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Temas de redação para treinar (com textos motivadores e propostas)

Márcia Fernandes
Márcia Fernandes
Professora de Língua Portuguesa e Literatura

Pratique redação com os temas seguintes. Todos estão acompanhados de textos motivadores e devem ser escritos conforme a proposta de redação abaixo.

TEMA 1: O papel transformador da arte na sociedade e o reconhecimento do artista

TEMA 2: Os impactos das redes sociais na saúde mental e a responsabilidade das plataformas digitais

TEMA 3: O impacto das fake news na sociedade contemporânea

TEMA 4: Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil (Enem 2023)

TEMA 5: Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil (Enem 2022)

Proposta de redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre esses temas, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Tema 1: O papel transformador da arte na sociedade e o reconhecimento do artista

TEXTO I

“A arte promove a reflexão, pega nas pessoas, e alcança muito rapidamente todo mundo”, afirmou May Solimar, que produziu as artes do calendário 2024 da Oxfam Brasil. (...) “Toda produção tem um quê de ativismo, porque é uma manifestação de subjetividades de indivíduos para a sociedade.” (...)

Para o professor Renato Almeida, que também é artista plástico, toda atitude que tomamos na sociedade é uma atitude política – das mais simples às mais complexas. “O mesmo acontece com a arte, que é mais um aspecto da sociedade, e vai sendo construído de acordo com as escolhas feitas pelo artista”, afirmou, lembrando que para as populações periféricas, não basta apenas estar nos espaços culturais e artísticos existentes na cidade, porque esses locais, em geral, não são ‘convidativos’.

Disponível em: https://www.oxfam.org.br/noticias/o-papel-da-arte-na-discussao-sobre-as-desigualdade-e-tema-de-debate-promovido-pela-oxfam-brasil/. Acesso em: 24 de jun.2024 (adaptado).

TEXTO II

A arte continua salvando

Assim como na pandemia, vivendo a atual situação da crise climática, lembrei de como as artes têm o poder de ser luz em tempos difíceis. Foi nos livros, nos filmes, nas muitas lives de músicos, grupos de teatro, dançarinos e contadores de histórias que a maioria de nós encontrou momentos de respiro e leveza. Contudo, pessoas por trás dos talentos que nos proporcionam esse alento também sentem o impacto do momento.

Se de um lado grandes nomes das artes estão engajados em lives e shows solidários para angariar recursos aos mais afetados pelas enchentes no Estado, de outro temos muitos representantes da classe diretamente atingidos pelos alagamentos e também afetados indiretamente pela interrupção de atividades nos espaços culturais e pelo corte de seus sustentos. (...)

Eu sempre me orgulhei do papel do Sistema Fecomércio-RS, por meio do seu braço social, em fomentar as artes. E é com esse sentimento que o Sesc-RS lança o Tchê Acolhe Cultura, com medidas para auxiliar nesse segmento tão relevante. Com uma convocação pública para 60 projetos, viabilizaremos circuitos com teatro, música, dança, circo e literatura por 30 cidades do interior gaúcho ao longo dos próximos meses.

Formatamos, ainda, um edital de ocupação do Teatro do Sesc Alberto Bins, na Capital, para ampliar o retorno de bilheteria. Nesse espaço, oportunizamos uma agenda de atrações da região, com ingressos por meio de doações de alimentos ou produtos de higiene e limpeza, repassados à classe artística. (...)

Esse incentivo vai além dos artistas e do público que é contemplado por seus talentos. Faz girar uma ampla rede econômica de técnicos, figurinistas, transporte, hospedagem, alimentação e diversos outros profissionais que também sentem o impacto do momento. Afinal, estamos todos em um grande ciclo entre quem consome, faz e ajuda a fazer arte. E ele merece todo o nosso apoio.

Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2024/06/a-arte-continua-salvando-clxjhffa3006e013ychhfg4c2.html. Acesso em: 24 de jun.2024 (adaptado).

TEXTO III

charge sobre importância e da arte e do artista

https://arte-e-desenvolvimento.webnode.page/charges/#&gid=1&pid=7. Acesso em: 24 de jun.2024.

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Tema 2: Os impactos das redes sociais na saúde mental e a responsabilidade das plataformas digitais

TEXTO I

Redes sociais deveriam ter alertas como os de cigarro e açúcar; entenda

O cirurgião Vivek Murthy pediu que o Congresso dos EUA aprovasse legislação obrigando as plataformas a apresentarem um aviso sobre os danos que representam à saúde mental dos adolescentes

O cirurgião-geral Vivek Murthy pediu, na semana passada, que o Congresso dos EUA aprove legislação obrigando as plataformas de mídia social a apresentarem um alerta sobre os danos que representam à saúde mental dos adolescentes, depois que o mais alto funcionário de saúde do país deu o alarme no ano passado sobre o impacto das mídias sociais nos jovens.

Para o The New York Times, Murthy disse que uma etiqueta de advertência deveria ser exigida nas plataformas de redes sociais, “afirmando que as redes sociais estão associadas a danos significativos à saúde mental dos adolescentes”.

