Deus Apolo

Lucas Pereira
Lucas Pereira
Professor de História

Apolo é um deus da mitologia greco-romana, considerado um dos maiores deuses do Olimpo.

Ele é venerado como o deus da luz, da profecia, da poesia, das artes, da música, da cura, da juventude, da verdade, do tiro ao alvo e da peste. Também é frequentemente associado ao Sol, embora, mais precisamente, Hélios fosse o deus-sol na mitologia grega.

Um dos deuses mais cultuados na Grécia Antiga, Apolo era, ao mesmo tempo, venerado e temido. Afinal, por um lado, era ligado à verdade, à beleza e à música, mas também às pestes, à morte súbita e dotado de uma crueldade única.

Representação de Apolo

A representação mais comum de Apolo é de um homem nu, jovem, bonito e brilhante, na qual remete a ideia de ele que fosse a própria luz do Sol. Seus objetos tradicionais são o arco de prata, a lira, o ramo de louro e o corvo, animal muito ligado a seu culto.

Estátua do Deus Apolo
Estátua de Apolo exposta no museu Pio Clementino, no Vaticano

História de Apolo

Filho de Zeus e Leto, Apolo nasceu na ilha de Delos, quando sua mãe se escondia da esposa de Zeus, Hera.

Era irmão gêmeo de Ártemis, a deusa da caça e dos animais selvagens. Além disso, Apolo era irmão de Hermes, Hefesto, Ares e Atena.

Um ano após seu nascimento, Apolo foi a Delfos, onde matou Píton, uma criatura temida que servia de guardiã do antigo oráculo de Têmis, filha de Gaia. Para se redimir com Gaia pela morte de Píton, Apolo teria criado os Jogos Píticos, um dos eventos celebrados na Grécia a cada quatro anos, assim como as Olimpíadas.

Assim que nasceu, ele foi alimentado com néctar dos deuses e ambrosia. O alimento o transformou diretamente de bebê para homem. Com apenas um ano de idade, ele derrotou a serpente píton, que tentava atacar sua mãe.

Auxiliou os troianos na Guerra de Troia, salvando em mais de uma ocasião os guerreiros Eneias, Glauco e Hector.

Além disso, enviou uma praga mortífera contra o exército grego, pois Agamenon, líder dessas tropas, havia sequestrado a filha de um importante sacerdote de Apolo. Também por seu intermédio, Paris conseguiu acertar com uma flecha o calcanhar de Aquiles, resultando em sua derrota.

Em sua homenagem, coroas de louros foram jogadas aos seus pés. O louro é, ainda hoje, a representação do triunfo nos jogos olímpicos.

Apolo e Dafne

Apolo foi pai de muitos deuses, entre eles Aristeu e Asclépios, embora não tenha tido muita sorte no amor. Teve diversos envolvimentos amorosos tanto com mulheres, quanto com homens.

Uma de suas histórias de amor mais emblemáticas é com a ninfa Dafne, filha do rio-deus Penéio.

Como Apolo era um ótimo deus arqueiro, ele desafiou o deus Eros (mais conhecido por nós como o Cupido), afirmando que suas flechas eram mais poderosas que as dele.

Para provar seu poder, Eros acertou seu coração com uma flecha de ouro, que o levou a amar perdidamente Dafne. Por sua vez, ele atirou nela uma flecha de chumbo e como consequência, ela passou a repudiar Apolo.

Assim, Apolo foi desprezado por Dafne, que contrariada por suas constantes investidas, pediu para seu pai que a transformasse em um loureiro.

Apolo e Dafne
Escultura de Gian Lorenzo Bernini que traduz o momento de transformação de Dafne

Curiosidades sobre Apolo

Apolo foi o único deus a ter o mesmo nome na mitologia grega e romana.

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche utilizou a figura de Apolo como representação da ordem e do gênio racional humano, contrapondo-o ao caos e ao lado mais emotivo, representado pelo deus Dionísio.

Apolo é um personagem importante da obra Ilíada e foi citado no poema Odisseia, ambos do poeta grego Homero.

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Referências Bibliográficas

HAMILTON, Edith. Mitologia [recurso eletrônico]. Rio de Janeiro: Sextante, 2022.

KURY, Mario da Gama. Dicionário de Mitologia grega e romana. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

NIETZSCHE, Friedrich. A origem da tragédia. São Paulo: Ed. Centauro, 2004.

Lucas Pereira
Lucas Pereira
Bacharel e Licenciado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2013), com mestrado em Ensino de História pela mesma instituição (2020). Atua como professor de História na educação básica e em cursos pré-vestibulares desde 2013. Desde 2016, também desenvolve conteúdos educativos na área de História.