Totalitarismo e Autoritarismo

Juliana Bezerra
Juliana Bezerra
Professora de História

Totalitarismo é um regime de governo surgido após a Primeira Guerra Mundial na Itália, Alemanha e União Soviética. Nos regimes totalitários verificamos a existência de um só partido político e uma ideologia claramente definida.

Já o Autoritarismo é uma característica presente em ditaduras, onde o líder se apoia mais na sua personalidade do que numa ideia política clara.

Totalitarismo

O Totalitarismo é caracterizado por ter um dirigente carismático, que se apoia num único partido e deixa as massas em constante movimento. Também escolhe um inimigo – o “outro” – que deverá ser combatido; e estimula a militarização da sociedade.

O Totalitarismo se utiliza de meios de intimidação para controlar a população como a polícia política, a censura e a delação. A propaganda política também é largamente utilizada para promover os ideais do regime.

Outra marca essencial do Totalitarismo é a anulação da individualidade, pois a população é ensinada que só o bem comum conta e que tudo deve ser feito em nome da pátria. A organização da sociedade é feita a partir de grupos (sindicatos, associações) e não mais do indivíduo.

Com esta mistura de um partido único, um inimigo a odiar, propaganda, anulação da individualidade, se consegue a submissão da sociedade.

Regimes totalitários

Os regimes totalitários surgiram na Europa por conta da crise econômica e política que ocorreu após a Primeira Guerra Mundial.

Nesta época, surgiram correntes políticas que defendiam o uso da força, a eliminação dos partidos políticos e do parlamento como um caminho para tirar os países da crise econômica e política.

O totalitarismo foi implantado na Itália, com Benito Mussolini (1922); na União Soviética, com Josef Stalin (1924); e com Adolf Hitler, na Alemanha (1933).

Autoritarismo

O Autoritarismo é muitas vezes confundido com o Totalitarismo, no entanto, há diferenças importantes.

Uma delas é a questão ideológica. Enquanto no Totalitarismo temos uma ideologia definida como o fascismo, nazismo ou comunismo, no Autoritarismo há mais espaço para várias correntes conviverem.

Por consequência, não existe um partido único, algo crucial nos governos totalitaristas. No Autoritarismo, o líder não se apoia no partido e, por isso, ele mesmo passa a ser a encarnação da ideologia.

No entanto, isso não quer dizer que não haja perseguição ideológica. Os partidos progressistas, por exemplo, eram considerados ilegais em governos autoritários. Afinal, o Autoritarismo é antidemocrático e usa a censura e a propaganda para manter a sociedade coesa.

Regimes autoritários

Como exemplos de regimes autoritários podemos destacar a ditadura franquista, na Espanha e a salazarista, em Portugal.

No Brasil, o governo de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo (1937-1945), também é considerado um regime autoritário.

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Juliana Bezerra
Juliana Bezerra
Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.