Simbolismo

Márcia Fernandes
Revisão por Márcia Fernandes
Professora licenciada em Letras

O simbolismo é um movimento artístico que surgiu no século XIX e teve como principais características o subjetivismo, o espiritualismo, a religiosidade e o misticismo.

Na época em que se desenvolveu, o capitalismo e a industrialização estavam se consolidando na cena mundial, e diversas descobertas científicas transmitiam a ideia de evolução da civilização.

No entanto, isso acabou gerando muitos problemas sociais, como o aumento das desigualdades, o que levou os artistas a negarem a ideia de progresso.

Essa corrente artística, que se manifestou na literatura e na pintura, se aproximou dos ideais românticos de subjetivismo, idealismo e individualismo. Assim, a objetividade foi posta de lado para dar lugar a uma nova abordagem mais subjetiva, individual, pessimista e ilógica.

Se por um lado ele apresentou uma ligação com o romantismo, por outro, o simbolismo rejeitou as ideias dos movimentos anteriores do realismo, do parnasianismo e do naturalismo.

Ele se afastou do rigor estético e do equilíbrio formal do movimento parnasiano, buscando se distanciar do materialismo extremo e da razão. Dessa forma, explorou temas mais espirituais representando a realidade de uma forma diferente e mais idealizada.

Houve grande interesse pelas zonas mais profundas da mente humana, como o universo inconsciente e subconsciente, mostrando uma arte mais pessoal, emocional e misteriosa.

Contexto histórico do simbolismo

O movimento simbolista surge nas últimas décadas do século XIX na França, num momento em que o continente Europeu assistia à ascensão da burguesia industrial. O capitalismo se fortalecia com a II Revolução Industrial, permitindo a industrialização de diversos países.

Esse processo industrial foi alavancado pela unificação da Alemanha, em 1870, e da Itália, no ano seguinte. Por outro lado, esse progresso capitalista gerou uma grande desigualdade social, levando a insatisfação dos trabalhadores mais pobres.

Nessa fase, inovações científicas levaram à ideia de progresso, como, por exemplo, o uso da energia elétrica, de produtos químicos e do petróleo para a produção de combustível.

Há, assim, a disputa das grandes potências (como Inglaterra, Alemanha e Rússia) pela diversificação de mercados, de consumidores e matéria-prima.

É também o momento do neocolonialismo que fragmenta a África e a Ásia, devido ao imperialismo de alguns países europeus industrializados, considerados as grandes potências mundiais.

Por fim, todos esses fatores irão desencadear a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) no início do século XX:

  • o progresso do capitalismo;
  • o aumento das desigualdades sociais;
  • a disputa dos interesses econômicos e políticos de algumas potências europeias;
  • o imperialismo e o neocolonialismo alavancados pela industrialização.

Diante desse panorama, o movimento simbolista surge para desafiar esse cenário opondo-se às correntes materialistas, cientificistas e racionalistas que vigoravam, negando a realidade objetiva.

Além disso, ele vem apoiar a camada da sociedade que está à margem do processo de avanço tecnológico e científico, promovido pelo capitalismo.

Características do simbolismo

  1. Oposição à realidade objetiva
  2. Transcendência, misticismo e espiritualidade
  3. Presença de religiosidade
  4. Valorização do “eu” e da psiquê humana
  5. Linguagem vaga, imprecisa e sugestiva
  6. Uso excessivo de figuras de linguagem
  7. Preferência pelos sonetos
  8. Retomada de elementos românticos
  9. Valorização da simbologia, em oposição ao cientificismo
  10. Oposição ao mecanicismo e a aproximação do universo do sonho

1. Oposição à realidade objetiva

Os temas abordados como a morte, a dor de existir, a loucura e o pessimismo são subjetivos, se afastando da realidade objetiva e de assuntos relacionados com a esfera social.

A projeção é de frustração, medo e desilusão, e o simbolismo surge como uma forma de negar a realidade objetiva. Renascem, assim, os ideais espiritualistas.

