El Niño: características desse fenômeno da natureza

O El Niño ou o El Niño Oscilação Sul (ENOS) é um fenômeno da natureza que acontece de forma irregular, com frequência de 2 a 7 anos, e gera alterações climáticas nas porções central e leste do Oceano Pacífico Equatorial.

Ocorre durante 3 a 4 meses no hemisfério sul e abrange os países circundantes do oceano Pacífico, tal qual a região entre a Indonésia, a Austrália e a costa do Peru.

Vale observar que seu nome “El Niño”, do espanhol, significa “o menino”. Essa designação decorre da época em que o mesmo acontece, próximo do nascimento do Menino Jesus (25 de dezembro), no final do ano.

Resumo sobre o El Niño

Registrado desde 1877, o El Niño tornou-se tema na pauta dos meteorologistas. Isso aconteceu mais precisamente no final da década de 90, uma vez que nos anos de 1997 e 1998 constatou-se um forte El Niño na costa oeste da América do Sul, com elevação de quase dois graus e meio do oceano.

Segundo pesquisas, para o ano de 2014 estaria previsto outro intenso evento, fato que não chegou a ocorrer.

Entretanto, foi em 1982 e 1983 que foi registrado o mais forte El Niño, com um aquecimento de aproximadamente 6 °C da temperatura do Oceano Pacífico.

El Niño

Note que para que seja considerado “El Niño”, o fenômeno tem de perdurar pelo menos 3 meses, de forma que a temperatura do mar tende a elevar-se no mínimo meio grau.

O El Niño assinala o aquecimento das águas climáticas do oceano pacífico, uma vez que os ventos alísios (ventos que sopram nos trópicos na região do Equador de leste para oeste) diminuem e, assim, provocam o aquecimento das águas marítimas.

Isso afeta as regiões próximas, resultando na falta ou excesso de chuvas e elevações da temperatura. Assim, a corrente de Humbolt afeta a costa de países latino-americanos tal qual o Peru e o Chile.

Para os pescadores da região, esse fenômeno além de abalar o clima, afeta a economia. Isso porque há grande redução de peixes e outros animais marinhos durante a ocorrência do El Niño.

El Niño no Brasil

O El Niño afeta grande parte do globo terrestre, ocasionando mudanças climáticas consideráveis, desde o aquecimento demasiado ou a umidade intensa.

No Brasil, o fenômeno afeta o índice pluviométrico de determinadas regiões, além do que é responsável pelo aumento das temperaturas.

Dessa forma, no norte e nordeste do país são intensificados os períodos de seca e estiagem. Isso desequilibra a fauna e a flora locais, acarretando um maior número de queimadas.

Enquanto isso, nas regiões sudeste e sul do país, ocorre um grande aumento da quantidade de chuvas. Isso, de certo modo, também afeta a natureza circundante com desmoronamentos, enchentes, elevação dos níveis dos rios, dentre outras.

El Niño no Mundo

Outras regiões do globo são afetadas pelo El Niño, como: as ilhas do Pacífico, Austrália, Índia, Indonésia e Sudeste da África.

Elas sofrem com a queda do índice pluviométrico durante o verão, que normalmente seria mais úmido, o que gera perdas significativas da fauna e da flora.

Da mesma forma, alguns países da América do Sul sofrem com a falta de chuvas e aumento de temperaturas por exemplo, o Chile, a Bolívia, e o Peru.

Por sua vez, na costa oeste da América do Sul e na América do norte, países como o Canadá e os Estados Unidos sofrem com o aumento notório das chuvas, o que tem levado a inúmeras catástrofes e enchentes.

La Niña

Outro fenômeno atmosférico-oceânico que apresenta características opostas ao El Niño é denominado de La Niña (que significa “menina”, em espanhol).

Nesse fenômeno, ocorre o resfriamento anormal das águas do oceano por períodos de aproximadamente 9 a 12 meses, resultado do aumento da intensidade dos ventos alísios.

Da mesma maneira que o El Niño, esse fenômeno ocorre de forma irregular, ou seja de 2 a 7 anos. Os episódios mais recentes e significativos do La Niña ocorreram nos anos de 1988-1989 (um dos mais intensos), em 1995-1996 e em 1998-1999.

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