Eritroblastose Fetal

Lana Magalhães
Lana Magalhães
Professora de Biologia

A eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido ocorre pela incompatibilidade sanguínea do Fator Rh materno e do bebê.

A eritroblastose manifesta-se durante a gravidez de mulheres Rh- gerando filhos Rh+. Ela pode causar a morte do bebê durante a gestação ou depois do nascimento.

Como ocorre a eritroblastose?

Um casal cuja mãe possui Rh- (rr) e o pai Rh+ (R_) terão probabilidade de gerar uma criança com Rh+ (R_).

Durante a primeira gestação o bebê não será afetado. Porém, o contato do sangue da mãe e do bebê no momento do parto faz com que o organismo materno receba as hemácias do filho e comece a produzir anticorpo anti-Rh.

Assim, em uma segunda gestação, se o bebê for Rh+, o organismo materno possui anticorpo anti-Rh. É na segunda gestação que o bebê pode apresentar eritroblastose.

Durante a gestação e no momento do parto, os anticorpos anti-Rh presentes no sangue da mãe, atravessam a placenta e promovem a aglutinação das hemácias do feto.

Isso ocorre porque o Rh+ do bebê é visto com um "agente estranho" no organismo materno.

O bebê que nasce com eritroblastose apresenta anemia e icterícia. Ainda pode apresentar retardo mental, surdez e paralisia cerebral.

O tratamento da criança consiste em fazer a troca do seu sangue por sangue Rh-.

Como evitar a eritroblastose?

Para evitar a eritroblastose, a mulher deve tomar um soro contendo anti-Rh para destruir as hemácias do filho que entraram em seu organismo. Isso impede que a mãe fique sensibilizada.

Nesse caso, a mulher poderá engravidar novamente sem riscos para o feto, mesmo ele sendo Rh+.

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Lana Magalhães
Lana Magalhães
Licenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA.