Urso polar: características e comportamento

Juliana Diana
Juliana Diana
Professora de Biologia e Doutora em Gestão do Conhecimento

O urso polar (Ursus maritimus) é um mamífero solitário que vive nas águas geladas da região do círculo polar ártico. Ele é a maior espécie de ursos que vive em locais com baixa temperatura, sendo muito temido por outros animais que habitam o local.

Considerado o maior carnívoro terrestre e principal símbolo de resistências do ártico, o urso polar vem sofrendo com as mudanças climáticas.

Características do urso polar

urso polar

O urso polar é conhecido pelo seu tamanho exuberante e pelos brancos, os quais auxiliam na camuflagem no gelo no momento de caçar.

Para suportar as águas geladas em que vive e ajudar no controle corporal, o urso polar possui uma camada espessa de gordura e pelo.

Em relação ao tamanho do urso polar, o macho pode pesar até 800 kg e medir 2,50 metros, quando estiver na posição ereta. Já a fêmea, pode medir até 2 metros com peso de até 300 kg.

São considerados ótimos nadadores, especialmente por causa das patas dianteiras que são largas. A velocidade da natação é em média de 10 km/h.

Comportamento do urso polar

O urso polar é um animal solitário na maior parte de seu tempo de vida. Somente no período de reprodução, eles vivem de forma coletiva.

A área de vida pode variar, podendo chegar a até 950 mil quilômetros quadrados. O tamanho da área pode ser influenciada pelas fêmeas e seus filhotes, exigindo assim um espaço maior.

Habitat do urso polar

urso polar habitat
Urso polar em seu habitat

O urso polar vive nas águas geladas do círculo polar ártico, que envolve principalmente cinco países: Dinamarca, Noruega, Rússia, Estados Unidos (Alasca) e Canadá.

A disposição do gelo flutuante e do gelo permanente interfere na disposição geográfica que o urso polar pode ser encontrado.

Mesmo vivendo tanto no mar quanto em terra firme, é considerado um mamífero marinho por este ser seu ambiente primário.

O local preferido para viver é onde o gelo encontra a água, facilitando a caça e a alimentação.

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Alimentação do urso polar

A alimentação do urso polar é feita basicamente por animais que vivem em águas geladas e frias.

As presas mais frequentes na dieta do urso polar são as focas, mas também se alimentam de salmão, aves e outros mamíferos como golfinhos e filhotes de leões marinhos.

Como estratégia utilizada para capturar a presa, o urso polar cava um buraco no gelo para se esconder e aguardar o momento ideal do ataque. Assim que a vítima surge na superfície, é feito o ataque.

Também de alimentam de baleias mortas que ficaram presas nas geleiras, que derretem na estação mais quente.

Reprodução do urso polar

urso polar reprodução
Urso polar fêmea e seus filhotes

Os ursos polares são animais poligâmicos, porém no período de gestação da fêmea o macho permanece junto.

O período de reprodução acontece entre os meses de março e junho. A implantação do óvulo fecundado é retardada até o outono, por volta do mês de agosto.

A gestação dura entre 195 e 265 dias, que é quando a ingestão de alimentos é intensificada resultando num ganho de aproximadamente 200 kg.

O ninho é construído pela fêmea, que cava um túnel na neve nos meses de outubro ou novembro. Após a construção da toca, a fêmea entra em estado de hibernação e seus batimentos cardíacos diminuem de 45 para em média 27 batimentos por minuto.

Cada gestação pode nascer até dois filhotes com média de 600 gramas cada e medindo entre 30 e 35 cm. Após o nascimento, os filhotes permanecem com a mãe na toca até atingirem aproximadamente 15 kg e tornam-se independentes até os dois ou três anos de idade.

Ameaças ao urso polar

urso polar ameaçado

O urso polar está classificado como vulnerável, correndo risco de extinção.

O aquecimento global é uma das causas que prejudicam a sobrevivência dos ursos polares. Os principais danos causados estão relacionados ao derretimento das geleiras, ou seja, de seu habitat.

Outro fator de ameaça aos ursos polares é a extração de petróleo. Essa ação causa contaminação da água liberando poluentes que prejudicam a alimentação e comprometem o sistema imunológico do animal.

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Juliana Diana
Juliana Diana
Licenciada em Ciências Biológicas pelas Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO) em 2007. Pós-graduada em Informática na Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2010. Doutora em Gestão do Conhecimento pela UFSC em 2019.