Pinguim

Juliana Diana
Juliana Diana
Professora de Biologia e Doutora em Gestão do Conhecimento

O pinguim é uma ave marinha da família Spheniscidae que vive principalmente na Antártida. Algumas espécies vivem nas regiões das Ilhas Malvinas e Galápagos.

Os pinguins desempenham uma função muito importante no ecossistema em que vivem. Eles fazem parte de uma teia alimentar ajudando no controle de diferentes espécies e servindo de alimento para outros animais.

Características físicas dos pinguins

pinguim
Pinguim

Os pinguins apresentam características físicas muito marcantes. Seu jeito próprio de andar e as asas curtas se destacam.

Eles possuem as asas curtas, que são resultado de um processo de transformação para sobrevivência na vida aquática. Elas não servem para voos no ar, porém são muito importantes na natação. As asas são utilizadas como nadadeiras. Além disso, as patas possuem membranas que auxiliam na natação.

O corpo dos pinguins possui uma camada espessa de gordura, que serve de isolante térmico, auxiliando no controle de temperatura corporal.

Os pinguins possuem penas que apresentam uma secreção de óleos que servem de impermeabilizantes contra as baixas temperaturas dos locais que vivem.

As cores preta e branca auxiliam na camuflagem utilizada para driblar os predadores. O dorso preto, quando visto de cima, desaparece quando estão nadando em profundidade. Já o peito branco é confundido com a luz da superfície, isso quando visto de baixo.

Reprodução dos pinguins

Os pinguins são fiéis a seus parceiros na maioria das espécies. No período de reprodução, o mesmo casal se une a cada estação. O encontro é marcado pela dança nupcial, que representa a união do casal. O macho faz a oferta de pedras para a construção do ninho e com a aceitação da fêmea ocorre a cópula.

Os pinguins são animais ovíparos. O tempo de eclosão do ovo demora em média de 5 a 6 semanas. No período em que se põe o ovo, a busca por alimento é revezada entre o macho e a fêmea para que o ovo não fique sozinho e seja alvo de predadores.

O período de reprodução acontece em colônias reprodutivas, formando grupos com milhares de pinguins.

colonia reprodutiva de pinguins
Colônias reprodutivas de pinguins

Após o nascimento, os pais auxiliam na alimentação e protegem o filhote de predadores. Ao trocar as penugens e atingir um tamanho próximo ao dos pais, os filhotes aprendem a nadar e a buscar os alimentos sozinhos. Depois desse período de aprendizado, os pinguins não recebem mais ajuda dos pais.

Espécies de pinguins

Em todo o mundo, estima-se que existem mais de 17 espécies.

Conheça abaixo uma lista com as espécies mais populares de pinguim.

1. Pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri)

pinguim imperador
Pinguim-imperador

O pinguim-imperador é o mais alto e pesado dentre os animais de sua espécie. Sua altura pode ultrapassar 1,2 m e pesar até 45 quilos. Seu dorso e cabeça são pretas, seu peito na cor branca e levemente amarelado próximo à cabeça e o bico laranja. Apresenta uma linha bem definida na divisão das cores.

Seu habitat natural são as águas geladas da Antártida. O pinguim-imperador suporta temperaturas inferiores a 50º negativos.

A alimentação do pinguim-imperador é baseada em animais marinhos, especialmente peixes e crustáceos. Devido a camada de gordura que apresenta, pode suportar mais de 100 dias de jejum.

2. Pinguim-rei (Aptenodytes patagonicus)

pinguim rei
Pinguim-rei

O pinguim-rei é o segundo maior pinguim dentre as espécies conhecidas. Ele pode medir em média 90 cm e pesar até 17 quilos.

Seu dorso é predominantemente na cor cinza, sua cabeça é preta, orelhas e bico na cor laranja e peito nas cores amarela e branca.

Vivem principalmente na zona da Antártida e em ilhas subantárticas. Também podem ser encontrados no sul da Austrália e na Nova Zelândia.

Os pinguins-rei se alimentam principalmente de animais marinhos de pequeno porte. Utilizam seu bico robusto e comprido para comer crustáceos e moluscos presos às pedras.

3. Pinguim-real (Eudyptes schlegeli)

pinguim-real
Pinguim-real

O pinguim-real é outra espécie que vive nas águas da Antártida. Sua altura é em média 70 cm e pesam aproximadamente 6 quilos.

Possuem o dorso preto e o peito branco. Sua face é branca, os bicos são mais curtos e na cor laranja. Diferente de outros pinguins, apresentam penas laranja e amarela na cabeça.

O pinguim-real passa a maior parte de seu tempo na água em busca de alimento.

O período de procriação dessa espécie acontece somente na ilha Macquarie.

4. Pinguim-das-galápagos (Spheniscus mendiculus)

pinguim das galápagos
Pinguim-das-galápagos

O pinguim-das-galápagos é a única espécie que vive junto à linha do Equador, fazendo deste o único pinguim a ser encontrado na hemisfério norte.

De porte menor, esses pinguins apresentam aproximadamente 50 cm e pesam cerca de 2 quilos. Seu corpo, cabeça e bico são pretos. Somente seu peito é na cor branca.

A alimentação do pinguim-das-galápagos é basicamente de peixes pequenos. Sua natação é muito ágil, contribuindo na caça de alimento.

É um animal ameaçado de extinção, sendo classificados como em perigo, visto que apresentam uma população com menos de 2 mil indivíduos.

Pinguins no litoral brasileiro

A presença de pinguins no litoral brasileiro vem se tornado cada vez mais comum. A causa mais frequente é a busca por alimentos, especialmente pelos pinguins mais jovens que se perdem de seu grupo.

As espécies que costumam vir para o Brasil são aqueles que vivem no clima temperado, assim aproveitam para fugir das águas geladas. O pinguim-de-magalhães é a espécie que mais visita o litoral brasileiro.

O local mais frequentado pelos pinguins é o litoral sul, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Alguns chegam até o Sudeste, porém devido ao desgaste, chegam magros e cansados.

O período que os pinguins chegam ao litoral brasileiro é entre os meses de julho e setembro.

Curiosidades dos pinguins

  • Os pinguins auxiliam na identificação das mudanças climáticas e da qualidade do ambiente local, relacionado especialmente à temperatura da água.
  • O tempo médio de vida de um pinguim é de 30 anos.
  • A mudança das penas acontece duas vezes ao ano e, durante esse período de mudança de pena, os pinguins não entram na água.

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Juliana Diana
Juliana Diana
Licenciada em Ciências Biológicas pelas Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO) em 2007. Pós-graduada em Informática na Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2010. Doutora em Gestão do Conhecimento pela UFSC em 2019.