O rótulo seria semelhante aos exigidos para os produtos de tabaco, que alertam para os impactos na saúde associados ao fumo e ao uso de produtos com nicotina.

Murthy observou que a colocação de rótulos de advertência não “tornaria as mídias sociais seguras para os jovens”, mas destacou estudos que observaram que rótulos de advertência semelhantes para produtos de tabaco mostram que eles “podem aumentar a conscientização e mudar o comportamento”, bem como pesquisas que sugerem que os pais poderiam ser persuadidos por uma etiqueta de advertência a monitorar ou limitar o uso de mídias sociais por seus filhos.

O médico emitiu anteriormente um comunicado em 2023 alertando sobre os impactos do uso das redes sociais na saúde mental dos jovens, que observou que “o conjunto atual de evidências indica que, embora as redes sociais possam trazer benefícios para algumas crianças e adolescentes, existem amplos indicadores de que as redes sociais podem trazer malefícios para algumas crianças e adolescentes”.

Disponível em: https://forbes.com.br/forbes-tech/2024/06/redes-sociais-deveriam-ter-alertas-como-os-de-cigarro-e-acucar-entenda/. Acesso em: 24 de jun.2024 (adaptado).

TEXTO II

Gráfico referente à utilização da internet por grupo de idade

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/34954-internet-ja-e-acessivel-em-90-0-dos-domicilios-do-pais-em-2021. Acesso em: 24 de jun.2024.

TEXTO III

charge de casal em restaurante usando rede sociais

https://chargesbruno.blogspot.com/. Acesso em: 24 de jun.2024.

Tema 3: O impacto das fake news na sociedade contemporânea

TEXTO I

Como identificar fake news: na dúvida, não compartilhe
Fake news são formas de desinformação estrategicamente disseminadas que ganharam impulso graças à internet

Com a revolução digital, houve um grande aumento da disseminação de notícias falsas (fake news). Para que esses conteúdos atinjam grande público, são usados algoritmos que aumentam seu alcance e repercussão. Além disso, as notícias falsas são compartilhadas com e por pessoas que já acreditam em determinadas ideias, o que torna ainda maior a chance de produzirem posicionamentos radicais entre as pessoas.

Por conta dessas características, a desinformação é estrategicamente usada como arma política na conquista de simpatizantes e votos nas eleições, impedindo o acesso a dados precisos por parte das eleitoras e dos eleitores para que possam tomar decisões conscientes.

Por essa razão, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou a página Fato ou Boato, que integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação; outros Tribunais Regionais Eleitorais também criaram páginas para verificação de notícias falsas. No Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), a Central de Combate à Desinformação ganhou o nome de Gralha Confere.

https://www.tre-pr.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Setembro/como-identificar-fake-news-na-duvida-nao-compartilhe-1. Acesso em: 4 de jul.2024.

TEXTO II

Quase 90% dos brasileiros admitem ter acreditado em fake news
Para 26%, maior risco é a eleição de maus políticos

Quase 90% da população brasileira admite ter acreditado em conteúdos falsos. É o que revela uma pesquisa do Instituto Locomotiva e obtida com exclusividade pela Agência Brasil. Segundo o levantamento, oito em cada dez brasileiros já deu credibilidade a fake news. Mesmo assim, 62% confiam na própria capacidade de diferenciar informações falsas e verdadeiras em um conteúdo.

Sobre o conteúdo das notícias falsas que acreditaram, 64% era sobre venda de produtos, 63% diziam respeito a propostas em campanhas eleitorais, 62% tratavam, de políticas públicas, como vacinação, e 62% falavam de escândalos envolvendo políticos. Há ainda 57% que afirmaram que acreditaram em conteúdos mentirosos sobre economia e 51% em notícias falsas envolvendo segurança pública e sistema penitenciário.

O instituto ouviu 1.032 pessoas com 18 anos de idade ou mais entre os dias 15 e 20 de fevereiro. Na opinião de 65% dos entrevistados, as notícias falsas são distribuídas com a ajuda de robôs e inteligência artificial. A cada dez pessoas, oito reconhecem que há grupos e pessoas pagas para produção e disseminação de notícias falsas.

O maior risco da desinformação para 26% da população é a eleição de maus políticos, enquanto 22% acreditam que o perigo maior e atingir a reputação de alguém e 16% avaliam como maior problema a possibilidade de causar medo na população em relação a própria segurança. Há ainda 12% que veem como maior risco prejudicar os cuidados com a saúde.

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-04/quase-90-dos-brasileiros-admitem-ter-acreditado-em-fake-news. Acesso em: 4 de jul.2024.