2. Transcendência, misticismo e espiritualidade

A arte simbolista busca transcender a realidade por meio do misticismo e da espiritualidade, ao mesmo tempo que tenta encontrar nas zonas mais profundas da alma respostas para as angústias e dores.

Esses fatores se relacionam diretamente com o contexto histórico em que está inserida essa corrente artística, pois esse momento é marcado por uma crise espiritual. Isso leva os artistas a sentirem e analisarem o mundo, as coisas e os seres de maneira diferente.

3. Presença de religiosidade

Embora diversos temas da arte simbolista estejam relacionados com um universo mais sombrio e misterioso, é possível identificar em algumas obras uma visão cristã aliada ao desejo da fuga da realidade.

Marcado pela busca do homem pelo sacro e de um sentimento de totalidade, a literatura simbolista faz da poesia uma espécie de religião. Dessa forma, muitos escritores simbolistas utilizam palavras do vocabulário litúrgico que reforçam essa característica, tais como: altar, arcanjo, catedral, incenso, salmo, cântico.

4. Valorização do “eu” e da psiquê humana

Contrário ao objetivismo, no movimento simbolista o “eu” é valorizado e a verdade é encontrada através da consciência humana.

Dessa maneira, há um grande interesse pelas zonas mais profundas da mente, como o inconsciente e o subconsciente.

5. Linguagem vaga, imprecisa e sugestiva

O simbolismo apresenta uma linguagem muito particular, envolta em mistério e com grande expressividade e musicalidade. Esses atributos proporcionam às obras os ideais imateriais e psíquicos característicos do movimento.

Assim, a linguagem simbolista é sugestiva, pois sugere algo em vez de nomear, ou explicar objetivamente.

6. Uso excessivo de figuras de linguagem

Nas obras simbolistas, há forte presença das figuras de linguagem, pois mais importante do que o significado real das palavras, estão os sentidos poéticos, as sonoridades e as sensações.

As figuras mais utilizadas são:

  • metáforas e comparações: que focam no sentido poético.
  • aliterações, assonâncias e onomatopeias: que promovem a sonoridade.
  • sinestesias: que sugerem a mistura de campos sensoriais distintos.

7. Preferência pelos sonetos

Embora tenha se manifestado na prosa, foi na poesia que o simbolismo atingiu grande reconhecimento.

De caráter subjetivo e lírico, os escritores simbolistas preferiram expressar seus dramas existenciais através de sonetos, forma fixa poética composta por dois quartetos e dois tercetos.

8. Retomada de elementos românticos

O simbolismo retoma alguns elementos românticos almejando ir além do aspecto palpável das coisas. Podemos citar o subjetivismo, a irracionalidade, o gosto pelo mistério e por ambientes noturnos.

Dessa forma, os temas explorados por ambos movimentos se aproximam como a dor de viver, a angústia do ser humano, os dramas existenciais, a tristeza profunda e a insatisfação.

9. Valorização da simbologia, em oposição ao cientificismo

A arte simbolista opõe-se ao cientificismo, levantando a questão sobre a validade da ciência para explicar os fenômenos da natureza.

Os artistas simbolistas acreditam que a ciência é limitante, colocando em dúvida sua capacidade absoluta. Dessa maneira, as ideias são apresentadas de maneira simbólica, na qual se acredita estar o verdadeiro sentido de tudo.

10. Oposição ao mecanicismo e a aproximação do universo do sonho

O movimento simbolista passa a ser a rejeição ao mecanicismo, por meio do sonho, da tendência cósmica e do absoluto.

Os artistas buscavam explicações através de sonhos, onde o universo onírico (relativo aos sonhos) fazia parte da realidade subjetiva e dos estados contemplativos.

Simbolismo no Brasil

O simbolismo no Brasil começou em 1893 com a publicação das obras de Cruz e Sousa: Missal (prosa) e Broquéis (poesia). Esse movimento permanece até o ano de 1910, quando se inicia o Pré-Modernismo.

