E também sem perceber, à medida que escrevia para aqui, ia me tornando pessoal demais, correndo o risco de em breve publicar minha vida passada e presente, o que não pretendo. Outra coisa notei: basta eu saber que estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto facilmente por todo o mundo, e não para um livro, que só é aberto por quem realmente quer, para que, sem mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é que me desagrade mudar, pelo contrário. Mas queria que fossem mudanças mais profundas e interiores que não viessem a se refletir no escrever. Mas mudar só porque isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só porque o leitor assim o quer? Divertir? Fazer passar uns minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero profundamente a comunicação profunda comigo e com o leitor. Aqui no jornal apenas falo com o leitor e agrada-me que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou contente.

LISPECTOR, C. In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

No texto, ao refletir sobre a atividade de cronista, a autora questiona características do gênero crônica, como

a) relação distanciada entre os interlocutores.
b) articulação de vários núcleos narrativos.
c) brevidade no tratamento da temática.
d) descrição minuciosa dos personagens.
e) público leitor exclusivo.

Alternativa correta: c) brevidade no tratamento da temática.

No texto acima, Clarice Lispector expõe as suas perspectivas sobre as crônicas. Ao questionar-se se a crônica seria um relato, uma conversa ou um resumo, o texto dá indicações da questão da brevidade.

Em seguida, Clarice fala na leveza do texto e até em "passar uns minutos de leitura", enquanto nos seus livros, Clarice expõe o seu desejo de se comunicar profundamente com o leitor, o que a crônica não permite fazer, justamente tendo em conta o fato de a crônica ser um texto curto, breve.

Questão 3

(Enem/2018)

Tirinha sobre internet - questão enem
BRANCO, A. Disponível em: www.oesquema.com.br. Acesso em: 30 jun. 2015 (adaptado)

A internet proporcionou o surgimento de novos paradigmas sociais e impulsionou a modificação de outros já estabelecidos nas esferas da comunicação e da informação. A principal consequência criticada na tirinha sobre esse processo é a

a) criação de memes.
b) ampliação da blogosfera.
c) supremacia das ideias cibernéticas.
d) comercialização de pontos de vista.
e) banalização do comércio eletrônico.

Alternativa correta: d) comercialização de pontos de vista.

a) ERRADA. Os memes não são alvo de crítica. A única referência feita a eles na tirinha indica a diferença de preço entre meme e "textão".

b) ERRADA. Embora o primeiro quadro da tirinha faça uma menção a blogs ("Você não era blogueiro da oposição?"), ele não está relacionado com o aumento da blogosfera, que é um espaço virtual que reúne os blogs e blogueiros como uma rede social.

c) ERRADA. Na tirinha, não existe qualquer referência à cibernética.

d) CORRETA. A tirinha critica a postura oportunista de alguns profissionais. O primeiro quadro, por exemplo, mostra como a ética pode ficar em segundo plano em função de vantagens pessoais. (o "blogueiro de esquerda" deixa de o ser por conta de uma oportunidade profissional.)

e) ERRADA. À primeira vista, o conteúdo pode ser relacionado com o comércio eletrônico, porque a tirinha menciona termos relacionados à cobrança ("Meme eu cobro x") e a preço ("Viu o preço da opinião na Internet?"), no entanto, o título aponta para um tema que vai além do comércio eletrônico ("Ideologia e Internet").

Questão 4

(Enem/2018)

“Acuenda o Pajubá”: conheça o “dialeto secreto” utilizado por gays e travestis
Com origem no iorubá, linguagem foi adotada por travestis e ganhou a comunidade

“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!” Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, é porque você manja alguma coisa de pajubá, o “dialeto secreto” dos gays e travestis.

Adepto do uso das expressões, mesmo nos ambientes mais formais, um advogado afirma: “É claro que eu não vou falar durante uma audiência ou uma reunião, mas na firma, com meus colegas de trabalho, eu falo de ‘acué’ o tempo inteiro”, brinca. “A gente tem que ter cuidado de falar outras palavras porque hoje o pessoal já entende, né? Tá na internet, tem até dicionário...”, comenta.

O dicionário a que ele se refere é o Aurélia, a dicionária da língua afiada, lançado no ano de 2006 e escrito pelo jornalista Angelo Vip e por Fred Libi. Na obra, há mais de 1 300 verbetes revelando o significado das palavras do pajubá.

