Baleia azul

Juliana Diana
Juliana Diana
Professora de Biologia e Doutora em Gestão do Conhecimento

A baleia azul (Balaenoptera musculus) é o maior mamífero marinho. Suas dimensões de grande proporção fazem com que este animal seja considerado o maior mamífero do planeta.

Especialistas afirmam que se fosse um animal terrestre, a baleia azul não suportaria o próprio peso. A nível de comparação, o elefante africano é tido como um dos maiores animais terrestres, pesando cerca de 13 toneladas, enquanto a baleia azul possui em média 200 toneladas.

É por causa a densidade da água e da diversidade de recursos alimentares que contribuem para que esta espécie de baleia sobreviva e cresça de forma saudável.

Características gerais da baleia-azul

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Características gerais da baleia-azul

A baleia-azul é um mamífero que apresenta cerca de 30 metros de comprimento e pode pesar até 200 toneladas.

Na parte da cabeça fica localizada a boca, que possui o maior osso do mundo, medindo 7 metros. Além disso, ela apresenta lâminas de queratina que permitem o escoamento da água engolida, retendo somente o alimento.

Sua boca ainda possui pregas ventrais que expandem o papo e permitem caber mais água e comida.

As nadadeiras auxiliam na natação e medem cerca de 12% do comprimento do corpo. Os fortes ossos das costelas ajudam o corpo a suportar o peso e na movimentação da baleia-azul.

Na parte traseira do corpo da baleia-azul existem pequenos ossos que, segundo pesquisadores, são vestígios das patas traseiras dos quadrúpedes que deram origem à baleia.

Alimentação da baleia-azul

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Alimentação da baleia-azul

A baleia-azul é uma espécia da subordem Mysticeti e não possuem dentes, por isso sua alimentação é baseada em pequenos crustáceos, conhecidos como krill.

Para suprir as necessidades do organismo, estima-se que cada baleia-azul consome aproximadamente 4 toneladas por dia de krill.

A baleia-azul nada com a boca aberta para sugar o krill, que fica preso nas barbatanas e pregas laterais de sua boca.

Reprodução da baleia-azul

A baleia-azul é um mamífero marinho que se reproduz em águas mais quentes e a gestação dura cerca de um ano.

O filhote nasce medindo de 7 a 8 metros de comprimento e pensando em média 3 toneladas. Nos primeiros dias de vida, o filhote chega a consumir aproximadamente 130 litros de leite materno por dia, fazendo com que ganhe até 90 kg por dia nos primeiros meses.

O tempo entre uma gestação e outra costuma ser a cada 2 ou 3 anos, aproximadamente. Porém, devido à caça, estima-se que esse tempo esteja diminuindo a fim de manter a população em equilíbrio.

Distribuição geográfica da baleia-azul

Distribuição geográfica da baleia azul
Distribuição geográfica da baleia-azul

A baleia-azul é uma espécie que costuma migrar entre os oceanos de acordo com o objetivo, fazendo deste um animal que apresenta ampla distribuição geográfica.

De forma geral, elas costumam se concentrar nos mares da Antártida e no norte dos oceanos Pacífico e Atlântico.

O processo de migração para os polos ocorre normalmente no meio ano, que é quando elas nadam em direção às águas mais frias, como a Antártida e o Pacífico Norte. No final do ano, elas costuma nadar até regiões tropicais, que têm temperaturas mais amenas para a reprodução.

Risco de extinção da baleia-azul

A baleia-azul é um dos animais em extinção, especialmente devido a matança da espécie na década de 30, quando estima-se que mais de 29 mil baleias-azul foram mortas.

Com o passar do tempo, soma-se um período de cerca de 150 anos de caça intensa à baleia-azul, que existia em grande abundância até o início do século XX. Para evitar a extinção da espécie, a caça foi proibida no ano de 1966.

Outro fator que contribui com a diminuição da espécie está relacionada à poluição da água e ao aquecimento global, que vem interferindo na qualidade e temperatura das águas.

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Juliana Diana
Juliana Diana
Licenciada em Ciências Biológicas pelas Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO) em 2007. Pós-graduada em Informática na Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2010. Doutora em Gestão do Conhecimento pela UFSC em 2019.