TEXTO III

charge sobre fake news

Tema 4: Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil (Enem 2023)

TEXTO I

O trabalho de cuidado não remunerado e mal pago e a crise global da desigualdade

O trabalho de cuidado é essencial para nossas sociedades e para a economia. Ele inclui o trabalho de cuidar de crianças, idosos e pessoas com doenças e deficiências físicas e mentais, bem como o trabalho doméstico diário que inclui cozinhar, limpar, lavar, consertar coisas e buscar água e lenha. Se ninguém investisse tempo, esforços e recursos nessas tarefas diárias essenciais, comunidades, locais de trabalho e economias inteiras ficariam estagnados. Em todo o mundo, o trabalho de cuidado não remunerado e mal pago é desproporcionalmente assumido por mulheres e meninas em situação de pobreza, especialmente por aquelas que pertencem a grupos que, além da discriminação de gênero, sofrem preconceito em decorrência de sua raça, etnia, nacionalidade e sexualidade. As mulheres são responsáveis por mais de três quartos do cuidado não remunerado e compõem dois terços da força de trabalho envolvida em atividades de cuidado remuneradas.

Documento informativo – Tempo de Cuidar. Disponível em: https://www.oxfam.org.br. Acesso em: 18 de jul. de 2023 (adaptado).

TEXTO II

Média de horas dedicadas pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade aos afazeres domésticos e/ou às tarefas de cuidado de pessoas, por sexo

Gráfico usado na redação do Enem 2023_horas de trabalhos domésticos homens e mulheres

TEXTO III

A sociedade brasileira tem passado por inúmeras transformações sociais ao longo das últimas décadas. Entre elas, as percepções sociais a respeito dos valores e das convenções de gênero e a forma como mulheres têm se inserido na sociedade. Algumas permanências, porém, chamam a atenção, como a delegação quase que exclusiva às famílias – e, nestas, às mulheres – de atividades relacionadas à reprodução da vida e da
sociedade, usualmente nominadas trabalho de cuidado.

Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br. Acesso em: 24 maio 2023 (adaptado).

TEXTO IV

Capa de revista usada como texto motivador na redação do Enem 2023

Tema 5: Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil (Enem 2022)

TEXTO I

Você sabe quais são as comunidades e os povos tradicionais brasileiros? Talvez indígenas e quilombolas sejam os primeiros que passam pela cabeça, mas, na verdade, além deles, existem 26 reconhecidos oficialmente e muitos outros que ainda não foram incluídos na legislação.

São pescadores artesanais, quebradeiras de coco babaçu, apanhadores de flores sempre-vivas, caatingueiros, extrativistas, para citar alguns, todos considerados culturalmente diferenciados, capazes de se reconhecerem
entre si.

Para uma pesquisadora da UnB, essas populações consideram a terra como uma mãe, e há uma relação de reciprocidade com a natureza. Nessa troca, a natureza fornece “alimento, um lugar saudável para habitar, para ter água. E elas se responsabilizam por cuidar dela, por tirar dela apenas o suficiente para viver bem e respeitam o tempo de regeneração da própria natureza”, diz.

Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 17 jun. 2022 (adaptado).

TEXTO II

Gráfico usado como texto motivador na redação do Enem 2022_povos tradicionais

TEXTO III

Povos e comunidades tradicionais

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) preside, desde 2007, a Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), criada em 2006. Fruto dos trabalhos da CNPCT, foi instituída, por meio do Decreto nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2017, a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT). A PNPCT foi criada em um contexto de busca de reconhecimento e preservação de outras formas de organização social por parte do Estado.

Disponível em: http://mds.gov.br. Acesso em: 17 jun. 2022 (adaptado).

TEXTO IV

Carta da Amazônia 2021

Aos participantes da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26)

Não podia ser mais estratégico para nós, Povos Indígenas, Populações e Comunidades Tradicionais brasileiras, reafirmarmos a defesa da sociobiodiversidade amazônica neste momento em que o mundo volta a debater a crise climática na COP26. Uma crise que atinge, em todos os contextos, os viventes da Terra!

Nossos territórios protegidos e direitos respeitados são as reivindicações dos movimentos sociais e ambientais brasileiros.

Não compactuamos com qualquer tentativa e estratégia baseada somente na lógica do mercado, com empresas que apoiam legislações ambientais que ameaçam nossos direitos e com mecanismos de financiamento que não
condizem com a realidade dos nossos territórios.

Propomos o que temos de melhor: a experiência das nossas sociedades e culturas históricas, construídas com base em nossos saberes tradicionais e ancestrais, além de nosso profundo conhecimento da natureza.

Inovação, para nós, não pode resultar em processos que venham a ameaçar nossos territórios, nossas formas tradicionais e harmônicas de viver e produzir.

Amazônia, Brasil, 20 de outubro de 2021.

Entidades signatárias: CNS; Coiab; Conaq; MIQCB; Coica; ANA Amazônia e Confrem

Disponível em: https://s3.amazonaws.com. Acesso em: 17 jun. 2022 (adaptado).

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Márcia Fernandes
Márcia Fernandes
Professora, produz conteúdos educativos desde 2015. Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Santos (habilitação para Ensino Fundamental II e Ensino Médio) e formada no Curso de Magistério (habilitação para Educação Infantil e Ensino Fundamental I).