Não se sabe ao certo quando essa linguagem surgiu, mas sabe-se que há claramente uma relação entre o pajubá e a cultura africana, numa costura iniciada ainda na época do Brasil colonial.

Disponível em: www.midiamax.com.br. Acesso em: 4 abr. 2017 (adaptado).

Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status de dialeto, caracterizando-se como elemento de patrimônio linguístico, especialmente por

a) ter mais de mil palavras conhecidas.
b) ter palavras diferentes de uma linguagem secreta.
c) ser consolidado por objetos formais de registro.
d) ser utilizado por advogados em situações formais.
e) ser comum em conversas no ambiente de trabalho.

Alternativa correta: c) ser consolidado por objetos formais de registro.

a) ERRADA. Não é o fato de ter uma certa quantidade de palavras conhecidas que torna o pajubá um elemento de patrimônio linguístico, mas sim a iniciativa promovida pelos autores do dicionário "Aurélia, a dicionária da língua afiada".

b) ERRADA. Não é o fato de ter palavras diferentes de uma linguagem secreta que torna o pajubá um elemento de patrimônio linguístico. A sua consolidação, nesses termos, se dá pela iniciativa dos autores do dicionário "Aurélia, a dicionária da língua afiada".

c) CORRETA. O fato de existir um dicionário para o pajubá, o "Aurélia, a dicionária da língua afiada", promove a sua consolidação, para que o mesmo não se perca ao longo do tempo.

d) ERRADA. A utilização por advogados foi apenas um exemplo dado no texto. O pajubá, certamente, é utilizado por falantes de várias comunidades profissionais, e não profissionais, diferentes.

e) ERRADA. O fato de ser usado correntemente no ambiente de trabalho não promove ao pajubá o caráter de patrimônio linguístico.

Questão 5

(Enem/2018)

Certa vez minha mãe surrou-me com uma corda nodosa que me pintou as costas de manchas sangrentas. Moído, virando a cabeça com dificuldade, eu distinguia nas costelas grandes lanhos vermelhos. Deitaram-me, enrolaram-me em panos molhados com água de sal – e houve uma discussão na família. Minha avó, que nos visitava, condenou o procedimento da filha e esta afligiu-se. Irritada, ferira-me à toa, sem querer. Não guardei ódio a minha mãe: o culpado era o nó.

RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro. Record, 1998.

Num texto narrativo, a sequência dos fatos contribui para a progressão temática. No fragmento, esse processo é indicado pela

a) alternância das pessoas do discurso que determinam o foco narrativo.
b) utilização de formas verbais que marcam tempos narrativos variados.
c) indeterminação dos sujeitos de ações que caracterizam os eventos narrados.
d) justaposição de frases que relacionam semanticamente os acontecimentos narrados.
e) recorrência de expressões adverbiais que organizam temporalmente a narrativa.

Alternativa correta: b) utilização de formas verbais que marcam tempos narrativos variados.

a) ERRADA. A alternância das pessoas não contribui para a progressão do texto.

b) CORRETA. "Surrou-me, virando, distinguia, ferira-me" são exemplos de formas verbais que constam no texto e que promovem a sua progressão.

c) ERRADA. Embora nas orações "Deitaram-me, enrolaram-me..." os sujeitos sejam indeterminados, não é essa característica que promove a progressão do texto.

d) ERRADA. A relação semântica é importante para que um texto se desenvolva de forma natural. Isso quer dizer que um texto, para ser coerente, não pode começar informando algo e mudar o tema central sem que o leitor seja informado para essa mudança. Apesar disso, são as formas verbais (alternativa b) que mais contribuem para a progressão temática desse texto.

e) ERRADA. As locuções adverbiais, ou expressões adverbiais - como menciona a alternativa - não são recorrentes no texto. A única ocorrência é no início do texto ("Certa vez").

Questão 6

(Enem/2018)

questão de intertextualidade enem
ROSA, R. Grande sertão: veredas: adaptação da obra de João Guimarães Rosa. São Paulo: Globo, 2014 (adaptado)

A imagem integra uma adaptação em quadrinhos da obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. Na representação gráfica, a inter-relação de diferentes linguagens caracteriza-se por

a) romper com a linearidade das ações da narrativa literária.
b) ilustrar de modo fidedigno passagens representativas da história.
c) articular a tensão do romance à desproporcionalidade das formas.
d) potencializar a dramaticidade do episódio com recursos das artes visuais.
e) desconstruir a diagramação do texto literário pelo desequilíbrio da composição.

Alternativa correta: d) potencializar a dramaticidade do episódio com recursos das artes visuais.

a) ERRADA. Nem todas as narrativas são lineares. Quanto ao enredo, o texto narrativo pode ser linear, não linear, psicológico ou cronológico.

b) ERRADA. Apesar de a imagem ser uma intertextualidade explícita, porque é uma adaptação de Grande sertão: veredas, não é a fidedignidade que caracteriza esse recurso, afinal há intertextualidade implícita.

c) ERRADA. A intertextualidade não se caracteriza por articular aspectos, como tensão do texto. A intertextualidade é a simples relação entre textos, as quais podem acontecer de várias formas - escritas, visuais, entre outras.

d) CORRETA. O texto em questão apresenta linguagem mista, ou seja, utiliza linguagem verbal (palavras) e não-verbal (signos visuais). Ao ganhar uma versão em quadrinhos, a emblemática obra de Guimarães Rosa consegue transmitir de forma mais intensa o drama tratado nesse romance.

e) ERRADA. A intertextualidade não visa desconstruir um texto, mas sim, estabelecer uma relação com um ou mais textos.

Questão 7

(Enem/2018)

Mais big do que bang

A comunidade científica mundial recebeu, na semana passada, a confirmação oficial de uma descoberta sobre a qual se falava com enorme expectativa há alguns meses. Pesquisadores do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian revelaram ter obtido a mais forte evidência até agora de que o universo em que vivemos começou mesmo pelo Big Bang, mas este não foi explosão, e sim uma súbita expansão de matéria e energia infinitas concentradas em um ponto microscópico que, sem muitas opções semânticas, os cientistas chamam de “singularidade”. Essa semente cósmica permanecia em estado latente e, sem que exista ainda uma explicação definitiva, começou a inchar rapidamente [...]. No intervalo de um piscar de olhos, por exemplo, seria possível, portanto, que ocorressem mais de 10 trilhões de Big Bangs.

ALLEGRETTI, F. Veja, 26 mar. 2014 (adaptado).

No título proposto para esse texto de divulgação científica, ao dissociar os elementos da expressão Big Bang, a autora revela a intenção de

a) evidenciar a descoberta recente que comprova a explosão de matéria e energia.
b) resumir os resultados de uma pesquisa que trouxe evidências para a teoria do Big Bang.
c) sintetizar a ideia de que a teoria da expansão de matéria e energia substitui a teoria da explosão.
d) destacar a experiência que confirma uma investigação anterior sobre a teoria de matéria e energia.
e) condensar a conclusão de que a explosão de matéria e energia ocorre em um ponto microscópico.

Alternativa correta: c) sintetizar a ideia de que a teoria da expansão de matéria e energia substitui a teoria da explosão.

a) ERRADA. A desconstrução no nome da teoria no título do texto tem o intuito de mostrar algo diferente do que aquilo em que as pessoas acreditavam até agora, ou seja, que o Big Bang não foi uma explosão.

b) ERRADA. O fato de as palavras "big" e "bang" terem sido separadas indica que o texto contém informação nova, e não um resumo com evidências dessa teoria.

c) CORRETA. O título "mais big" (grande, em inglês) está vinculado à ideia de grandeza, de expansão, que é o que o estudo revela, ou seja, que o Big Bang teria sido "uma súbita expansão de matéria e energia infinitas concentradas em um ponto microscópico", e não uma explosão, como se acreditou durante tanto tempo.

d) ERRADA. O intuito do título é bem claro no que respeita à intenção de informar algo especificamente sobre o Big Bang, e não de qualquer teoria de matéria e energia.

e) ERRADA. Os estudo revelam justamente que o Big Bang não teria sido uma explosão, mas uma expansão, ao contrário do que se acreditava até então.

Questão 8

(Enem/2018)

Somente uns tufos secos de capim empedrados crescem na silenciosa baixada que se perde de vista. Somente uma árvore, grande e esgalhada mas com pouquíssimas folhas, abre-se em farrapos de sombra. Único ser nas cercanias, a mulher é magra, ossuda, seu rosto está lanhado de vento. Não se vê o cabelo, coberto por um pano desidratado. Mas seus olhos, a boca, a pele – tudo é de uma aridez sufocante. Ela está de pé. A seu lado está uma pedra. O sol explode.

