Metrópole e Megalópole

Os conceitos de metrópole, megalópole e conurbação são aplicados em urbanismo para designar a organização das cidades a partir da importância econômica, política e cultural.

O termo metrópole é mais conhecido, sendo empregado para definir uma cidade grande em dimensões territoriais e populacionais e com relevante influência.

Conurbação, por sua vez, é a reunião de cidades e seus subúrbios, enquanto megalópole é aplicado para definir o aglomerado de metrópoles conurbadas.

Conceito de Metrópole

Além das dimensões físicas e populacionais, o conceito de metrópole inclui a influência econômica, jurídica, administrativa, cultural e política dos centros urbanos. As metrópoles, cidades grandes, com imensa densidade populacional, são conhecidas desde a antiguidade, mas somente no século XX tomaram as proporções que conhecemos hoje.

A principal metrópole brasileira é São Paulo. Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, e Brasília também ocupam o posto de metrópoles no País. Em outros países, os exemplos mais conhecidos são: Tóquio, Nova Iorque, Cidade do México, Paris e Londres.

Região Metropolitana

Quando ultrapassam o limite territorial dos municípios, as metrópoles influenciam na existência de outro tipo de organização espacial, definida como região metropolitana. No Brasil, a região metropolitana mais conhecida é a do ABCD paulista, formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema.

Nas regiões metropolitanas é a metrópole quem exerce a influência funcional, econômica e social sobre os municípios menores. No ABCD paulista, esse papel cabe à cidade de São Paulo. Por exercer influência econômica, a metrópole não fica sujeita somente a uma definição federativa e espacial - cidade, estado, país.

Conurbações

É a partir da organização metropolitana que surgem as conurbações. Esse é o caso do ABCD paulista, que no urbanismo é definindo como conurbação porque é a integração das cidades com seus arredores.

O termo é novo no urbanismo e foi cunhado para definir a união ou aglomeração demográfica das cidades. As conurbações não se limitam ao espaço geográfico e se impõem política e administrativamente. A partir delas surgem necessidades de novas abordagens em gestão como meio de contemplar as carências sociais, econômicas e de mobilidade.

Megalópole

O termo megalópole é aplicado para definir um conglomerado de cidades que resultou do crescimento e da união de todas elas. É aplicado, em suma, para definir a junção de cidades conurbadas.

As megalópoles surgem quando o espaço rural fica restrito e é tomado de tal maneira que deixa de ser reconhecido como tal. O espaço geográfico nas megalópoles é classificado como caótico, porque há descontrole da oferta de bens e serviços como resultado do excesso populacional.

Devido ao inchaço das megalópoles, não são estranhos problemas como esgotamento dos serviços e bens públicos, redução da sensação de segurança, especulação imobiliária e pressão ao meio ambiente.

Em contrapartida, as megalópoles são o alvo principal de investidores dos três setores econômicos mais importantes no capitalismo: indústria, serviços e comércio.

No Brasil, o exemplo mais utilizado para exemplificar o conceito de megalópole está nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Diferença entre Metrópole e Megalópole

Enquanto a metrópole é uma grande cidade, a megalópole é a aglomeração de várias metrópoles. E essa aglomeração ocorre a partir do fenômeno da conurbação. Esse é o contexto dos aglomerados urbanos, de complexidade espacial e social.

Megacidades

Megacidades são cidades que têm mais de 10 milhões de habitantes, segundo a classificação ONU (Organização das Nações Unidas). Hoje, de acordo com a ONU, há 28 megacidades no mundo e, juntas, abrigam 453 milhões de habitantes.

Dezesseis desses centros urbanos estão localizados na Ásia. Há quatro na América Latina, três na África e Europa. A previsão da ONU é de que até 2030 a quantidade de megacidades passe para 41 no Planeta. De acordo com as Nações Unidas, 54% da população mundial vive hoje em áreas urbanas.

Cidades Globais

As cidades globais, que também recebem a denominação de cidades mundiais, são cidades grandes e de intensa influência econômica, política e cultural. O conceito foi introduzido por Saskia Sassen em 2011, para determinar o caráter global de Londres, Nova Iorque e Tóquio na obra "The Global City".

O termo cunhado pela socióloga holandesa está relacionado à globalização, em consequência das relações econômicas que já não são restritas ao espaço geográfico. No entendimento de Saskia, o fenômeno da globalização criou e facilitou locais geográficos estratégicos conforme a hierarquia de suporte ao funcionamento das finanças e do comércio.

A abrangência globalizada é que diferencia as cidades globais das metrópoles. As cidades globais são classificadas em três níveis: o alfa, o beta e o gama. A classificação obedece ao critério de conectividade internacional.

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