Alexandre, o Grande: quem foi e seu império (em resumo)

Lucas Pereira
Revisão por Lucas Pereira
Professor de História

Alexandre Magno (ou Alexandre, o Grande), nasceu em 356 a.C., na Macedônia, ao norte da Grécia, foi príncipe e rei da Macedônia.

Conquistou um dos maiores impérios do mundo, com território compreendido da Macedônia até a Índia.

Alexandre era filho de Filipe II, rei da Macedônia, e lhe ensinou a arte da guerra. Sua mãe Olímpia era uma devota seguidora do deus Baco e dizia ao filho que seu verdadeiro pai era Zeus.

Durante sua adolescência, a Macedônia era um território periférico da Magna Grécia, e Alexandre foi aluno do filósofo Aristóteles, assimilando valores da cultura grega.

Quando o rei Filipe II foi assassinado em 336 a.C., Alexandre tornou-se rei dos macedônios e assumiu os postos de chefe da Liga de Corinto (união de várias cidades-estado gregas) e de comandante do exército macedônio.

Em seguida, partiu para a expansão territorial do seu reino, tomando a Ásia Menor, a Pérsia e chegando até as margens do rio Indo na Índia.

Enquanto submetia os reinos, fundava cidades com o nome de Alexandria que se tornaram centro de difusão da cultura grega no Oriente. A mais famosa delas, no Egito, abrigou a mais importante biblioteca da Antiguidade.

Casou-se três vezes a fim de reforçar as alianças com os reinos persas. Embora tenha tido dois filhos, ambos foram assassinados ainda crianças, por rivais de Alexandre.

Seu vasto império durou doze anos e se fragmentou após sua morte, ocorrida em 323 a.C.

Apesar disso, o império de Alexandre aproximou o mundo ocidental e o oriental, e espalhou os valores gregos de virtude e beleza no território asiático.

Império de Alexandre Magno

Alexandre Magno ou Alexandre, o Grande, assumiu o reino da Macedônia após a morte do pai. Uma vez consolidado o poder dentro do mundo grego, marchou para conquistar o Oriente.

Para tal, era necessário conquistar o Império Persa, localizado entre a Grécia e o Oriente Asiático. Era uma região muito cobiçada pelos gregos, mas o poder militar dos persas sempre impediu a expansão dos helenos.

No ano de 334 a.C., Alexandre atravessou o Helesponto, faixa de mar entre a Grécia europeia e a Grécia asiática, e apossou-se da Ásia Menor.

Em seguida, venceu o exército persa, comandado pelo próprio rei Dario III. Dirigiu-se para a Fenícia, onde tomou o porto de Tiro. Marchou para o Egito, que era dominado também pelos persas e ali se fez coroar faraó. Diante do poder de Alexandre Magno, Dario III propôs um acordo de paz, porém este foi recusado.

Em 331 a.C. os persas foram vencidos definitivamente. Como imperador, Alexandre avançou para as principais cidades persas como Babilônia, Susa e Persépolis.

O exército de Alexandre prosseguiu e chegou à Índia, onde percorreu a região do rio Indo. Ao tentar avançar mais a leste para atravessar a Índia, sofreu sua primeira e única derrota: a recusa de seu exército de continuar. Cansados dos oito anos de luta, seus guerreiros queriam voltar para casa.

Administração do império de Alexandre Magno

Para administrar o seu vasto império, Alexandre Magno buscou incorporar elementos da cultura asiática à maneira de governar dos gregos.

Isso gerou alguns conflitos, pois os gregos e os macedônios não concordavam que um ser humano fosse uma divindade. Para os gregos, todas as pessoas possuíam capacidade de ser virtuosas e não se deixariam dominar por um tirano.

A esta fusão de elementos da cultura oriental com a grega se deu o nome de cultura helenística. Para consolidar seu poder, Alexandre também não hesitou em se casar três vezes com princesas locais.

Na administração, o ouro persa foi absorvido na cunhagem de moedas que circulavam por todo o império. Os caminhos da conquista viraram estradas; e nas diversas Alexandrias que fundou, surgiram centros de cultura e comércio.

A maioria dos governantes regionais foi mantida, mas passou a ser supervisionada. Cada grupo de província tinha um responsável pelas finanças, que prestava contas a Babilônia, onde Hárpalo, homem de confiança do imperador, dirigia a economia.

Exército de Alexandre Magno

Alexandre Magno teve um exército poderoso – a falange – formação militar típica da Macedônia, aperfeiçoada por Filipe II. Era composta por várias fileiras laterais de soldados armados com uma lança de cinco a sete metros (sarissa).

Os soldados ficavam formados em filas de seis cada uma e somavam nove mil homens. Estes eram distribuídos em seis batalhões formando uma verdadeira parede de lanças.

A infantaria era composta por soldados da Liga de Corinto, enquanto a cavalaria era uma das partes mais experientes, pois reunia soldados com várias gerações de lutas.

Havia também batalhões de arqueiros e lançadores de azagaias (lanças curtas de arremesso), além de grupos especiais formados por cartógrafos, engenheiros e científicos que eram capazes de construir máquinas para transpor qualquer outro obstáculo.

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Morte de Alexandre Magno

Alexandre Magno morreu em 323 a.C. com 32 anos, deixando um dos mais vastos impérios conhecidos até então. Como seus filhos ainda eram pequenos, o império de Alexandre acabou dividido entre seus principais generais.

Até hoje, os historiadores especulam sobre a causa da sua morte. Alguns pensam que ele teria sido envenenado por um inimigo, enquanto outros sustentam que ele contraiu malária durante a viagem para Babilônia.

Logo seu vasto e heterogêneo império se desagregaria. Nos séculos II e I a.C., os reinos helenísticos no Ocidente e na Ásia Menor aos poucos foram conquistados pelos romanos, que se tornaram sucessores do império criado por Alexandre Magno.

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Referências Bibliográficas

ARRUDA, José Jobson de A. e PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Editora Ática. 2007.

MARTIN, Thomas e BLACKWELL, Christopher. Alexandre, o Grande: um homem e seu tempo. São Paulo: Zahar, 2020.

Lucas Pereira
Revisão por Lucas Pereira
Bacharel e Licenciado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2013), com mestrado em Ensino de História pela mesma instituição (2020). Atua como professor de História na educação básica e em cursos pré-vestibulares desde 2013. Desde 2016, também desenvolve conteúdos educativos na área de História.
Juliana Bezerra
Edição por Juliana Bezerra
Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.