O momento é de agitação política, pois, com a Proclamação da República em 1889, o país estava passando por um momento de transição. Há, assim, uma transformação na cena política, com a passagem do regime monárquico para o regime republicano.

Com a instauração da República da Espada em 1889, alguns conflitos despontaram por conta da crise política e de disputa de poder.

Houve, assim, a Revolução Federalista (1893-1895), que aconteceu nos estados do sul do país, e a Revolta da Armada (1891-1894), ocorrida no Rio de Janeiro.

Assim, em meio a esse contexto de insegurança e insatisfação, surge o movimento simbolista.

Principais poetas simbolistas brasileiros e suas obras

Além do precursor do movimento, Cruz e Sousa, Alphonsus de Guimaraens e Pedro Kilkerry merecem destaque na poesia simbolista brasileira.

João da Cruz e Sousa (1861-1898), nascido em Florianópolis, Santa Catarina, foi o mais importante poeta simbolista. Filho de escravos, teve uma vida confortável entre uma família aristocrata que o ajudou nos estudos.

Apesar de ter escrito diversos textos poéticos, publicou somente duas obras em vida: Broquéis (1893) e Missal (1893). Missal é uma obra em que constam poemas escritos em prosa, enquanto Broquéis apresenta 54 poemas, dentre os quais 47 são sonetos.

Postumamente foram publicados outros de seus escritos: Evocações (1898), Faróis (1900) e Últimos Sonetos (1905).

Vítima de preconceito racial, o escritor lutou a favor da causa negra. Sua obra é bem diversa e reúne temas como: obsessão pela cor branca, a dor, a morte e o pessimismo.

Veja abaixo um de seus poemas, publicado em sua obra poética Broquéis (1893).

Acrobata da Dor

Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta ...

Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d'aço...

E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.

Alphonsus de Guimaraens (1870-1921), nascido em Ouro Preto, Minas Gerais, foi um dos grandes poetas do movimento simbolista, apresentando uma obra religiosa, de caráter místico, espiritual e sentimental.

Os temas mais presentes em sua obra poética são: a dor do amor, a saudade da amada e a morte. Isso porque o grande amor de sua vida, sua prima Constança, morreu muito jovem.

De sua obra, destacam-se: Septenário das Dores de Nossa Senhora (1899), Dona Mística (1899), Kyriale (1902), Pauvre Lyre (1921) e Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte (1923).

Confira abaixo um de seus poemas mais emblemáticos, publicado no livro Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte, em 1923.

Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Pedro Kilkerry (1885-1917) foi jornalista e além de publicar diversas crônicas e artigos nos jornais, se dedicou à poesia simbolista. Foi considerado um dos grandes poetas do movimento, descoberto recentemente pela crítica.

Durante sua vida, Kilkerry não publicou nenhuma obra, no entanto, seus escritos foram reunidos postumamente. Com uma poesia diversa, ele explora diversos temas relacionados com a religiosidade, o misticismo, os sonhos e o amor.

Confira abaixo um de seus poemas, escrito em 1907 e publicado na obra Revisão de Kilkerry, de Augusto de Campos.

Sob os ramos

É no Estio. A alma, aqui, vai-me sonora,
No meu cavalo — sob a loira poeira
Que chove o sol — e vai-me a vida inteira
No meu cavalo, pela estrada afora.

Ai! desta em que te escrevo alta mangueira
Sob a copada verde a gente mora.
E em vindo a noite, acende-se a fogueira
Que se fez cinza de fogueira agora.

Passa-me a vida pelo campo... E a vida
Levo-a cantando, pássaros no seio,
Qual se os levasse a minha mocidade...

Cada ilusão floresce renascida;
Flora, renasces ao primeiro anseio
Do teu amor... nas asas da Saudade!

Simbolismo em Portugal

O simbolismo em Portugal compreendeu o período entre 1890 e 1915, quando teve início o modernismo.

