Fases da Primeira Guerra Mundial

Juliana Bezerra
Juliana Bezerra
Professora de História

Para fins de estudo, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) é dividida em 3 fases:

  1. Guerra de Movimento (1914)
  2. Guerra de Posição ou de Trincheiras (1915-1917)
  3. Segunda Guerra de Movimento/Fase Final (1918)

Guerra de Movimento (1914)

Nos primeiros meses da guerra, a estratégia de movimentação de tropas foi amplamente utilizada para tomada de posições no front.

Os alemães se movimentaram rapidamente e em poucas semanas estão a menos de 50 km de Paris. Por sua parte, o general francês Joffre, consegue rechaçar o avanço na sangrenta batalha do Marne, em 1914.

A estratégia da guerra seguia os moldes do século XIX: um ataque da carga de cavalaria, acompanhada pela infantaria. No entanto, os tempos haviam mudado e não se mostrou eficiente diante das posições defendidas por metralhadoras pela cobertura da artilharia.

Aos poucos, os exércitos adotaram o mecanismo de trincheiras cavadas ao longo de toda a frente de combate.

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Guerra de Posição ou de Trincheiras (1915-1917)

A segunda fase da guerra foi marcada pela Guerra de Trincheiras ou de Posição.

Sem conseguir romper as linhas de defesa inimigas, os beligerantes desejam conservar a qualquer preço as posições conquistadas.

As trincheiras são, portanto, uma estratégia defensiva, inicialmente adotada pelos exércitos alemães, foi utilizada também pelos aliados.

As trincheiras eram verdadeiros complexos defensivos compostos por túneis e valas. Ali, durante meses, milhares de soldados lutavam, comiam e dormiam, abrigados dos tiros.

Contudo, estavam expostos aos projéteis de artilharia, armas químicas e ataques aéreos, além das intempéries e doenças causadas pelo ambiente insalubre. A cada duas semanas os soldados que ficavam nas trincheiras eram trocados pelos da retaguarda.

Saiba quais foram as Principais Batalhas da Primeira Guerra Mundial.

Guerra de Trincheiras
Soldados franceses numa trincheira

À frente das trincheiras, o terreno era coberto com estacas e uma proteção de arame farpado. Poucas centenas de metros separavam as linhas inimigas formando entre elas um terreno acidentado.

Deste modo, muitos soldados sucumbiram presos às cercas de arame, alvejados por metralhadoras ou tiros de canhões. Os feridos só podiam ser resgatados à noite e, mesmo assim, era uma operação muito perigosa.

Foi o período mais sangrento da guerra, onde as batalhas duravam semanas ou até meses, com a perda e retomada de posições e um saldo grande de baixas para ambas as partes. Igualmente, não se verificou conquistas de posições significativos para os beligerantes.

Essa estratégia manteve-se eficaz até a utilização de tanques de guerra, pelos ingleses, em 1916, quando conseguiram romper as defesas das trincheiras.

1917

O ano de 1917 é um marco na guerra.

Ocorre a Revolução Russa onde o Imperador Nicolau II e sua família são presos. O novo governo, de orientação socialista, decide-se retirar-se do campo de batalha assinando o Tratado de Brest-Litovski com os alemães.

Igualmente é o ano que os Estados Unidos entra na guerra ao lado das Potências Aliadas.

Segunda Guerra de Movimento/Fase Final (1918)

Com a ajuda dos Estados Unidos, os Aliados voltam a ter a iniciativa da guerra. Mesmo assim, os exércitos ainda enfrentam batalhas duríssimas onde as baixas de ambos lados são enormes.

A mais célebre delas, talvez seja a segunda batalha do Marne, onde os alemães foram expulsos do território francês.

Fases da Primeira Guerra Batalha Marne
A batalha do Marne fez os alemães recuarem para seu país

Sem conseguir o apoio popular e dos seus próprio oficiais, o Kaiser Wilhelm II teve que aceitar os termos de rendição. Diante da revolta Espartaquista, que eclodiu em Berlim, o Kaiser renuncia e se retira à Holanda.

A paz foi assinada em 11 de novembro de 1918 pondo fim a quatro anos de sangrentos conflitos.

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Juliana Bezerra
Juliana Bezerra
Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.