Ela estava de pé no fim do mundo. Como se andasse para aquela baixada largando para trás suas noções de si mesma. Não tem retratos na memória. Desapossada e despojada, não se abate em autoacusações e remorsos. Vive.

Sua sombra somente é que lhe faz companhia. Sua sombra, que se derrama em traços grossos na areia, é que adoça como um gesto a claridade esquelética. A mulher esvaziada emudece, se dessangra, se cristaliza, se mineraliza. Já é quase de pedra como a pedra a seu lado. Mas os traços de sua sombra caminham e, tornando-se mais longos e finos, esticam-se para os farrapos de sombra da ossatura da árvore, com os quais se enlaçam.

FRÓES, L. Vertigens: obra reunida. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Na apresentação da paisagem e da personagem, o narrador estabelece uma correlação de sentidos em que esses elementos se entrelaçam. Nesse processo, a condição humana configura-se

a) amalgamada pelo processo comum de desertificação e de solidão.
b) fortalecida pela adversidade extensiva à terra e aos seres vivos.
c) redimensionada pela intensidade da luz e da exuberância local.
d) imersa num drama existencial de identidade e de origem.
e) imobilizada pela escassez e pela opressão do ambiente.

Alternativa correta: a) amalgamada pelo processo comum de desertificação e de solidão.

a) CORRETA. O trecho final do texto descreve bem esse processo, em que paisagem e personagem parecem misturar-se como algo único: "Já é quase de pedra como a pedra a seu lado. Mas os traços de sua sombra caminham e, tornando-se mais longos e finos, esticam-se para os farrapos de sombra da ossatura da árvore, com os quais se enlaçam."

b) ERRADA. O texto não mostra uma mulher forte, mas numa condição conformada à situação: "Desapossada e despojada, não se abate em autoacusações e remorsos. Vive.".

c) ERRADA. A paisagem é simples, sem evidência de qualquer exuberância local: "Somente uns tufos secos de capim empedrados crescem na silenciosa baixada que se perde de vista.".

d) ERRADA. O texto não contém qualquer questionamento que evidencie drama existencial por parte da personagem. Pelo contrário, a mulher assume uma postura conformada, tal como já referido: "Desapossada e despojada, não se abate em autoacusações e remorsos."

e) ERRADA. O texto revela, sim, a escassez do ambiente, condição que oprime a mulher. Apesar disso, a personagem passa por um processo de fundição com a paisagem, tal como consta na alternativa a).

Questão 9

(Enem/2018)

campanha reciclagem questão enem
Disponível em: www.separeolixo.gov.br. Acesso em: 4 dez. 2017 (adaptado)

Nessa campanha, a principal estratégia para convencer o leitor a fazer a reciclagem do lixo é a utilização da linguagem não verbal como argumento para

a) reaproveitamento de material.
b) facilidade na separação do lixo.
c) melhoria da condição do catador.
d) preservação de recursos naturais.
e) geração de renda para o trabalhador.

Alternativa correta: a) reaproveitamento de material.

a) CORRETA. Agulha, tesoura, linha e fita métrica junto da garrafa PET dão a indicação de como o plástico pode virar tecido e é disso que a campanha pretende convencer o leitor.

b) ERRADA. Apesar de conter dois cestos - seco e úmido - o destaque da imagem é para a garrafa PET com objetos utilizados na costura, ou seja, o reaproveitamento, e não a separação do lixo.

c) ERRADA. A linguagem não-verbal não faz referências aos catadores de lixo, que são mencionados apenas no conteúdo escrito ("Separar o lixo facilita o trabalho dos catadores...").

d) ERRADA. A imagem acima não faz qualquer menção a recursos naturais. Já no que respeita à linguagem verbal, o texto termina com "Assim, você ajuda a gerar renda para quem precisa e poupa recursos naturais."

E) ERRADA. A campanha, no que respeita à linguagem não-verbal, não promove qualquer relação com geração de renda.

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Para praticar:

Márcia Fernandes
Márcia Fernandes
Professora, produz conteúdos educativos (de língua portuguesa e também relacionados a datas comemorativas) desde 2015. Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Santos (habilitação para Ensino Fundamental II e Ensino Médio) e formada no Curso de Magistério (habilitação para Educação Infantil e Ensino Fundamental I).