No país, esse movimento surgiu em meio à crise da monarquia e foi inaugurado em 1890 com a publicação da obra Oaristos, do escritor Eugênio de Castro.

Oaristos é uma coletânea de poemas que foi escrita após o regresso do seu autor da França, onde teve contacto com poetas simbolistas, cujo movimento já influenciava a literatura portuguesa.

Principais poetas simbolistas portugueses e suas obras

Além de Eugênio de Castro, destacam-se os poetas simbolistas portugueses: Antônio Nobre e Camilo Pessanha.

Eugênio de Castro (1869-1944), nascido em Coimbra, Portugal, se formou em Letras, sendo precursor do movimento simbolista em Portugal.

Sua obra está dividida em duas fases: simbolista e neoclassicista. Na primeira fase, os seus escritos revelam a aproximação com os temas e a musicalidade do simbolismo. Já na segunda fase, suas obras retomam aspectos da literatura clássica.

De sua obra poética, destacam os livros: Oaristos (1890), Horas (1891), Interlúnio (1894), Salomé e Outros Poemas (1896) e Saudades do Céu (1899).

Um sonho (trecho do poema)

Na messe , que enlourece, estremece a quermesse…
O sol, celestial girasol, esmorece…
E as cantilenas de serenos sons amenos
Fogem fluidas, fluindo a fina flor dos fenos...

As estrelas em seus halos
Brilham com brilhos sinistros…
Cornamusas e crotalos,
Cítolas, cítaras, sistros,
Soam suaves, sonolentos,
Sonolentos e suaves,
Em Suaves,
Suaves, lentos lamentos
De acentos
Graves
Suaves...

Flor! enquanto na messe estremece a quermesse
E o sol,o celestial girasol,esmorece,
Deixemos estes sons tão serenos e amenos,
Fujamos, Flor!à flor destes floridos fenos...

António Nobre (1867-1900), nascido no Porto, Portugal, foi um poeta simbolista que se formou em Direito na cidade de Paris. Ali, ele publica, em 1892, sua obra mais notável do movimento simbolista: . Esse livro, reúne diversos poemas que exploram temas como a saudade e a tristeza profunda.

Outros de seus escritos foram publicados postumamente, tais como: Despedidas (1902), Primeiros versos (1921) e Alicerces (1983)

A vida (trecho do poema publicado na obra )

O grandes olhos outonais! místicas luzes!
Mais tristes do que o Amor, solenes como as cruzes!
Ó olhos pretos! olhos pretos! olhos cor
Da capa de Hamlet, das gangrenas do Senhor!
Õ olhos negros como noites, como poços!
Ó fontes de luar, num corpo todo ossos!
Ó puros como o Céu! ó tristes como levas
De degredados!

Ó Quarta-Feira de Trevas!

Vossa luz é maior, que a de três Luas-Cheias
Sois vós que alumiais os Presos, nas cadeias,
Ó velas do Perdão! candeias da Desgraça!
Õ grandes olhos outonais, cheios de Graça!
Olhos acesos como altares de novena!
Olhos de génio, aonde o Bardo molha a pena!
Ó carvões que acendeis o lume das velhinhas,
Lume dos que no Mar andam botando as linhas …
Õ farolim da barra a guiar os Navegantes!
Ó pirilampos a alumiar os caminhantes,
Mais os que vão na diligência pela serra!
Ó Extrema-Unção final dos que se vão da Terra!

Camilo Pessanha (1867-1926), nascido em Coimbra, Portugal, foi o autor que melhor correspondeu as características do movimento simbolista, e atualmente é considerado a principal expressão do movimento.

Em sua obra, ele utiliza diversas figuras de linguagem características do movimento, além de apresentar uma poesia repleta de simbologias e com forte musicalidade. Os temas mais explorados estão relacionados com o pessimismo, a dor, a tristeza e a morte.

Clepsidra é seu único livro de poemas que foi publicado em 1920. O resto de seus escritos foram publicados postumamente.

