Fundamentos do voleibol

Maurício Facchini
Maurício Facchini
Professor de Educação Física

Os fundamentos do voleibol são cinco: saque, ataque, bloqueio, levantamento e recepção.

1. Saque

O saque é considerado o primeiro ataque, pois é o fundamento que dá início ao jogo ou ao rally, que compreende o momento em que o árbitro apita até a marcação de um ponto. Após a marcação do ponto, o rally ou o jogo, inicia-se novamente.

Para executar um saque, o sacador segura a bola com uma mão e com a outra lança por cima da rede em direção à quadra adversária.

saque de vôlei
Jogador fazendo um saque em suspensão

Se a bola tocar na quadra do adversário, a equipe marca ponto; no entanto, se a bola for longe e tocar no chão fora da quadra, a equipe adversária ganha um ponto e inicia o jogo com um novo saque. Por outro lado, quando a bola bate na rede, garante ponto à equipe adversária.

Os principais tipos de saques são:

Saque por baixo: é o saque menos potente. O jogador deve segurar a bola com uma mão e batê-la com a outra, fazendo um movimento de baixo para cima.

Saque por cima: é o saque mais utilizado e no qual a bola é lançada com força. Nesse tipo de saque, o jogador deve lançar a bola para cima, com uma mão, e batê-la com a outra.

Saque em Suspensão: é o saque mais potente. O jogador lança a bola para cima e, saltando, bate nela como se fosse fazer uma cortada, ou seja, num movimento de cima para baixo.

Além desses, também há os seguintes saques: saque lateral e saque lateral por baixo (conhecido como "Jornada nas Estrelas").

2. Ataque

O ataque é o fundamento que geralmente finaliza um rally. Existem vários tipos de ataque: ataque de bola alta nas extremidades, ataque de bola rápida nas extremidades, ataque de bola rápida no meio, ataque de fundo da quadra, ataque de meio.

Ataque no voleibol
Cortada finalizando ataque num jogo de voleibol

O ataque de bola alta nas extremidades é considerado o mais seguro, porque demora mais tempo. Não sendo uma jogada imediata permite aos jogadores estudarem as jogadas em execução. Por esse motivo, esse tipo de ataque também é chamado de “bola de segurança”.

O ataque de fundo é uma boa alternativa, uma vez que não é realizado da zona de ataque, mas sim da zona de defesa, ou seja, da zona de trás da quadra. Daí o nome “ataque de fundo”.

A cortada é um recurso que pode finalizar o fundamento do ataque e que geralmente garante pontos à equipe, decidindo o rally.

3. Bloqueio

O bloqueio é a jogada que tenta impedir que a bola lançada pelo adversário ultrapasse a rede alcançando o lado da quadra da outra equipe. Além disso, o bloqueio tenta direcionar a bola para que ela bata no chão da quadra adversária, marcando assim pontos.

Para tanto, o(s) jogador(es) se posiciona(m) perto da rede para impedir que a bola avance.

Bloqueio no voleibol
Jogadores de vôlei fazendo o bloqueio

As mãos e braços do jogador que faz o bloqueio pode avançar a rede do adversário, mas apenas com o objetivo de bloquear a passagem da bola. Em nenhum outro caso é permitido avançar o espaço do adversário.

4. Levantamento

O levantamento é o fundamento em que os jogadores tentam levantar a bola para auxiliar os atacantes a devolverem a bola para a quadra adversária tentando marcar pontos.

Levantamento no voleibol
Jogador fazendo levantamento numa partida de vôlei de praia

Um bom levantamento pode garantir o sucesso da jogada ofensiva, motivo pelo qual o levantador desempenha um dos papéis mais importantes da equipe.

5. Recepção

A jogada de defesa que recebe o saque é chamada de recepção. Uma recepção bem-feita possibilita um desempenho melhor no ataque da equipe.

A recepção costuma ser realizada através do toque ou da manchete.

Recepção manchete no voleibol
Jogadora de vôlei fazendo a recepção da bola com uma manchete

O toque não é um fundamento, mas sim um recurso que permite colocar os fundamentos do vôlei em prática.

A manchete é um recurso em que o jogador recebe a bola com os antebraços esticados e as duas mãos unidas pelos polegares. Serve para recepcionar saques, bem como para defender ataques e para não deixar uma bola que está abaixo da cintura do jogador cair no chão.

História do voleibol

O voleibol foi criado em 1895 por William George Morgan, coordenador e professor de Educação Física da “Associação Cristã de Moços” (ACM).

Após ter surgido nos Estados Unidos, foi levado primeiro para o Canadá, daí alcançando outros países. No Brasil, a sua chegada aconteceu em 1915.

Em 1947, foi fundada a Fédération Internationale de Volleyball (FIVB) - Federação Internacional de Voleibol, em português.

Em 1949, foi realizado o primeiro campeonato mundial de voleibol. Em 1964, o voleibol entra no calendário de competições Olímpicas. Vinte anos depois, os brasileiros conquistaram a primeira medalha olímpica, uma prata que fez com que a equipe ficasse conhecida como a Geração de Prata. Essa geração foi um dos principais motivos que fizeram o voleibol se tornar tão popular no Brasil.

Regras do voleibol

  • A partida de voleibol não tem tempo determinado de duração;
  • O jogo é constituído por 3 a 5 sets. Os quatro primeiros sets vão até 25 pontos, enquanto o 5.º set vai até os 15 pontos. Cada set deve terminar com uma diferença mínima de 2 pontos entre as equipes. Por exemplo, em um empate de 24 x 24, o jogo continua até que uma equipe faça 26 pontos, terminando o set em 26 x 24;
  • Vence o jogo quem vencer três sets.

Quadra do voleibol

A medida de uma quadra oficial de voleibol é de 18m x 9m. A quadra é dividida ao meio por uma linha central.

Paralela a essa linha (com uma distância de três metros em cada metade), está a linha de ataque, também chamado de zona da frente, que é ocupada pelos três jogadores do ataque.

Atrás, está a zona de defesa (ou zona de trás), ocupada pelos três jogadores da defesa.

quadra de vôlei
Ilustração de uma quadra oficial de voleibol

Quantos jogadores têm no vôlei?

Cada time tem seis jogadores em quadra: três posicionados à frente e três posicionados na parte de atrás.

No voleibol, a função dos jogadores mudam ao longo do jogo. Assim, através da rotação, um jogador pode ser sacador, levantador e atacante. Essa rotação acontece, toda vez que a equipe marca um ponto.

O único jogador que não participa de toda rotação é o líbero, pois ele apenas participa da defesa.

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Maurício Facchini
Maurício Facchini
Graduado em Educação Física pela Universidade do Vale do Taquari e mestrando na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.