Modernismo no Brasil: Características e Contexto Histórico

Daniela Diana
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras

O movimento modernista no Brasil ocorreu em três períodos que vão de 1922 a 1945. O Modernismo foi o reflexo da história política e social do País.

É a partir da Semana de Arte Moderna que o Modernismo toma consistência no Brasil.

Nesse momento, temos a literatura e a arte como resultado das mudanças na política, economia, cultura e sociedade brasileiras.

Características e fases do Modernismo

  1. Primeira fase do Modernismo: reconstrução da cultura brasileira, revisão crítica do passado histórico e das questões culturais, abolição da visão de colonizados, nacionalismo crítico, ironia, linguagem coloquial, crítica social.
  2. Segunda fase do Modernismo: interesse por temas nacionalistas, romance focado diretamente nos fatos, romance de caráter documental. Na poesia: pessimismo, individualismo, isolamento
  3. Terceira fase do Modernismo: regionalismo universal, objetivismo, influência do Simbolismo e do Parnasianismo, valorização da métrica e da rima, metalinguagem.

Contexto histórico do Modernismo

No início do século XX, o Brasil vivia o início da República Velha (1894-1930). Esse momento esteve representado pelos interesses das oligarquias rurais na prática da chamada de "política do café com leite".

Em paralelo, o Brasil recebia entre 1871 e 1920, cerca de milhões de imigrantes de origem italiana e japonesa. O destino eram as lavouras de café ou as indústrias de São Paulo.

As grandes cidades passavam a registrar problemas da marginalização dos ex-escravos e a formação de um proletariado constituído pela mão-de-obra estrangeira.

A mão-de-obra também passa a ser empregada nas fábricas. Isso porque com a Primeira Guerra Mundial, a importação de produtos foi dificultada e o País precisou desenvolver seu parque fabril.

As ideias anarquistas ganham publicidade em jornais operários a partir de 1917, como reflexo da agitação política e os efeitos da Revolução Russa, ocorrida naquele ano. É neste contexto que São Paulo vira palco da primeira greve geral.

Em 1922, o Tenentismo passa a influenciar toda a política da década de 20. Ao fim da década, em 1929, ocorre a quebra da Bolsa de Nova York. Em consequência, o principal produto de exportação do País, o café, sofre uma intensa crise.

O País vive a Revolução de 30 e, até 1945 dura a Era Vargas, indutora de transformações políticas e econômicas.

É esse contexto histórico que leva o Brasil à modernidade do século XX, impondo o rompimento com o século anterior.

O pré-modernismo

O Pré-Modernismo marcou a transição entre o Simbolismo e o Modernismo e foi marcado pela existência de várias tendências da arte. Por isso, é considerado um sincretismo cultural.

Teve como características: interesse pela realidade brasileira, preferência por assuntos do cotidiano nacional e de caráter social, linguagem simples e coloquial.

A semana de arte moderna

A Semana de arte moderna ocorreu em São Paulo, em 1922, e marca o primeiro momento Modernista do Brasil.

Representou um divisor de águas na cultura brasileira, gerando transformações profundas e solidificando o Modernismo no País.

O pós-modernismo

O Pós-Modernismo é o movimento artístico registrado após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

É considerado um período multifacetado das manifestações artísticas. Entre suas características estão: individualismo, pluralidade, liberdade de expressão e espontaneidade.

Saiba mais sobre o Modernismo:

Assista também um vídeo sobre a Semana de Arte Moderna:

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Daniela Diana
Daniela Diana
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.