Caminho (poema publicado na obra Clepsidra)

Tenho sonhos cruéis; n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...

Saudades desta dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração dum véu escuro!...

Porque a dor, esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d'agora,

Sem ela o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.

Simbolismo na Europa

O movimento simbolista teve sua origem na França em meados do século XIX, e na literatura ele começou em 1857 com a publicação da obra As flores do mal, do poeta francês Charles Baudelaire.

Na época, esse livro foi censurado por conter poesias com temas eróticos, sensuais e sombrios. Veja abaixo um soneto de Charles Baudelaire em seu livro Flores do Mal:

Correspondências

A Natureza é um templo vivo em que os pilares
Deixam filtrar não raro insólitos enredos;
O homem o cruza em meio a um bosque de segredos
Que ali o espreitam com seus olhos familiares.

Como ecos longos que à distância se matizam
Numa vertiginosa e lúgubre unidade,
Tão vasta quanto a noite e quanto a claridade,
Os sons, as cores e os perfumes se harmonizam.

Há aromas frescos como a carne dos infantes,
Doces como o oboé, verdes como a campina,
E outros, já dissolutos, ricos e triunfantes,

Com a fluidez daquilo que jamais termina,
Como o almíscar, o incenso e as resinas do Oriente,
Que a glória exaltam dos sentidos e da mente.

Entretanto, foi somente em 1886 que o termo “simbolismo” foi utilizado pela primeira vez pelo poeta grego Jean Moréas (1856-1910). Ele escreveu o Manifesto Simbolista expondo os princípios de uma arte mais preocupada com a espiritualidade e as sensações.

Na ocasião, Moréas identificou os três grandes artistas da literatura francesa simbolista: Charles Baudelaire (1821-1867), Stéphane Mallarmé (1842-1898) e Paul Verlaine (1844-1896).

Além da França, outros países europeus tiveram destaque no movimento simbolista como a Espanha, a Itália, a Inglaterra, a Alemanha e a Rússia.

Assim, além dos poetas franceses simbolistas mais notáveis (Charles Baudelaire, Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine e Arthur Rimbaud), podemos citar os poetas russos Viatcheslav Ivánov (1866-1949), Andreï Biély (1880-1934) e Aleksandr Blok (1880-1921).

Simbolismo nas artes plásticas

Embora o simbolismo tenha começado como um movimento literário, ele também floresceu nas artes plásticas, sobretudo na pintura.

A pintura simbolista foi diretamente influenciada pelas poesias dos poetas franceses Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine e Arthur Rimbaud, sendo também uma arte de oposição ao realismo.

Dessa maneira, os pintores abordavam em suas obras temas sombrios, oníricos e espirituais, utilizando cores mais frias e escuras.

Alguns pintores franceses que tiveram grande destaque foram: Gustave Moreau (1826-1898) e Odilon Redon (1840-1916). Além deles, merece citar as obras do alemão Carlos Schwabe (1866-1926). Confira abaixo algumas de suas telas:

Sagrado coração (1910), obra de Odilon Redon
Sagrado coração (1910), obra de Odilon Redon
Salomé (1876), obra de Gustave Moreau
Salomé (1876), obra de Gustave Moreau
A Morte do Coveiro (1895-1900), obra de Carlos Schwabe
A Morte do Coveiro (1895-1900), obra de Carlos Schwabe

Para estudar mais sobre o Simbolismo:

Para saber mais sobre os autores do Simbolismo:

Para praticar: Questões sobre o Simbolismo

Márcia Fernandes
Revisão por Márcia Fernandes
Professora, produz conteúdos educativos (de língua portuguesa e também relacionados a datas comemorativas) desde 2015. Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Santos (habilitação para Ensino Fundamental II e Ensino Médio) e formada no Curso de Magistério (habilitação para Educação Infantil e Ensino Fundamental I).
Daniela Diana
Edição por Daniela Diana
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.