Pênis

Lana Magalhães
Lana Magalhães
Professora de Biologia

O pênis é o órgão sexual masculino dos vertebrados, responsável por depositar o esperma na vagina da mulher.

Ele possui função dupla, pois é através do pênis que o esperma e a urina são eliminados pelo canal da uretra. Logo, é um órgão que pertence ao sistema reprodutor e excretor.

Anatomia e histologia do pênis

O pênis possui formato cilíndrico, com tamanho variável entre 10 a 18 cm estando ereto, e pode ser dividido em três partes:

  • Base ou Raiz: Porção inserida no interior do corpo.
  • Corpo: Maior porção do pênis, correspondente ao prologamento do órgão.
  • Glande: Porção dilatada, conhecida como a cabeça do pênis, sendo a parte mais sensível. É envolvida por uma camada de pele retrátil, o prepúcio. O prepúcio pode ser removido através uma cirurgia denominada de circuncisão.
Anatomia do pênis
Anatomia do pênis

No ápice da glande, encontra-se a terminação da uretra, uma fenda por onde são liberados a urina e o esperma. Na região da glande são encontradas glândulas sebáceas.

O tecido que forma o pênis tem a capacidade de se encher e esvaziar de sangue, permitindo a função erétil do órgão. Para isso, existem três estruturas cilíndricas:

  • Corpos cavernosos: Dois cilindros superiores localizados na posição dorsal, ficam lado a lado ao longo do órgão. Eles são envolvidos por tecido conjuntivo denso.
  • Corpo esponjoso: Um cilindro na posição ventral que envolve a uretra. As suas extremidades formam a glande. É encoberto por tecido muscular.
Estrutura interna do pênis
Estrutura interna do pênis

O que causa a ereção do pênis?

Para que a ereção do pênis aconteça, ele precisa se encher de sangue. Essa reação acontece em resposta a algum tipo de estímulo erótico.

Os tecidos dos corpos cavernosos são semelhantes a esponjas e podem se encher de sangue. Quando isso acontece, o tecido erétil e esponjoso absorve o sangue, como um sistema inflável, e o pênis aumenta de tamanho e de volume.

mecanismo de ereção do pênis
Mecanismo de ereção do pênis

A ereção do pênis é possível devido à ação dos nervos. As reações químicas desencadeadas no organismo fazem com que os vasos sanguíneos relaxem. Assim, os vasos e os músculos dos corpos cavernosos podem se encher de sangue.

Quando ocorre a ejaculação, o fluxo de sangue diminui e o pênis volta a ser flácido. Todas essas ações que ocorrem durante a ereção são coordenadas pelo sistema nervoso autônomo.

A ereção do pênis é um processo importante, pois é o que torna possível a penetração do órgão na vagina da mulher durante a relação sexual.

Doenças que acometem o pênis

Alguns tipos de doenças podem acometer o pênis, conheça as principais:

Fimose

A fimose ocorre quando não é possível puxar para trás o prepúcio, a pele que recobre a glande. A região fica encoberta pelo prepúcio causando desconforto e dor no momento da ereção e relação sexual.

Além disso, impede a limpeza adequada da glande, gerando o acúmulo de substâncias desagradáveis. Cabe ressaltar que a falta de higiene adequada pode resultar no desenvolvimento de câncer no pênis.

Câncer de pênis

O câncer de pênis é considerado raro. A fimose é um fator importante que pode desencadear o surgimento desse tipo de câncer, associado a falta de higiene e baixas condições socioeconômicas.

Um dos primeiros sinais da doença são alterações na pele do pênis, especialmente na glande e prepúcio. É comum o surgimento de feridas, mudanças na coloração da pele, lesões, liberação de secreção, inchaço na glande, presença de nódulos e protuberâncias.

Infecção por fungos

O fungo da espécie Candida albicans pode causar infecções no pênis, especialmente na região da glande e do prepúcio. O mesmo fungo é responsável pela candidíase nas mulheres.

A transmissão pode ocorrer durante a prática de relações sexuais sem o uso de preservativos. Porém, também pode acontecer sem o contato sexual.

A doença se caracteriza por ocasionar vermelhidão e coceira na glande.

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Lana Magalhães
Lana Magalhães
Licenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA.